The Well of Loneliness
De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
The Well of Loneliness (no Brasil O Poço da Solidão) é um romance lésbico da autora britânica Radclyffe Hall, publicado pela primeira vez em 1928 por Jonathan Cape. Segue a vida de Stephen Gordon, uma inglesa de uma família de classe alta cuja "inversão sexual" (homossexualidade) é aparente desde tenra idade. Ela encontra o amor com Mary Llewellyn, a quem conhece enquanto trabalhava como motorista de ambulância na Primeira Guerra Mundial, mas sua felicidade juntas é prejudicada pelo isolamento social e rejeição, que Hall descreve como tipicamente sofridos por "invertidos", com efeitos previsivelmente debilitantes. O romance retrata a "inversão" como um estado natural dado por Deus e faz um apelo explícito: "Dê-nos também o direito à nossa existência".[1][2]
The Well of Loneliness | |||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|
Autor(es) | Radclyffe Hall | ||||||
Idioma | Língua inglesa | ||||||
País | Reino Unido | ||||||
Editora | Jonathan Cape | ||||||
Lançamento | 1928 | ||||||
Páginas | 512 | ||||||
Cronologia | |||||||
|
O romance se tornou o alvo de uma campanha de James Douglas, editor do Sunday Express, que escreveu: "Prefiro dar a um menino ou menina saudável um frasco de ácido prússico a este romance". Embora sua única referência sexual consista nas palavras "ela a beijou na boca, como amante" e "e naquela noite não se dividiram", um tribunal britânico considerou obsceno por defender "práticas não naturais entre mulheres".[3] Nos Estados Unidos, o livro sobreviveu a desafios legais no estado de Nova Iorque e no Tribunal da Alfândega.[4]
A publicidade sobre as batalhas jurídicas de The Well of Loneliness aumentou a visibilidade das lésbicas na cultura britânica e americana.[5] Durante décadas, foi o romance lésbico mais conhecido em inglês e, muitas vezes, a primeira fonte de informação sobre lesbianismo que os jovens podiam encontrar.[6] Alguns leitores o valorizaram, enquanto outros o criticaram pelas expressões de ódio de si mesmo por Stephen e o consideraram uma vergonha inspiradora.[7] Embora os críticos difiram quanto ao valor de The Well of Loneliness como uma obra literária, seu tratamento da sexualidade e gênero continua a inspirar estudo e debate.[8]