Queermuseu
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Queermuseu — Cartografias da diferença na arte brasileira foi uma exposição artística brasileira apresentada no Santander Cultural, na cidade de Porto Alegre. A exposição gerou polêmica devido a inúmeras acusações de apologia à pedofilia, à zoofilia e ao vilipêndio religioso.[1] Propagadas em redes sociais principalmente pelo Movimento Brasil Livre, essas acusações eram parte de um pânico moral sobre a educação infantil.[2] Por causa de toda polêmica envolvida nessa exposição, qualquer exposição que trabalhasse com temas relacionadas à família, sexualidade, religião etc poderia sofrer a mesma ação de grupos conservadores. O temor levou expositores a colocarem classificação indicativa nas exposições, mesmo a legislação não contemplando isso, como foi o caso da exposição sobre Farnese de Andrade que ocorreu em Curitiba no mesmo contexto da Queermuseu.[3]
O Santander reagiu às críticas e pressões dos segmentos religiosos e conservadores e cancelou a exposição. Isso gerou ainda mais críticas, desta vez em prol da liberdade de expressão e do fazer artístico.
Depois de uma campanha de financiamento coletivo, em 2018 a exposição foi reinaugurada no Parque Lage, no Rio de Janeiro. O curador da Queermuseu, Gaudêncio Fidelis, relatou que a reinauguração foi visitada por mais de dez mil pessoas. Ele ressaltou que recebeu inúmeras ameaças de morte por causa da exposição.[4]