Itaparica
município do Estado da Bahia, Brasil Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Itaparica é um município do estado da Bahia, no Brasil. Fica localizado na Ilha de Itaparica, na Baía de Todos os Santos. Itaparica teve sua fama inicial como balneário de repouso e de saúde devido às suas bonitas praias e à sua água mineral que jorra da Fonte da Bica, localizada dentro da cidade, na costa oeste.
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Município do Brasil | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | itaparicano | ||
Localização | |||
Localização de Itaparica na Bahia | |||
Localização de Itaparica no Brasil | |||
Mapa de Itaparica | |||
Coordenadas | 12° 53′ 16″ S, 38° 40′ 44″ O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Bahia | ||
Região metropolitana | Salvador | ||
Municípios limítrofes | Vera Cruz, Salinas da Margarida e Salvador | ||
Distância até a capital | 20 (via ferry-boat) km | ||
História | |||
Fundação | 25 de outubro de 1831 (192 anos) (emancipação)[1] | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | José Elias das Virgens Oliveira[2] (PTB, 2021–2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total [3] | 115,922 km² | ||
População total (2024) [4] | 20 369 hab. | ||
Densidade | 175,7 hab./km² | ||
Clima | Não disponível | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010[5]) | 0,67 — médio | ||
Gini (PNUD/2010[6]) | 0,63 | ||
PIB (IBGE/2021[7]) | R$ 246 956,80 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2021[7]) | R$ 11 005,21 |
O toponônimo, com origem na língua tupi antiga, significa "cerca feita de pedras"[8] ou, segundo o tupinólogo Eduardo de Almeida Navarro, "pedra faiscante, isto é, pederneira", pela junção de itá (pedra) e pirika (faiscante).[9]
Por volta do ano 1000, os índios tapuias que habitavam a região foram expulsos para o interior do continente devido à chegada de povos tupis procedentes da Amazônia. No século XVI, quando chegaram os primeiros europeus à região, a mesma era habitada pelo povo tupinambá.[10]
Os primeiros registros sobre a Ilha de Itaparica datam do século XVI, especialmente com a sua doação como sesmaria para o Morgadio da Casa de Castanheira e, posteriormente, com a criação da Capitania de Itaparica e Tamarandiva que existiu até o século XVIII.[carece de fontes]
Em 1561 ocorreu a fundação do aldeamento de Santa Cruz de Itaparica por missionários jesuítas com o objetivo de efetuar a catequese da população indígena tupinambá que habitava a ilha. Nesse mesmo ano, o aldeamento jesuíta recebeu a visita do padre Luís da Grã, do bispo da Bahia, dom Pedro Leitão, e do ouvidor-geral da Capitania da Bahia, Brás Fragoso.[11]
Em 1563, a ilha de Itaparica foi acometida por uma epidemia de varíola (a Peste das Bexigas), doença transmitida pelos colonizadores portugueses para a população nativa que foi responsável pela dizimação de boa parte do indígenas tupinambás de Itaparica. Assim, esta localidade acabou registrando os primeiros casos de varíola no Brasil e esta epidemia somente veio a ser controlada em 1565.[12]
Ainda no século XVI, os jesuítas construíram uma capela que se tornou um importante marco histórico da região.[8] A cana-de-açúcar e a criação de gado bovino foram importantes elementos de desenvolvimento econômico da região, nos séculos seguintes.[8]
Em 1597, a ilha de Itaparica acumulou uma grande quantidade de riquezas nesse curto espaço de tempo que levou a corsários ingleses atacassem nesse mesmo ano. Entre os anos de 1600 e 1647, foi invadida pelos holandeses e na ultima delas, os holandeses chegaram a construir um forte na cidade de Itaparica denominado Forte de São Lourenço.[carece de fontes]
Ainda no século XVII, por volta de 1612 e 1614, surgiram as primeiras armações de pesca de baleia que se tem registro do período colonial, as quais foram erguidas no Recôncavo baiano, especialmente na Ilha de Itaparica: a primeira na Ponta de Itaparica e a segunda na Ponta da Cruz. A partir desses estabelecimentos pesqueiros, a pesca da baleia seria uma das principais atividades econômicas de Itaparica até a segunda metade do século XIX, quando a atividade entrou em decadência.[13]
