República Democrática da Armênia
Primeiro estabelecimento moderno de uma república armênia. / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
A República Democrática da Armênia (português brasileiro) ou República Democrática da Arménia (português europeu) (RDA; em armênio: Դեմոկրատական Հայաստանի Հանրապետություն; Demokratakan Hayastani Hanrapetutyun), também conhecida como Primeira República da Armênia, foi um Estado nacional na região do Cáucaso, primeiro estabelecimento moderno de uma república armênia. O colapso do império czarista russo depois da Revolução Russa de 1917 permitiu que a Federação Revolucionária Armênia criasse uma nova república, na qual a liderança e os 103 delegados do antigo reino dos Romanov (dum total de 203) pertenciam ao partido.[1] No momento de sua criação, fazia fronteira com a República Democrática da Geórgia ao norte, com o Império Otomano a oeste, o Império Qajar ao sul, e a República Democrática do Azerbaijão a leste.
Դեմոկրատական Հայաստանի Հանրապետություն República Democrática da Armênia | |||||
República | |||||
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Hino nacional Mer Hayrenik ("Nossa Pátria")
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Primeira República da Armênia em 1918-1920 | |||||
Continente | Europa | ||||
Capital | Erevan | ||||
Língua oficial | Armênio | ||||
Religião | Igreja Apostólica Armênia | ||||
Governo | República | ||||
Primeiro-ministro | Simon Vratsian | ||||
Líder do Parlamento | Avetis Aharonyan | ||||
Período histórico | Entre-guerras | ||||
• 28 de maio de 1918 | Independência | ||||
• 29 de novembro de 1920 | Invasão soviética | ||||
População | |||||
• 1918 est. | 500,000 (+300,000 armênios otomanos) | ||||
• 1919 est. | 1,300,000 (+300,000 - 350,000 armênios otomanos) | ||||
Moeda | Rublo armênio |
Em 1918, a jovem república enfrentou o Império Otomano, durante a Campanha do Cáucaso, que concluiu com o Tratado de Batum. Este tratado foi o primeiro acordo internacional da república e foi assinado no mesmo dia da declarações internacional. Com a derrota do Império Otomano no fim da Primeira Guerra Mundial, o presidente americano Woodrow Wilson propôs, na Conferência de Paz de Paris, expandir as fronteiras da RDA para que incluíssem regiões historicamente Armênias, que passaram a ser conhecidas como "Armênia Wilsoniana" - o que foi ratificado posteriormente pelo Tratado de Sèvres. No entanto, estes acordos nunca foram postos em prática e o destino destes territórios foi determinado pelo Tratado de Alexandropol, depois pelo Tratado de Kars e, finalmente, pelo Tratado de Lausanne.
Em 1920, a RDA administrava uma área que cobria a maior parte da atual Armênia e das províncias de Kars e Iğdır, dos distritos de Çıldır e Göle na província de Ardahan, enquanto as regiões de Nakhchivan, Nagorno-Karabakh, Zangezur (atual província armênia de Siunique), e Qazakh eram disputadas com o Azerbaijão. A região de Oltu, administrada brevemente pela Geórgia naquele ano, também era reclamada pela RDA. A área de maioria étnica armênia em Lorri também foi disputada com a Geórgia. O exército armênio conseguiu controlar todas estas regiões, com a exceção do Karabakh, que nunca chegou a ficar inteiramente fora do domínio do Azerbaijão.
O jovem Estado se viu diante de problemas internos e externos fatais. Logo depois do colapso do Estado independente armênio, os exércitos vermelhos da República Socialista Federativa Soviética da Rússia invadiram e incorporaram a RDA à República Socialista Federativa Soviética Transcaucasiana (RSFST).[2] Em 1922, Josef Stalin, Comissário-Atuante de Nacionalidades para a União Soviética cedeu o Nagorno-Karabakh para o Azerbaijão como um óblast autônomo, enquanto as áreas de Qazakh e do corredor de Artsvashen foram cedidas ao Azerbaijão em 1931. A Armênia, por sua vez, recebeu Lorri da Geórgia naquele mesmo ano. Com a dissolução da RSFST em 1936, a Armênia, com as mesmas fronteiras que apresenta hoje em dia, foi proclamada uma república soviética.