Timișoara
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Timișoara (pronúncia em romeno: ⓘ; em húngaro: Temesvár, ⓘ; em alemão: Temeswar ou, antigamente Temeschburg ou Temeschwar; em iídiche: טעמשוואר; em sérvio: Темишвар; romaniz.: Temišvar; em eslovaco: Temešvár; em turco: Temeșvar) é um município e a maior cidade da região histórica do Banato (a qual, por vezes e em sentido lato, é referida como fazendo parte da Transilvânia), Roménia. É o principal centro económico e cultural da Roménia ocidental, a terceira cidade mais populosa do país e a capital do distrito de Timiș.
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Município | ||||
Praça da União (Piața Unirii) | ||||
Símbolos | ||||
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Apelido(s) |
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Localização | ||||
Localização do município Timișoara no distrito de Timiș | ||||
Localização de Timișoara na Roménia | ||||
Coordenadas | 45° 45′ N, 21° 13′ L | |||
País | Roménia | |||
Região histórica | ||||
Distrito | Timiș | |||
História | ||||
Primeira menção histórica | 1177 | |||
Administração | ||||
Prefeito | Dominic Fritz (USR, 2020) | |||
Características geográficas | ||||
Área total | 130,5 km² | |||
• Área metropolitana | 1 570 km² | |||
População total (2011) [1][2][3] | 319 279 hab. | |||
• Estimativa (2016) | 332 983 | |||
• População metropolitana | 359 443 | |||
Densidade | 2 446,6 hab./km² | |||
• Densidade metropolitana | 228,9 hab./km² | |||
Altitude | 90 m | |||
Código postal | 300001–300789 | |||
Sítio | www |
A cidade é servida pelo terceiro aeroporto mais movimentado da Roménia, o Aeroporto Internacional Traian Vuia, localizado 10 km a nordeste do centro da cidade. Em 2016 foi selecionada para ser a Capital Europeia da Cultura de 2021.[4]
Todos os nomes da cidade derivam do nome em húngaro Temesvár, que significa "castelo no rio Temes" (Timiș).
O povoamento da área onde se encontra a cidade moderna remonta à Antiguidade. Embora não existam registos escritos anteriores a 1177 (embora alguns historiadores considerem que haja menções anteriores à fortaleza datadas de 1154 ou de 1019), há vários vestígios da presença humana. A primeira civilização identificável é a dos dácios e durante o período romano existiu um povoado na área, que persistiu durante as sucessivas ocupações (de ostrogodos, hunos, gépidas, ávaros) que se seguiram à retirada dos romanos. A partir de 630, a região pertenceu ao Primeiro Império Búlgaro e a partir do início do século X passou a ser dominada por húngaras. Foi parte do Reino da Hungria, do qual foi brevemente capital na primeira metade do século XIV, quando o rei Carlos I da Hungria ali se instalou entre 1315 e 1323, quando grande parte do território do seu reino estava nas mãos de alguns tartományúrs (oligarcas feudais) que na prática lhe recusavam vassalagem.
Em meados do século XIV, Temesvár estava na linha da frente da guerra entre a Cristandade e os otomanos muçulmanos. Cruzados franceses e húngaros encontraram-se na cidade antes de partirem para a Batalha de Nicópolis, em 1396, onde foram derrotados. João Corvino (Ioan de Hunedoara), voivoda da Transilvânia, usou a cidade a partir de 1443 como um reduto militar contra os otomanos, tendo construído uma poderosa fortaleza e reconstruído o palácio real de Carlos I, atualmente conhecido como Castelo de Huniade, o monumento mais antigo da cidade.
Temesvár foi repetidamente cercada pelos otomanos em 1462, 1476, 1491 e 1522. Em 1514, a maior revolta de camponeses na história da Hungria foi derrotada numa batalha perto de Temesvár O seu líder sículo György Dózsa (Gheorghe Doja em romeno) foi torturado e executado, juntamente com 40 a 60 mil rebeldes. Em 1552, a cidade foi conquistada pelo Império Otomano e durante pouco mais de um século foi capital do eialete (província otomana) de Tımıșvar.
Em 1716 foi conquistada pela Monarquia de Habsburgo e pouco depois recebia a primeira de várias vagas de colonos alemães (suábios do Danúbio). Ao longo do século XVIII os cursos dos rios Timiș e Bega foram regularizados e foi construído o Canal do Bega, que ligou a cidade a Budapeste, Viena e às principais vias fluviais da Europa. Em 1781 recebeu do imperador José II o privilégio de "cidade livre real". Em 1849, durante a revolução húngara, Temesvár foi cercada por tropas revolucionárias, que seriam esmagadas na Batalha de Temesvár, travada em 9 de agosto.
