Luís Gama
advogado autodidata, orador, jornalista e escritor brasileiro / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Luís Gonzaga Pinto da Gama[nota 1] (Salvador, 21 de junho de 1830 – São Paulo, 24 de agosto de 1882) foi um advogado,[21] abolicionista, orador, jornalista e escritor brasileiro[13] e o Patrono da Abolição da Escravidão do Brasil.[22][23]
Luís Gama | |
---|---|
O Libertador de Escravos | |
Nome completo | Luís Gonzaga Pinto da Gama |
Pseudônimo(s) | Afro, Getúlio, Barrabaz,[1] Spartacus e John Brown[2] |
Conhecido(a) por | Libertação de mais de 500 pessoas escravizadas.[3] |
Nascimento | 21 de junho de 1830 Salvador, Bahia, Brasil |
Morte | 24 de agosto de 1882 (52 anos) São Paulo, São Paulo, Brasil |
Residência | São Paulo |
Nacionalidade | brasileiro |
Etnia | afro-brasileiro |
Progenitores | Mãe: Luísa Mahin[4] Pai: Um fidalgo de família portuguesa[4] |
Cônjuge | Claudina Fortunata Sampaio[5][6] |
Filho(a)(s) | Luisa [8] Benedito Graco Pinto da Gama[9][10][11][12] |
Educação | autodidata[13] |
Ocupação | advogado, escritor, abolicionista |
Prêmios | XXXII Prêmio Franz de Castro Holzwarth de Direitos Humanos[14] |
Filiação | PL[15] Club Radical Paulistano[16] (1869-1870) Club Republicano de S. Paulo[17] (1870-1873) PRP (1873-1873)[18][19][20] |
Género literário | Poesia |
Movimento literário | romantismo |
Magnum opus | Primeiras Trovas Burlescas do Getulino |
Religião | Cristã |
Página oficial | |
institutoluizgama |
Nascido de mãe negra livre e pai branco, foi contudo feito escravo aos 10 anos, e permaneceu analfabeto até os 17 anos de idade. Conquistou judicialmente a própria liberdade e passou a atuar na advocacia em prol dos cativos, sendo já aos 29 anos autor consagrado e considerado "o maior abolicionista do Brasil".[24]
Apesar de considerado um dos expoentes do romantismo,[3] obras como a "Apresentação da Poesia Brasileira", de Manuel Bandeira, sequer mencionam seu nome.[25] Teve uma vida tão ímpar que é difícil encontrar, entre seus biógrafos, algum que não se torne passional ao retratá-lo — sendo ele próprio também carregado de paixão, emotivo e ainda cativante.[26] Neste sentido declara o historiador Boris Fausto que Gama era dono de uma "biografia de novela".[27]
Foi um dos raros intelectuais negros no Brasil escravocrata do século XIX, o único autodidata e o único a ter passado pela experiência do cativeiro. Pautou sua vida na luta pela abolição da escravidão e pelo fim da monarquia no Brasil, contudo veio a morrer seis anos antes da concretização dessas causas.[28] Em 2018 seu nome foi inscrito no Livro de Aço dos heróis nacionais depositado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves.[29]