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político britânico Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Jeremy Bernard Corbyn (Chippenham, Wiltshire, 26 de maio de 1949) é um político britânico. Foi líder do Partido Trabalhista e líder da Oposição na Câmara dos Comuns do Reino Unido de 2015 a 2020. É parlamentar pelo distrito de Islington North desde 1983.[1][2]
Jeremy Corbyn | |
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Líder da Oposição do Reino Unido | |
Período | 12 de setembro de 2015 até 4 de abril de 2020 |
Primeiro-ministro | David Cameron Theresa May Boris Johnson |
Antecessor(a) | Harriet Harman |
Sucessor(a) | Keir Starmer |
Líder do Partido Trabalhista | |
Período | 12 de setembro de 2015 até 4 de abril de 2020 |
Antecessor(a) | Ed Miliband |
Sucessor(a) | Keir Starmer |
Membro do Parlamento por Islington North | |
Período | 9 de junho de 1983 até a atualidade |
Antecessor(a) | Michael O'Halloran |
Dados pessoais | |
Nome completo | Jeremy Bernard Corbyn |
Nascimento | 26 de maio de 1949 (75 anos) Chippenham, Wiltshire, Reino Unido |
Alma mater | Adam's Grammar School de Newport, Shropshire |
Esposas | Jane Chapman (1974–1979) Claudia Bracchitta (1987–1999) Laura Álvarez (2015–presente) |
Filhos(as) | 3 |
Partido | Trabalhista (1965–2024) Independente (2024–presente) |
Destacou-se nos movimentos antiguerra, antinuclear e na defesa dos direitos humanos. Jeremy Corbyn, mais próximo dos movimentos contra a austeridade grego Syriza e espanhol Podemos do que do centrista Tony Blair, conseguiu consolidar o seu estatuto junto dos jovens e velhos militantes e sindicatos.[3] Após o fracasso dos Trabalhistas nas eleições de 2015 e a renúncia de Ed Miliband como líder da legenda, Corbyn se candidatou e venceu o pleito para a liderança do Partido Trabalhista à primeira volta com 59% dos votos.[4]
Um autoproclamado socialista democrático, Corbyn defende a renacionalização de serviços públicos e das ferrovias, reabertura das minas de carvão, combate a evasão fiscal como alternativa à austeridade, abolição da cobrança de mensalidades nas faculdades e restauração das bolsas de estudo, uma política unilateral de desarmamento nuclear e o cancelamento do programa de armas Trident, uso do quantitative easing ("flexibilização quantitativa") para financiar a infraestrutura e projetos de energia renovável, além da reversão de cortes de gastos no setor público e no sistema de assistência social aos mais pobres, em vigor desde o início do governo de David Cameron.[5][6]
Após o referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia em 2016, parlamentares Trabalhistas passaram um voto de desconfiança contra Corbyn por 172 votos a 40 após a renúncia de dois-terços do seu Gabinete Sombra.[7] Em setembro de 2016, contudo, Jeremy voltou a vencer uma eleição entre os filiados do partido, com 61,8% dos votos.[8]
Nas eleições gerais de 2017, o Partido Trabalhista, sob comando de Corbyn, surpreendeu nas urnas e conquistou 40% dos votos e tomou 32 novos assentos na Câmara dos Comuns do Reino Unido.[9] Já na eleição de 2019, os Trabalhistas conquistaram apenas 32% dos votos, o menor percentual desde 2015, levando a uma perda de 60 assentos no parlamento, indo para apenas 202, a menor marca desde 1935. Com esses resultados muito fracos, Corbyn anunciou que ele renunciaria a posição de líder do Partido Trabalhista.[10]
Corbyn é membro da Amnistia Internacional, do Movimento pelo Desarmamento Nuclear e do Movimento de Solidariedade com a Palestina. Foi também presidente da Coligação Parem a Guerra, de campanha contra a Guerra do Iraque e a Guerra do Afeganistão, de 2011 a 2015.[11] Apesar de condenar o antissemitismo[12] e ter suspendido parlamentares do Partido Trabalhista por terem opiniões consideradas antissemitas,[13] Corbyn já foi acusado ele mesmo de ter visões antiIsrael ou antissemitas.[14][15][16] Em Setembro de 2018, uma pesquisa independente da Survation realizada para o The Jewish Chronicle concluiu que 85,9% dos judeus britânicos consideravam Jeremy Corbyn antissemita, e 85,6% consideravam que o Partido Trabalhista tinha níveis "altos" ou "muito altos" de antissemitismo entre os membros do partido e os representantes eleitos.[17]
