Movimento antivacina
relutância ou recusa em ser vacinado ou ter seus filhos vacinados / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
O movimento antivacina é uma oposição mais ou menos organizada à vacinação pública, oriunda de uma ampla gama de críticos de vacinas, algo que existe desde as primeiras campanhas de vacinação.[1] O movimento antivacina moderno, de natureza quase mundial, faz uso dos recursos da internet e se baseia em ideias sem comprovação científica e em teorias da conspiração.
Há consenso científico generalizado de que vacinas são seguras e efetivas, e portanto a Organização Mundial da Saúde caracteriza a hesitação em vacinar como uma das dez maiores ameaças para a saúde mundial.[2][3][4][5][6][7] No entanto, o público em geral desconhece a diferença entre o rigor do conhecimento científico e o conhecimento vulgar, o conhecimento religioso, ou o conhecer individual.[8]
A recusa da vacinação primariamente resulta de debates públicos acerca de problemas médicos, éticos e legais relacionados a vacinas. Ela pode surgir de muitos fatores incluindo a falta de confiança de uma pessoa (desconfiança na vacina e/ou no provedor de saúde), complacência (a pessoa não vê uma necessidade para a vacina ou não vê o valor da vacina), e conveniência (acesso a vacinas).[9] As hipóteses específicas levantadas por ativistas antivacinas têm mudado ao longo do tempo.[10] Antivacinas, anticiência, além de diversos outros assuntos polêmicos, passaram a ser utilizados na internet com objetivos políticos.[11] Os institutos democráticos e jurídicos tentam combater estes movimentos reconhecendo-os como crimes de divulgação de FakeNews.[12] A não vacinação frequentemente resulta em surtos de doenças e mortes em decorrência de doenças que podem ser evitadas com a toma de vacinas.[1][13][14][15][16][17]
No Brasil, a vacinação de crianças é obrigatória desde 1975, com a criação do Programa Nacional de Imunização,[18] sendo o caráter obrigatório tornado lei em 1990 no Estatuto da Criança e do Adolescente (Art. 14 § 1).[19] Pais ou responsáveis que não levarem suas crianças para a vacinação obrigatória podem ser incriminados por negligência e maus tratos.[20] Em outros países, entretanto, leis propostas para tornar a vacinação obrigatória já foram atacadas por ativistas e organizações antivacinas.[21][22][23] A oposição à vacinação obrigatória pode ser baseada em um sentimento antivacina, preocupação que ela viola liberdades civis ou reduz a confiança na vacinação, ou suspeição de enriquecimento da indústria farmacêutica.[1][24][25][26][27]