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intelectual e militante comunista brasileiro Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Jones Manoel da Silva (Recife, 9 de janeiro de 1990)[1] é um pensador, historiador, youtuber, professor de história, comunicador, escritor, militante e político brasileiro, conhecido pelo seu canal no YouTube denominado Jones Manoel.[2][3][4] É graduado em licenciatura em história pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e mestre em Serviço Social pela mesma universidade.[5]
Este artigo ou secção necessita de referências de fontes secundárias confiáveis e independentes. (Agosto de 2023) |
Jones Manoel | |
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Dados pessoais | |
Nascimento | 9 de janeiro de 1990 (34 anos) Recife, PE, Brasil |
Nacionalidade | brasileiro |
Progenitores | Mãe: Elza Antônia da Costa Pai: João Firmino da Silva |
Alma mater | Universidade Federal de Pernambuco |
Partido | PCB (2018-2023) |
Ocupação | Historiador, militante, youtuber, professor |
Nascido e criado na Favela da Borborema, em Recife, ganhou fama na internet ao falar sobre marxismo e educação popular.[6][7][8] Aos 14 anos, trabalhava a vender jornais no semáforo da sua cidade.[6] Em 2011, com 21 anos, começou a cursar história na UFPE, e iniciou, em simultâneo, a sua militância no PCB.[9] Já escreveu para a Revista Opera, Blog da Boitempo, Jornal "O Poder Popular", do PCB, assim como o seu sítio, para o Lavrapalavra, e participa no podcast Revolushow.[9] Estreou a sua coluna em vídeo no canal do CartaCapital a 5 de agosto de 2020, onde pretende construir uma "espécie de glossário com temas fundamentais do debate político".[6][10] Entende que "um dos grandes problemas do Brasil hoje é o baixo nível do debate político" e sugere como atuação a "pedagogia política".[10]
No dia 12 de dezembro de 2021, anunciou a sua pré-candidatura como governador do Estado de Pernambuco pelo PCB,[11][12] ficando 6º lugar na disputa com 33.931 votos.
É filho de Dona Elza, mulher negra que começou a trabalhar aos 8 anos, e que, aos 15 anos, migrou para Recife para trabalhar como empregada doméstica, e Luis Manoel, nascido e criado na Favela da Borborema em Recife. Quando Jones tinha 11 anos, o seu pai foi assassinado, num crime que não foi solucionado até hoje. Cresceu com a sua mãe, e com a sua irmã mais velha, Juliana.[6] Começou o seu processo de politização a partir do rap, através de artistas como Racionais MCs, Facção Central, GOG, Tupac Shakur, RZO, e também cresceu ouvindo forró — Cavaleiros do Forró, Calcinha Preta, Saia Rodada, etc.[6][9]
A primeira vez que ouviu falar de marxismo foi numa música do Tupac, quando é citado Fidel Castro, e quando os Racionais MC's citam na música Jesus Chorou: "Malcom X, Gandhi, Lennon, Marvin Gaye, Che Guevara, Tupac e Bob Marley e o evangélico Martin Luther King". Era um conjunto de nomes que não conhecia. A primeira vez que teve curiosidade de saber quem era Malcolm X foi ao ouvir a música do GOG, Malcolm X foi a Meca e GOG ao Nordeste.[13]
Com 20 anos, a partir de um amigo, conheceu o marxismo e passou a conseguir acesso a literaturas de esquerda. Aos 21 anos já se considerava comunista. As suas duas primeiras experiências de militância foram pleitear o cargo de presidente da associação de moradores da sua comunidade, mas diante de ameaças e intimidações teve que desistir. Em seguida, montou com o seu amigo Júlio César um curso popular chamado Novo Caminho, mantido por dois anos, e que ajudou mais de 20 jovens da Borborema e região a acessar instituições de ensino públicas.[6] Jones foi um dos primeiros jovens da história da Borborema a entrar numa universidade pública, entrando no curso de história da UFPE em 2011.[6][9]
