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químico e criacionista brasileiro Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Marcos Nogueira Eberlin, mais conhecido como Marcos Eberlin, (Campinas, 4 de março de 1959) é um químico brasileiro, cientista, ex-professor do Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas. É membro da Academia Brasileira de Ciências e recebeu a Ordem Nacional do Mérito Científico em 2005.[1] Em 2016 Eberlin recebeu a Medalha Thomson,[2] sendo o primeiro sul-americano a receber essa medalha.[3]
Marcos Nogueira Eberlin | |
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Conhecido(a) por | Espectrometria de Massas, Criacionismo |
Nascimento | 4 de março de 1959 (65 anos) Campinas, São Paulo, Brasil |
Residência | Brasil |
Nacionalidade | Brasileiro |
Alma mater | UNICAMP |
Ocupação | Professor, Pesquisador, Escritor |
Religião | Batista |
Orientador(es)(as) | Concetta Kascheres |
Instituições | Universidade Presbiteriana Mackenzie |
Campo(s) | Química, Design inteligente |
Tese | Estudo das reações de alfa-Diazocetonas com Enaminonas: Parte II. Estrutura e Reatividade. Novo Método de Síntese de Pirróis |
Ele é um membro fundador e participa do comitê executivo da Sociedade Internacional de Espectrometria de Massas (IMSS) e da Fundação Internacional da Espectrometria de Massa (IMSF, International Mass Spectrometry Foundation),[4] na qual representa a Região D (América do Sul e Central). Foi presidente da IMSF de 2009 a 2014 e é também diretor-fundador da Sociedade Brasileira de Espectrometria de Massas (BrMASS). Fundou o Laboratório ThoMSon de Espectrometria de massa na UNICAMP e é editor associado do Journal of Mass Spectrometry.[5]
Eberlin é mais conhecido por promover[6][7] a pseudociência[8] conhecida como design Inteligente,[9] sendo um dos signatários da dissidência científica contra o darwinismo lançada em 2001 pelo Discovery Institute.[10] Ele é um criacionista contrário à teoria da evolução, caracterizada por ele como "uma falácia".[11] Eberlin não tem publicações científicas sobre o assunto,[12] mas é presidente executivo da Sociedade Brasileira do Design Inteligente e coordena o "Núcleo Discovery-Mackenzie", uma criticada parceria[13] entre o Discovery Institute e a Universidade Presbiteriana Mackenzie que, segundo o chanceler da universidade, pastor presbiteriano Davi Charles Gomes, é "um núcleo de fé, ciência e sociedade".[14][15]
Eberlin graduou-se em química em 1982 pela UNICAMP, onde também cursou mestrado (1984) e doutorado (1988). Ele fez pós-doutorado na Universidade de Purdue (1991).[16]
A reação química de acetalização e transacetalização polar na fase gasosa foi nomeada em sua homenagem.[17][18]
Crítico da teoria da evolução e notório promotor da pseudociência conhecida como design inteligente,[6][7][11][19] desde 2014 Eberlin é presidente da "Sociedade Brasileira do Design Inteligente", depois do Primeiro Congresso Brasileiro do Design Inteligente.[9] Em 2017 ele se tornou o coordenador do "Núcleo Discovery-Mackenzie", parceria entre o Discovery Institute e a Universidade Presbiteriana Mackenzie também chamado de "Núcleo de Pesquisa Mackenzie em Ciência, Fé e Sociedade".[20] A criação do núcleo foi criticada por diversos cientistas[14][15] e considerada uma ameaça à educação.[13]
Em 2018 ele afirmou que:[19]
“ | A evolução faliu, não conseguimos explicar a complexidade da vida. | ” |
— Marcos Eberlin. |
Em janeiro de 2021 Eberlin fez declarações equivocadas em um áudio enviado pelo aplicativo WhatsApp. Ele questionou a eficácia e a segurança das vacinas contra o coronavírus. No áudio ele criticou a vacina AZD1222, que começou a ser distribuída no Brasil na mesma época, e também a vacina Gam-COVID-Vac, à época em análise pela Anvisa.[21][22]
No áudio, Eberlin fez uma recomendação sobre estas vacinas:[21]
“ | Fujam delas o quanto vocês puderem. Se um dia te oferecerem, não tomem. | ” |
— Marcos Eberlin sobre duas vacinas no Brasil. |
Eberlin alegava, de forma contrária às evidências científicas disponíveis, que estas vacinas seriam arriscadas por usarem um adenovírus para carregar uma informação genética para o núcleo da célula e poderia editar o DNA da pessoa.[21]
A declaração causou polêmica entre os cientistas brasileiros. A Academia Brasileira de Ciências, da qual Eberlin é membro, repudiou duramente a declaração sem mencionar o seu nome. A Associação Brasileira de Química, a Academia de Ciências do Estado de São Paulo, o Conselho Federal de Química e a Sociedade Brasileira de Química também emitiram notas de repúdio às declarações de Eberlin.[22][23][24][25][26]
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