O Livro Tibetano dos Mortos
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Bardo Thodöl (em tibetano: བར་དོ་ཐོས་གྲོལ; transliteração Wylie: bar-do thos-grol; AFI: [pʰàrdo tʰǿɖøl], onde bardo é "transição" e thodol é "libertação")[1], denominado também de A Grande Libertação Pela Auscultação Durante os Estados Intermediários ou Liberação Através da Escuta, é um texto pertencente a um corpus maior de ensinamentos, o "Darma Profundo da Autoliberação Através da Meditação nos Deuses Pacíficos e Irados". No Ocidente, é chamado de O Livro Tibetano dos Mortos, como referência ao Livro dos Mortos do Antigo Egito.
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É um texto tido como sagrado no Tibete, cuja intenção é guiar a consciência de uma pessoa através de momentos a serem experienciados por ela após a morte – intervalo, segundo o texto, compreendido entre a morte e o renascimento. Além disso, o livro contém capítulos que abordam os sinais da morte e os rituais a serem realizados para o funeral do corpo. Seu conteúdo é fundamental para os processos de iniciação das escolas budistas tibetanas.
Pertencente à literatura Nyingma, é o texto tibetano mais célebre e difundido internacionalmente.[2] A tradição do budismo tibetano considera-o como um dos maiores "tesouros da terra" (gter ma), cuja compilação, datada do século VIII d.c., se atribui ao grande mestre do Tibete, Padmasambhava. Por ordem sua, o livro foi escondido para que no futuro fosse encontrado. Assim, em meados do século XIV, como almejado, o tertön (que em tibetano significa "descobridor de tesouros da prática budista"), Karma Lingpa (1326–1386), o encontrou no interior de uma gruta nos arredores do Himalaia.
No Ocidente, foi dado a conhecer pela primeira vez em 1927, através da tradução de W. Y. Evans-Wentz para o inglês.
