Sífilis
infeção sexualmente transmissível causada pela subespécie pallidum da bactéria Treponema pallidum / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Sífilis é uma infeção sexualmente transmissível causada pela subespécie pallidum da bactéria Treponema pallidum.[3][6] Os sinais e sintomas variam dependendo de qual dos quatro estádios em que se manifestam: primário, secundário, latente e terciário. O sintoma clássico do estádio primário é um sifiloma no local da infeção — uma úlcera na pele que é indolor, firme e não pruriginosa. No estádio secundário aparece uma erupção cutânea difusa, geralmente nas palmas das mãos e dos pés, e podem aparecer úlceras na boca ou na vagina. No estádio latente, que pode durar vários anos ou décadas, não se manifestam sintomas.[1] No estádio terciário podem aparecer formações não cancerígenas denominadas gomas e sintomas neurológicos ou cardíacos.[2] A sífilis pode causar sintomas semelhantes a várias outras doenças.[1][2]
Sífilis | |
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Micrografia eletrónica da bactéria Treponema pallidum | |
Especialidade | Infectologia |
Sintomas | Úlcera na pele indolor, firme e não pruriginosa[1] |
Causas | Treponema pallidum geralmente transmitido por via sexual[1] |
Método de diagnóstico | Análises ao sangue, microscopia de campo escuro do fluido infetado[1][2] |
Condições semelhantes | Diversas doenças[1] |
Prevenção | Preservativo, abstinência sexual[1] |
Tratamento | Antibióticos[3] |
Frequência | 45,4 milhões / 0,6% (2015)[4] |
Mortes | 107 000 (2015)[5] |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | A50-A53 |
CID-9 | 090-097 |
CID-11 | 455894495 |
DiseasesDB | 29054 |
MedlinePlus | 000861 |
eMedicine | med/2224 emerg/563 derm/413 |
MeSH | D013587 |
Leia o aviso médico |
A sífilis é transmitida principalmente através de contacto sexual.[1] Pode também ser transmitida de mãe para filho durante a gravidez ou parto, causando sífilis congénita.[1][7] Entre outras doenças humanas causadas por subespécies da bactéria Treponema pallidum estão a bouba (subespécie pertenue), pinta (subespécie carateum) e bejel (subespécie endemicum).[2] O diagnóstico é geralmente confirmado com análises ao sangue. A bactéria pode também ser detetada com microscopia de campo escuro. O rastreio é recomendado durante a gravidez.[1]
O risco de contrair sífilis pode ser diminuído com a utilização de preservativos de látex ou com a abstinência sexual.[1] O tratamento com antibióticos é eficaz. O antibiótico de escolha na maioria dos casos é a penicilina G benzatina por via intramuscular. Em pessoas com alergia à penicilina, podem ser usadas doxiciclina e tetraciclina. Em pessoas com neurossífilis, é recomendada a administração de penicilina G potássica ou ceftriaxona. Durante o tratamento, as pessoas podem desenvolver febre, dores de cabeça e dores musculares, uma reação denominada Jarisch-Herxheimer.[3]
Em 2015, cerca de 45,4 milhões de pessoas estavam infetadas com sífilis,[4] tendo-se no mesmo ano registado cerca de 6 milhões de novas infeções.[8] Em 2015, a doença foi a causa de 107 000 mortes, uma diminuição em relação às 202 000 em 1990.[5][9] Depois da prevalência ter diminuído drasticamente com a introdução da penicilina na década de 1940, desde o início do século XXI que as taxas têm vindo a aumentar em muitos países, muitas vezes a par do vírus da imunodeficiência humana (VIH).[2][10] Pesquisas recentes na China indicam que a causa é um aumento da promiscuidade e da prostituição, da diminuição da utilização de preservativos e de práticas sexuais desprotegidas entre homens homossexuais.[11][12][13] Entretanto, estudos mais recentes indicam que a infecção entre os profissionais do sexo não é maior que entre os homossexuais e bissexuais em geral.[14] Em 2015, Cuba foi o primeiro país a erradicar a transmissão de sífilis entre mãe e filho.[15]