Corbyn nasceu em Chippenham, no condado de Wiltshire. Ele foi criado em Kington St Michael, em Wiltshire e era o mais novo de quatro filhos. Sua mãe, Naomi Josling, era uma cientista, mais tarde professora de matemática, e seu pai, David Benjamin Corbyn, foi um engenheiro electrotécnico. Seus pais eram ativistas pela paz, tendo-se encontrado pela primeira vez num evento de apoio aos republicanos espanhóis em luta contra o fascismo franquista. Quando Corbyn tinha sete anos, a família mudou-se para Pave Lane em Shropshire, onde seu pai comprou a Yew Tree Manor, uma antiga casa de hóspedes, transformando-a na casa de família.[18][19]
Corbyn estudou na Castle House Preparatory School perto de Newport, Shropshire. Frequentou depois a Adams' Grammar School. Na escola, Corbyn contou que recebeu más notas e um professor chegou a dizer-lhe que ele nunca iria fazer nada de si mesmo.[20] Corbyn trabalhou como repórter por um curto período de tempo para um jornal local, o Newport and Market Drayton Advertiser. Foi estudante na University of North London, mas saiu após um ano.[21]
Por volta dos seus 18 anos de idade, Corbyn passou dois anos como trabalhador voluntário na Jamaica, onde ensinou geografia.Corbyn trabalhou como sindicalista na União Nacional dos Trabalhadores de Alfaiataria e Vestuário. Foi membro de uma Autoridade Sanitária Distrital nos primeiros anos da década de 1970. Em 1974, ele foi eleito para o Haringey Council, representando Haringey como conselheiro até 1983[22].[23][24]
Corbyn foi escolhido como candidato do Partido Trabalhista em Islington North em 1982. Por esta altura, envolveu-se na London Labour Briefing, um magazine político ligado ao Partido Trabalhista, onde foi colaborador e membro do conselho editorial durante a década de 1980.[25]
Numa reunião organizada pela Coligação Parem a Guerra, em 2009, Corbyn referiu-se a membros dos movimentos Hamas e Hezbollah como amigos, dizendo que o Hamas era "uma organização dedicada ao bem do povo palestiniano" e que o facto de o Governo britânico rotular o Hamas como terrorista é "um grande, grande erro histórico".[26] O académico judeu Alan Johnson comentou: "Eu simplesmente não entendo como pode apoiar tão impensadamente aquelas forças políticas que se opõem, até ao seu ultimo fôlego, a tudo - literalmente, tudo - que o movimento Trabalhista já defendeu".[26]
Em 29 de Outubro de 2020, Corbyn foi suspenso do Partido Trabalhista depois de ter dito que não aceitaria o que a Comissão para a Igualdade e Direitos Humanos (Equality and Human Rights Commission) alegou sobre o anti-semitismo no partido.[27][28][29]
Numa entrevista ao Al Mayadin, Corbyn pediu aos países ocidentais que interrompam o envio de armas para a Ucrânia: (...) não vai trazer uma solução, só vai prolongar e escalar a guerra”, defendeu. Corbyn assumiu-se contra a invasão militar russa na Ucrânia, que caracterizou como “fundamentalmente errada”.[30][31]
Em 2024, foi reeleito deputado enquanto candidato independente pela circunscrição de North Islington, norte de Londres, derrotando o concorrente do antigo partido.[32]
Corbyn vive em Londres com sua terceira esposa, Laura Álvarez, uma mexicana e importadora fair-trade (comércio justo) de café. Já foi casado outras duas vezes.[33]
Corbyn said he did attend a few meetings some years ago of a group called Deir Yassin Remembered
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