A atual sede do município de Itaparica teria origem na Denodada Vila de Itaparica, criado por decreto imperial de 25 de outubro de 1831[14], com Sede na antiga povoação do Santíssimo Sacramento de Itaparica. A câmera da vila foi instalada no Solar Tenente João das Botas, em 04 de agosto de 1833. Elevado à condição de cidade, durante o Governo de Virgílio Damásio com a denominação de Itaparica, por ato de 31-10-1890. Posteriormente, em julho de 1962 o município foi desmembrado em três: Itaparica, Vera Cruz e Salinas da Margarida. [12]
O delegado, médico e posteriormente, vereador e presidente da Câmara de Vereadores de Itaparica, Diógenes Ribeiro de Alencar, fundou o Ginásio Professora Maria José Osório, primeiro ginásio de Itaparica, conjuntamente com o coronel Ubaldo Osório Pimentel, líder político local e avó do escritor João Ubaldo Ribeiro.[15]
A ilha de Itaparica, onde se encontra o município de mesmo nome e também o município de Vera Cruz, possui grande potencial de recursos naturais e valor paisagístico. Na sua face voltada para o oceano Atlântico, apresenta uma cadeia de recifes, numa extensão de 15 km, formando piscinas naturais para banho e prática de esportes. Outra face da Ilha é representada pelos mangues da contra costa. São manguezais ricos e servem como sinônimos de preservação das espécies marinhas. Na conjuntura atual, existe um comércio local, gerador de outros tipos de emprego: escolas, repartições públicas e mercados municipais.[16]
Sua população estimada em 2021 era de 22 440 habitantes.
Juntamente com o município de Vera Cruz, compõe a Ilha de Itaparica. Fica a sessenta minutos em Ferry boat de Salvador ou 35 minutos em catamarã.[carece de fontes]
Por estar inserido no bioma zona costeira, a gestão desse bioma no município de Itaparica é viabilizada pelo fato deste ente local possuir um plano municipal de gerenciamento costeiro, o qual foi o primeiro a ser criado por um município baiano, tendo sido instituído em 2016 por uma lei municipal aprovada pela Câmara de Vereadores e sancionada pelo chefe do Poder Executivo local (Lei municipal nº 332/2016).[17][18]
O Plano Municipal de Gerenciamento Costeiro (PMGC) de Itaparica tem o objetivo prioritário de regulamentar a utilização no território municipal dos recursos existentes na Zona Costeira. Assim, o PMGC contribui com a garantia e elevação da qualidade da vida da população municipal e a proteção do seu patrimônio natural, histórico, étnico e cultural.[17]
Uma das regras estabelecidas por essa política pública de gerenciamento costeiro de Itaparica é que a previsão legal de proibição de construções na faixa de sessenta metros da linha de preamar para assegurar o livre acesso à praia de sua orla marítima. A regra jurídica em questão garante o "livre acesso a elas e ao mar, em qualquer direção e sentido, sendo proibido todo tipo de construção na faixa de 60 (sessenta) metros, contados a partir da linha da preamar máxima, inclusive cercas, que dificultem o referido acesso".[17]
Sendo um município do Brasil, Itaparica é administrada por dois poderes, o executivo e o legislativo, independentes e harmônicos entre si. O primeiro é representado pelo prefeito, auxiliado pelo seu gabinete de secretários e eleito pelo voto popular para um mandato de quatro anos, sendo permitida uma única reeleição para mais um mandato consecutivo, enquanto que o segundo é representado pela Câmara Municipal de Itaparica, órgão colegiado de representação dos munícipes que é composto por vereadores também eleitos por sufrágio universal.[19]
As atuais autoridades que ocupam cargos da organização político-administrativa de Itaparica são as seguintes (data: 28 de maio de 2024):
Entre as atrações, estão suas praias e seu conjunto histórico.[carece de fontes]
O Conjunto arquitetônico, urbanístico e paisagístico de Itaparica é reconhecido pelo IPHAN como um Patrimônio Cultural Brasileiro e é formado pelas Igrejas de São Lourenço(1610),[22] Matriz do Santíssimo Sacramento(1794),[23] e Capela Nossa Senhora de Bom Despacho (1580);[24] a Fortaleza de São Lourenço(1631)[25] e os Solares Dey Rey(Monsenhor Flaviano 10) e Tenente João das Bottas, casas na ruas Luís da Grã e no Campo Formoso além da Fonte da Bica.[26]
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