Paradoxo da democracia
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O paradoxo da democracia é um dos três paradoxos apontado pelo filósofo da ciência Karl Popper em seu livro The Open Society and Its Enemies.[1][2] Esse paradoxo, que foi mencionado por Popper em uma nota de rodapé na obra, debruça-se sobre a possibilidade de, através de um processo democrático, a maioria decidir ser governada por um tirano.[2]
Milênios antes, o filósofo grego Platão já havia percebido este paradoxo, afirmando: "a democracia pode facilmente se transformar em uma tirania se os governantes receberem demasiada confiança para decidir por um grande número de pessoas, se não forem submetidos a escrutínio".[2]
Ao analisar o paradoxo da democracia, Bryan Magee (1930-2019) fez o seguinte questionamento: "Qual medida a ser tomada quando a maioria leva ao poder, por meio de um sufrágio legítimo, um partido como o fascista ou o comunista, que não creem em instituições livres e quase sempre as destroem ao alcançarem o poder?"[3]