Lambari (Minas Gerais)
município brasileiro do estado de Minas Gerais Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Lambari é um município do estado de Minas Gerais. Localiza-se na Região Geográfica Imediata de São Lourenço. Em 2024, sua população foi estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em 20 950 habitantes.[1] É uma estância hidromineral e faz parte do Circuito das Águas de Minas Gerais.
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Município do Brasil | |||
Vista aérea de Lambari | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Lema | Hic Sanitas "Aqui há saúde" | ||
Gentílico | lambariense[1] | ||
Localização | |||
Localização de Lambari em Minas Gerais | |||
Localização de Lambari no Brasil | |||
Mapa de Lambari | |||
Coordenadas | 21° 58′ 33″ S, 45° 21′ 00″ O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Minas Gerais | ||
Municípios limítrofes | Cambuquira, Campanha, São Gonçalo do Sapucaí, Heliodora, Natércia, Jesuânia | ||
Distância até a capital | 339 km | ||
História | |||
Fundação | 16 de setembro de 1901 (123 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Marcelo Giovani de Sousa (Republicanos, 2021–2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total [2] | 213,139 km² | ||
População total (estimativa IBGE/2024) [1] | 20 950 hab. | ||
• Posição | MG: 180º | ||
Densidade | 98,3 hab./km² | ||
Clima | tropical de altitude | ||
Altitude | 887 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
CEP | 37480-000 a 37483-999[3] | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010[4]) | 0,711 — alto | ||
PIB (IBGE/2019[5]) | R$ 348,059,26 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2019[5]) | R$ 16,722,36 | ||
Sítio | www.lambari.mg.gov.br (Prefeitura) www.camaralambari.mg.gov.br (Câmara) |
A região da serra da Mantiqueira era habitada, até a chegada dos descendentes de europeus no século XVII, pelos puris.[6] As águas minerais foram descobertas em 1780 pelo fazendeiro Antônio de Araújo Dantas quando, aos pés da serra que separa a estância de sua vizinha Campanha da Princeza (atual Campanha), encontrou nascentes em terrenos que havia comprado. Em 1826, um português chamado Manuel da Silveira Rodrigues fez os primeiros estudos das qualidades medicinais da águas. Desse modo, entre 1830 e 1832, a Câmara Municipal) de Campanha desapropriou uma área de doze alqueires dos herdeiros de Antônio de Araújo para executar obras de proteção das fontes.
Em 1834 o médico Inglês Thomaz Crockane, radicado em Campanha, se interessou em clinicar com o uso das águas. Daí então, se mudando para o lugar das fontes, mandou erigir as primeiras casas de hospedaria e repouso para quem buscava cura nas "águas santas" ou Águas Virtuosas, como ficou mais conhecida.
No local, mais tarde (1852 a 1873), foi construída uma capela dedicada a Nossa Senhora da Saúde.
O povoado foi distrito de Campanha de 1859 até 1901, quando foi criado o município, já com o nome de Lambari, formado por três distritos: o da sede, Vila de Águas Virtuosas, o do Bom Jesus do Lambari (atual Jesuânia) e o de Conceição do Rio Verde.
A cidade foi planejada na virada do século pelo político e escritor fluminense Américo Werneck (1855-1927), então recém-exonerado do cargo de prefeito de Belo Horizonte. De nobre estirpe, sonhou alto e conquistou muito apoio para financiar sua ambiciosa empreitada de construir - do zero - uma cidade planejada, com parques, mirantes, modernas edificações públicas, ruas largas, um enorme lago artificial - onde então só se viam depressões irregulares - e, para coroar a majestosa obra, um magnífico palácio barroco defronte o novo corpo d'água, para sediar o governo de um novo estado que pretendia fundar no sul das Minas Gerais que, segundo diziam, abrangeria diversas estâncias, desde Caxambu até a atual Poços de Caldas.
Em 18 de setembro de 1915, a Lei Estadual n.º 663 eleva a Vila de Águas Virtuosas à categoria de cidade.[7]
Julgando-se mais apropriado, o nome Águas Virtuosas foi substituído pelo anterior e antiquíssimo topônimo Lambari pela Lei Nº 9 804 de 27 de dezembro de 1930, pois, pela lei, município e sede deveriam ter o mesmo nome. No entanto, até hoje existem pessoas que pregam a volta do nome Águas Virtuosas.
Afluentes do Rio Sapucaí:
(Primatas) Bugio, sagui, (outros mamíferos) quati, jaguatirica, lobo-guará, onça-parda, veado-campeiro, lontra, capivara, paca, gato-do-mato (popular oncinha), Cachorro do mato (popular lobinho), tatu, ouriço-cacheiro, gambá, rato, morcego etc.
Seriema, jacutinga, jacupemba, tucano, quero-quero, saracura, gralha, maritaca, andorinha, canário, tico-tico, beija-flor, urubu, anu-preto, anu-branco, joão-de-barro, bem-te-vi, sabiá-laranjeira etc.
