Tim Lopes
jornalista brasileiro / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Arcanjo Antonino Lopes do Nascimento, conhecido como Tim Lopes (Pelotas, 18 de novembro de 1950 — Rio de Janeiro, 2 de junho de 2002), foi um jornalista, repórter investigativo e produtor brasileiro. Trabalhou na TV Globo de 1996 até o seu assassinato em 2002 e foi casado com a estilista Alessandra Wagner por dez anos. Tinha um filho, Bruno, nascido do seu primeiro casamento. O caso de assassinato de Tim Lopes foi listado pelo portal Brasil Online (BOL) ao lado de "22 crimes que chocaram o Brasil".[1]
Tim Lopes | |
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O jornalista Tim Lopes | |
Nome completo | Arcanjo Antonino Lopes do Nascimento |
Nascimento | 18 de novembro de 1950 Pelotas, RS |
Morte | 2 de junho de 2002 (51 anos) Rio de Janeiro, RJ |
Nacionalidade | brasileiro |
Alma mater | Faculdades Integradas Hélio Alonso |
Ocupação | Jornalista |
Cursou jornalismo na Faculdade Hélio Alonso (FACHA), Rio de Janeiro. Seu primeiro trabalho foi na revista Domingo Ilustrada, do jornalista Samuel Wainer, como contínuo. Quando começou a fazer reportagens na rua, passou a ser chamado de Tim Lopes. Segundo amigos, o "nome artístico" teria sido dado pelo próprio Samuel Wainer, devido à semelhança do jornalista com o cantor Tim Maia.[2]
Uma de suas primeiras reportagens foi publicada na década de 1970, no jornal alternativo O Repórter. A matéria relatava as precárias condições de trabalho dos operários na construção do metrô do Rio. Para produzi-la, Tim Lopes trabalhou como "peão" na própria obra. Trabalhou também na sucursal do Rio de Janeiro da Folha de S.Paulo, nos jornais O Dia, Jornal do Brasil e O Globo e na revista Placar. Na TV Globo, participou de uma série de reportagens do programa Fantástico, que promoviam o encontro de familiares de vítimas com assassinos presos. Internou-se por dois meses em uma clínica para dependentes químicos para uma reportagem sobre o assunto. Em 2001, Lopes foi um dos ganhadores do Prêmio Esso. Era considerado pelos colegas de profissão como um dos mais corajosos e audaciosos repórteres investigativos em atividade.
Tim Lopes desapareceu em 2 de junho de 2002. Depoimentos de narcotraficantes presos indicam que ele teria sido sequestrado e morto entre as 22h e 0h daquele dia. Sua morte somente foi confirmada a 5 de julho, após exame de DNA dos fragmentos de ossos encontrados num cemitério clandestino.[3] No entanto, um grupo de advogados, duvidando de tal hipótese, pediu para que as ossadas atribuídas supostamente a Tim Lopes sejam examinadas em uma nova perícia e o inquérito sobre o caso seja reaberto.[4]