Linhas de trabalho na umbanda
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As Linhas de Trabalho, na Umbanda, são grupos de tipos de espíritos que se manifestam nos terreiros e Casas. Não devem ser confundidos com as Sete Linhas de Orixás da Umbanda. Basicamente, cada Linha de Trabalho engloba espíritos desencarnados (Eguns e Egunguns) que se reúnem como grupo, de acordo com arquétipos (características, finalidades, etc), para atuar nesta força específica.[1] Eles atuam na regulação espiritual auxiliando os residentes no Ayé, o mundo físico (os encarnados, na tradição umbandista espirita). Já os Orixás não são linha de trabalho, mas sim representam forças da natureza e suas manifestações, agindo como intermediários entre a humanidade e o Ser Superior criador do universo (chamado Olódùmarè / Olorun / Olofi)[2][3], sendo que sustentam o trabalho das entidades que pertencem às diversas linhas de trabalho.[1]
Os nomes e configurações exatas das linhas de trabalho variam, e são em alguns casos compostos a partir de divisões étnicas, por exemplo, a Linha dos Pretos-Velhos (negros), ou a Linha dos Caboclos (ameríndios).[4][5] Há linhas de trabalho que, em geral, atuam na direita, e outras na esquerda.[6]
Ainda que algumas correntes da Umbanda correlacionem as linhas dos Orixás às Linhas de Trabalho, há falanges de uma que são regidas por outra. Por exemplo, a Linha (de trabalho) de Caboclos é regida pela Linha (de Orixá) de Oxóssi, havendo ainda assim caboclos na Linha de Ogum.[7] Da mesma forma, a Linha (de trabalho) dos Pretos-Velhos é entendida como regida por Obaluaiê (Omolu), mas há falanges de Pretos-Velhos que transitam na irradiação de linhas de outros Orixás.[8]
As principais linhas de trabalho da Umbanda, que estão presentes em quase todos os terreiros, são as linhas de Caboclos, Pretos-Velhos e Erês (Crianças). Essas três linhas são conhecidas, conjuntamente, como "triângulo da direita".[9] Assim como na esquerda, Exus, Exus-Mirins e Pombajiras são as linhas de trabalho mais conhecidas. Outras linhas de trabalho são Baianos, Marinheiros, Malandros, ciganos e boiadeiros.[6]