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), de 1976 a 2011 a menor temperatura registrada em Lambari foi de −4,6 °C em 14 de julho de 1994,[8] e a maior atingiu 38,2 °C em 8 de outubro de 2005.[9] O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 174 milímetros (mm) em 26 de novembro de 2006. Outros grandes acumulados iguais ou superiores a 100 mm foram 139 mm em 2 de janeiro de 2007, 135,4 mm em 3 de janeiro de 2000, 133,6 mm em 3 de janeiro de 1983, 118,2 mm em 6 de fevereiro de 2008, 113,4 mm em 31 de dezembro de 1982, 113 mm em 23 de dezembro de 1984, 101,6 mm em 12 de janeiro de 1991, 101 mm em 10 de fevereiro de 2002 e 100 mm em 15 de janeiro de 2011.[10] Janeiro de 2007 foi o mês de maior precipitação, com 828,8 mm, seguido por janeiro de 2011 (653,4 mm).[11]
Dados climatológicos para Lambari | |||||||||||||
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Mês | Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | Ano |
Temperatura máxima recorde (°C) | 37,4 | 35,4 | 34,8 | 34 | 31 | 29,2 | 30 | 33,8 | 36 | 38,2 | 36,4 | 35,2 | 38,2 |
Temperatura máxima média (°C) | 29,5 | 30,1 | 29,4 | 28,2 | 25,5 | 24,3 | 24,8 | 26,8 | 27,6 | 28,8 | 29,2 | 29 | 27,8 |
Temperatura média compensada (°C) | 22,2 | 22,2 | 21,4 | 19,4 | 16 | 14 | 13,8 | 15,1 | 17,9 | 20 | 20,9 | 21,7 | 18,7 |
Temperatura mínima média (°C) | 16,9 | 16,4 | 15,6 | 12,9 | 9,1 | 6,4 | 6 | 6,4 | 10,5 | 13,3 | 14,8 | 16,2 | 12 |
Temperatura mínima recorde (°C) | 7,9 | 7,9 | 6,1 | 3,4 | −0,2 | −2,4 | −4,6 | −1,4 | −1 | 4,6 | 6,8 | 5,7 | −4,6 |
Precipitação (mm) | 319,2 | 205 | 196,2 | 89,6 | 60,4 | 31,7 | 25,1 | 19,2 | 95,2 | 121,3 | 189,3 | 302,1 | 1 654,3 |
Dias com precipitação (≥ 1 mm) | 17 | 13 | 13 | 6 | 4 | 3 | 2 | 3 | 7 | 10 | 12 | 17 | 107 |
Umidade relativa compensada (%) | 84 | 83,4 | 84 | 85,2 | 88 | 88,8 | 87 | 82 | 80,2 | 80,1 | 81,4 | 83,9 | 84 |
Horas de sol | 123,4 | 130,6 | 124,9 | 156 | 159,6 | 170,3 | 175,4 | 184,1 | 120,3 | 122,4 | 134,1 | 111,3 | 1 712,4 |
Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) (normal climatológica de 1981-2010;[12] temperaturas mínimas recordes de 01/06/1976 a 31/03/2006; máximas de 01/06/1976 a 30/06/2011)[8][9] |
A cidade é bastante procurada pelas suas destacadas belezas naturais, clima e principalmente pela água mineral, eleita no passado como a 3ª melhor do mundo e capaz de curar doenças. Há, originalmente, sete fontes dentre as quais a Nº 1 e Nº 2 compõem a maior fonte de água mineral naturalmente gasosa do mundo.
O destaque alimentício é o requeijão Catupiry, criado pelo imigrante italiano Mário Silvestrini e sua esposa Isaíra, em 1911. Hoje o requeijão genuinamente brasileiro é provado por todo o mundo e o único requeijão cremoso brasileiro citado pelo Dicionário dos Queijos da enciclopédia Larousse.
E é na cidade onde se encontra o maior exemplar conhecido de Bougainvillea (ou Primavera) do mundo; estando à beira do lago Guanabara, de tão grande, virou árvore frondosa de 18 metros de altura.
Histórico populacional | |
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Ano | População |
1950 | 9 443 |
1960 | 10 759 |
1970 | 13 021 |
1980 | 14 070 |
1991 | 16 071 |
1996 | 17 138 |
2000 | 18 249 |
2007 | 18 547 |
2010 | 19 554 |
2022 | 20 414 |
2024 | 20 950 (estimativa) |
Fonte:IBGE [13]
ZONA SUL:
ZONA LESTE:
|
ZONA NORTE:
ZONA OESTE:
|
Região da Capelinha:
Região do São Bartolomeu:
|
Região do São João:
Região dos arredores da Cidade:
|
Esta seção não cita fontes confiáveis. (Setembro de 2021) |
Urbanas:
Rurais:
A antiga ferrovia Estrada de Ferro Muzambinho da Rede Sul Mineira (anteriormente Minas and Rio Railway Company), chegou em Lambari quando a cidade ainda era distrito de Campanha em 1894. O progresso trazido pela linha do trem fez a vila imediatamente prosperar com maior e expressivo fluxo de turistas, aumento do comércio e a construção de vários hotéis. A ferrovia funcionou por 70 anos, e em 1966, ela foi desativada por ser ''deficitária'', culminando em sua extinção pelas autoridades da época.
Entre os anos 40 e 50, Lambari recebia trens com altas demandas de turistas vindos do Rio de Janeiro (então capital federal à época), que em épocas de veraneio e em altas temporadas, buscavam sossego na pequena cidade e momentos de lazer em suas belíssimas e paradisíacas cachoeiras.[14]
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