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artigo de lista da Wikimedia Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Esta lista de sistemas ferroviários urbanos no Brasil contempla todos os sistemas ferroviários do transporte urbano em atividade no país. Logo, não estão presentes estações, linhas e sistemas extintos, ou mesmo em fase de construção ou de estudo — como o VLT de Cuiabá[1] e o VLT/Monotrilho do Subúrbio de Salvador (que substituirá o desativado Sistema de Trens do Subúrbio da capital baiana).[2] Os dezenove sistemas brasileiros apresentam tipologia bem variada: incluem metrôs (metropolitanos), veículos leves sobre trilhos (VLT), aeromóvel, trens suburbanos e monotrilho.[3][4] Como esses modais são por vezes bem semelhantes em suas características e, por consequência, comumente confundidos,[3][5] encontram-se todos aqui reunidos como parte do transporte público no Brasil do tipo ferroviário.
A rede brasileira de transporte de passageiros sobre trilhos atingiu a marca de mil quilômetros em 2014[6] e totalizou 1 116,5 quilômetros de malha ferroviária e 3,9 bilhões de passageiros transportados no ano de 2019.[7] Esses mesmos quesitos em 2013 eram 972,5 quilômetros e 2,7 bilhões de passageiros.[8] Já para o ano de 2018, a Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANTPTrilhos) contabilizou: 10,9 milhões de passageiros diários (sendo 51% homens e 49% mulheres), 48 linhas, 613 estações, 5 444 carros de passageiros operacionais (sendo 97,8% deles equipados com condicionamento de ar), 1 850 gigawatts-hora consumidos de energia.[9] Além disso, os sistemas ferroviários urbanos estavam presentes no Distrito Federal e em onze estados brasileiros (Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo), sendo que a menor porcentagem da malha ferroviária está no Piauí (1,2%) e a maior em São Paulo (33,8%).[9]
A despeito de ser um serviço público e com caráter social,[10] o transporte de passageiros sobre trilhos teve início no Brasil como empreendimentos particulares, com os trechos suburbanos e as viagens de longa distância das linhas ferroviárias de carga e com os bondes.[11] Contudo, a partir da segunda metade do século XX os serviços, em sua maioria, foram incorporados ao domínio estatal, primeiro com a Rede Ferroviária Federal (RFFSA) e depois com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).[11] Isso porque o setor ferroviário privado de carga enfrentou dificuldades financeiras ao longo da primeira metade do século XX e, entre as décadas de 1940 e 1960, as linhas de bonde foram substituídas pelos itinerários mais capilarizados dos ônibus urbanos e pela nascente produção industrial automobilística.[11] Já da década de 1990 em diante, o Plano Nacional de Desestatização e o Programa de Estadualização dos Sistemas de Transportes Urbanos de Passageiros Sobre Trilhos direcionaram recursos do orçamento público à transferência da gestão para os governos estaduais/distrital e municipais e. posteriormente, a concessão pública dos serviços à empresas privadas (operação e/ou construção).[11][12] Na vigência de tais instrumentos governamentais, foram transferidos e/ou concedidos o metrô da capital fluminense (1997) e os trens urbanos fluminenses (1998), os trens urbanos e o metrô da capital baiana (1999), linhas do metrô da capital paulista e de trens metropolitanos da Grande SP (A partir de 2004), o metrô da capital mineira (2022) e sistemas cearenses (1999).[10][11] E a fim da realização da Copa do Mundo FIFA de 2014 em cidades brasileiras, vários projetos de sistemas de transporte (inclusive sobre trilhos) foram lançados e/ou agilizados.[12]
A tabela abaixo apresenta o quadro de principais informações sobre os sistemas ferroviários urbanos em operação no país. Estão presentes informações sobre quantidade de linhas e estações, tamanho da malha ferroviária e da bitola dos trilhos dos sistemas, identificação do operador do sistema, do maior (mais populoso) município servido pelo sistema, do estado de localização do sistema, da fonte energética que alimenta o sistema, do ano de abertura, e a distância média entre as estações. A tabela é ordenável sob o critério da cada coluna, mas de início está listada de acordo com o ano de abertura, a começar pelos mais antigos.
De acordo com a Associação Nacional de Transportes Públicos, os sistemas de transporte metroferroviários são divididos em três categorias conforme o número de passageiros transportados anualmente[50]:
A tabela abaixo relaciona os sistemas ferroviários urbanos com base na classificação acima, ordenados portanto com base no volume total de passageiros transportados por ano, reportados pelas operadoras e agências reguladoras dos serviços.
Sistema | Passageiros/dia (2023) | Passageiros/ano (2023) |
---|---|---|
Metrô de São Paulo | 4 008 000[51][52][53] | 1 189 615 850[51][52][53] |
Trem Metropolitano de São Paulo | 2 343 000[54][55][56] | 644 347 786[54][55][56] |
Metrô do Rio de Janeiro | 660 000[57][58] | 188 983 036[57][58] |
Metrô de Salvador | 350 000[59] | 101 684 054[60] |
Sistema | Passageiros/dia (2023) | Passageiros/ano (2023) |
---|---|---|
Trem Metropolitano do Rio de Janeiro | 312 308[61] | 86 640 649[62] |
Metrô do Recife | 168 400[63] | 47 503 000[63] |
Metrô do Distrito Federal | 108 663[64] | 42 000 000[65] |
Metrô de Porto Alegre[nota 6] | 109 813[66] | 32 234 147[66] |
Metrô de Belo Horizonte | 89 000[67] | 21 585 704[67] |
VLT do Rio de Janeiro | 80 000[68] | 20 364 055[69] |
Metrô de Fortaleza[nota 7] | 52 785[70] | 15 164 271[70] |
Sistema | Passageiros/dia (2022-2023) | Passageiros/ano (2022-2023) |
---|---|---|
VLT da Baixada Santista | 27 000[71] | 7 400 000[72] |
Sistema de Trens Urbanos de Natal | 5 700[63] | 1 520 000[63] |
Metrô de Teresina | 5 000[73] | 1 161 000[74] |
VLT de Sobral | 3 972[70] | 1 127 430[70] |
Sistema de Trens Urbanos de João Pessoa | 3 600[63] | 1 010 000[63] |
VLT do Cariri | 2 088[70] | 557 894[70] |
Sistema de Trens Urbanos de Maceió | 1 200[63] | 391 000[63] |
Estrada de Ferro Campos do Jordão | N/D | 136 005[75] |
As informações sobre o material rodante, isto é, a frota de veículos utilizados pelos sistemas estão sintetizadas na tabela abaixo.
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