Em 2013, após se envolver nas Jornadas de Junho, começou a militar na União da Juventude Comunista, a ala juvenil do PCB, e manteve-se nos anos seguintes como estudante e militante do movimento estudantil.[6][14] Depois da graduação fez um mestrado em Serviço Social, também na UFPE, e nesse período passou a focar a sua militância em comunicação e educação popular.[6] Manteve por anos um blog de relativo sucesso (mais de 300 mil acessos) e depois passou a trabalhar com um canal no YouTube, em 2017, com podcasts, e a escrever para vários meios e para iniciativas variadas de educação popular.[6][14] Também atuou no movimento sindical e foi, por um curto período, professor de uma escola pública militar do estado da Bahia.[6] Só em 2018, após as eleições presidenciais, o seu canal disparou. Em 2019 publicou a coletânea Revolução Africana, que, em outubro de 2020, já tinha vendido por volta de 9 mil exemplares. O impacto que o livro teve, mais o crescimento do seu canal, fez com que Manoel cedesse o seu trabalho como professor concursado à venda de livros e de cursos de educação online. Uma candidatura do escritor para vereador da Câmara Municipal do Recife, nas eleições de 2020, foi ponderada pelo PCB, mas não se chegou a realizar.[14]
Depois disso, continuou a militar no PCB. Continuou a buscar atuar na popularização e divulgação do marxismo e do programa denominado de Revolução Brasileira, mantém as iniciativas do canal no YouTube, participa do Revolushow, autointitulado como o maior podcast marxista do Brasil, dirige com o Gabriel Landi a coleção Quebrando as Correntes (publicada pela editora Autonomia Literária), e é professor do curso "Domenico Losurdo e Frantz Fanon: uma introdução ao marxismo anticolonial" na plataforma Classe Esquerda.[6] Segundo o historiador, tenta usar o YouTube como uma plataforma cruzada.[13]
A 6 de janeiro de 2020, é publicada uma entrevista de Caetano Veloso a Jones Manoel no Mídia Ninja.[3] Posteriormente, o artista afirmou numa entrevista no programa Conversa com Bial, na TV Globo, que desistiu das suas posições Liberais a partir de vídeos que assistiu do historiador e youtuber Jones Manoel e dos livros que leu do filósofo italiano Domenico Losurdo.[3]
Em dezembro de 2020, Jones Manoel foi denominado num relatório governamental como detrator por ser um "crítico contundente do governo Bolsonaro", tecer fortes críticas à grande mídia, entre outros. O documento aconselhou o monitoramento das suas publicações.[4] Em julho de 2021, o secretário Especial de Cultura incumbente, Mário Frias, fez uma publicação racista no Twitter sobre Jones Manoel, chegando a ser removido pela rede social.[15] Após o ataque, Jones respondeu chamando ele de ex-ator frustrado, após isso, recebeu o apoio solidário de várias personalidades, como Gregório Duvivier e Manuela d'Ávila.[15]
Em dezembro de 2021, o Partido Comunista Brasileiro anunciou a pré-candidatura de Jones Manoel ao governo do Estado de Pernambuco nas eleições de 2022.[11][12]
Em maio de 2022, Jones participou das gravações do videoclipe da música "Conchinha" de sua camarada de partido, a médica, cantora e pré-candidata a deputada federal Júlia Rocha, que o entrevistou para sua coluna no UOL em janeiro do mesmo ano.[16][17]
Em outubro de 2022, em sua primeira eleição, Jones Manoel fica em 6º lugar na disputa ao cargo de governador do estado de Pernambuco pelo PCB, obtendo 33.931 votos, o que corresponde 0,69% do eleitorado.[18]
Em julho de 2023 foi expulso pela maioria do Comitê Central do PCB juntamente com outros quatro membros, como Ivan Pinheiro.[19]
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