Suicídio entre jovens LGBT
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O suicídio entre jovens LGBT refere-se ao ato de suicídio cometido por pessoas de 15 a 29 anos que, usando do princípio de autodeclaração, identificam-se como gays, lésbicas, bissexuais, travestis, transexuais ou, ainda, queer. De acordo com pesquisadores, as taxas de suicídio, tentativa de suicídio e ideação suicida entre jovens deste grupo social são comparativamente maiores do que entre a juventude em geral.[1][2][3][4][5][6] Uma pesquisa conduzida em 2018 apenas com pessoas LGBTs brasileiras identificou que 62,5% delas já pensaram em suicídio.[7] Adolescentes e adultos jovens LGBT têm uma das maiores taxas de tentativas de suicídio.[8][9] De acordo com alguns grupos, esta está ligada a uma cultura heteronormativa e à homofobia institucionalizada, incluindo as campanhas políticas contra direitos civis e proteções para as pessoas LGBT como as campanhas políticas recentes e contemporâneas para impedir o reconhecimento legal das uniões estáveis de casais homoafetivos (no Brasil) assim como a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo.[10][11] Também foi observado que a depressão e uso de drogas entre pessoas LGBT aumentam significativamente depois que novas leis discriminatórias contra homossexuais são aprovadas.[12]
O suicídio entre jovens LGBT geralmente acontece quando os jovens homossexuais ou LGBT são rejeitados pelos pais, pela família e/ou pela sociedade. De acordo com a pesquisa, é demonstrado que os jovens LGBT recusados pelos seus pais correm mais risco de seis vezes maiores de sofrerem níveis altos de depressão e tentam oito vezes mais cometer o suicídio.[13]
Outra estatística marcante que o estudo apontou é que um de cada quatorze homossexuais e bissexuais tentaram se matar, no mesmo momento em que um em cada trinta e três homens em geral tentaram tirar as suas próprias vidas. No decorrer desta pesquisa, 50% dos homossexuais que foram entrevistados, relataram que sofreram violência dentro de suas próprias casas, por meio de seus familiares. O estudo concluiu que a chance de um homossexual se suicidar é cinco vezes maior do que um indivíduo heterossexual.[14]
Nos Estados Unidos, a Universidade de Columbia elaborou uma pesquisa sobre a relação entre a orientação sexual e o suicídio entre jovens. As consequências mostraram que os homossexuais possuem mais possibilidade de praticar o ato. Além do mais, a busca concluiu que o local de convívio social também se encarrega de muita influência, lugares mais compreensivos abertos com relação à homossexualidade, manifestam menos casos dos homossexuais praticarem o suicídio.[15]
Os suicídios entre os jovens homossexuais levaram o presidente norte-americano Barack Obama a gravar um vídeo para o site It Gets Better. A campanha da website engloba declarações cuja mensagem é simples: Ser gay não é errado.
Apesar disso, os homossexuais são uma minoria que sofre preconceitos e discriminações. Em certas ocasiões, a níveis insuportáveis. O bullying pode causar a egodistonia, ou seja, alguém não gostar de como é. Um jovem rapaz perdeu o namorado e amigo de infância que, se atirou do sétimo andar. O ator brasileiro, Evandro Santo, que é homossexual assumido, contou que nunca pensou em se suicidar.[16]