Na sequência do colapso da Áustria-Hungria após a Primeira Guerra Mundial, o Banato era disputado pela Sérvia e pelo Roménia. Timișoara foi ocupada em 15 de novembro de 1918 por tropas sérvias, que no entanto retiraram pouco depois. A 3 de dezembro desse ano chegam à cidade tropas coloniais francesas para evitar confrontos entre sérvios e romenos. Em 28 de julho de 1919 é instalada uma administração romena na cidade, que em 3 de agosto recebe tropas romenas. Nos termos do Tratado de Trianon de 1920, é formalizada a partição do Banato entre a Sérvia e a Roménia, com Timișoara nos dois terços da região que foram atribuídos à Roménia.
Foi em Timișoara que estalou a Revolução Romena de 1989, que poria fim ao regime comunista do ditador Nicolae Ceaușescu.
Timișoara situa-se a cerca de 90 metros de altitude, no limite sudeste da planície do Banato, parte da planície da Panónia, perto do local onde os cursos dos rios Timiș e Bega divergem. As águas destes dois rios formam uma área pantanosa e frequentemente inundada. A cidade desenvolveu-se num dos poucos locais onde os pântanos podiam ser atravessados. Estes constituíram uma proteção natural em redor da fortaleza durante muito tempo e também favoreceram um clima húmido e insalubre, que contribuiu para a proliferação de epidemias de peste e de cólera, o que fez com que o número de habitantes permanecesse relativamente baixo e impediu o desenvolvimento da cidade. No entanto, no século XVIII, os rios da região foram drenados, foram construídas barragens e modificado os seus cursos. Graças a esses projetos hidrográficos, a cidade deixou de ser banhada pelo Timiș e passou a estar à beira do Canal do Bega. Este canal, uma importante via de transporte, que ligou a cidade a Budapeste e a Viena por via fluvial, começou a ser construído em 1728. No entanto, apesar da completa drenagem da área da cidade, esta situa-se sobre um lençol freático com apenas 0,5 a 5 metros de profundidade, o que não permite a construção de edifícios altos. O rico solo negro e o lençol freático relativamente alto fazem com que a região seja muito fértil em termos agrícolas.[carece de fontes]
A área tem alguma atividade sísmica e ao longo da história registaram-se sismos que atingiram o grau 6 da escala de Richter.[carece de fontes]
O clima da região de Timișoara não apresenta grandes diferenças entre os períodos mais frios e mais quentes e a precipitação ocorre ao longo de praticamente todo o ano, sem que haja uma estação seca definida. A classificação de Köppen-Geiger do clima local é Cfb (temperado húmido e verões temperados).[5]
A temperatura mais alta registada foi 42 °C em 5 de agosto de 2017; a temperatura mais baixa foi -35,3 °C em 24 de janeiro de 1963. Em média há neve no solo durante 30 dias por ano. O mês mais chuvoso é junho (91 mm em média) e o mais seco é fevereiro (44,5 mm). O clima é muito irregular e variado. As massas de ar temperadas de origem marítima que são dominantes durante a primavera e verão causam elevada precipitação. As massas de ar húmido marítimo também são frequentes no inverno e trazem chuva e neve, mas não temperaturas muito baixas. De setembro a fevereiro, é frequente a presença de massas de ar continental polar vindas de leste. No entanto, o clima do Banato é também influenciado pela presença de massas de ar quente provenientes do mar Adriático e do Mediterrâneo. Esta combinação faz com que haja neve abundante durante o inverno e faça bastante calor no verão. As primeiras quedas de neve podem ocorrer no final de outubro, embora o mais comum seja que as quedas de neve mais significativas só ocorram a partir do final de novembro. As últimas quedas de neve geralmente ocorrem em março, mas por vezes acontecem no início de abril. A mediana das primeiras geadas é 22 de outubro e a das últimas é 15 de abril.[carece de fontes]
Dados climatológicos para Timișoara | |||||||||||||
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Mês | Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | Ano |
Temperatura máxima recorde (°C) | 17,4 | 20,5 | 28,2 | 32,0 | 34,5 | 38,4 | 41,1 | 41,0 | 39,7 | 33,8 | 27,1 | 20,2 | 41,1 |
Temperatura máxima média (°C) | 2,3 | 5,6 | 11,9 | 17,6 | 22,8 | 25,7 | 27,8 | 27,6 | 24,0 | 18,1 | 10,3 | 4,2 | 16,5 |
Temperatura média (°C) | −1,6 | 1,2 | 5,8 | 11,2 | 16,3 | 19,4 | 21,1 | 20,4 | 16,5 | 11,0 | 5,6 | 0,8 | 10,6 |
Temperatura mínima média (°C) | −4,8 | −2,3 | 1,2 | 5,8 | 10,1 | 13,4 | 14,6 | 14,3 | 11,2 | 6,2 | 2,1 | −1,7 | 5,8 |
Temperatura mínima recorde (°C) | −35,3 | −29,2 | −20,0 | −5,2 | −5,0 | 2,2 | 5,9 | 5,0 | −1,9 | −6,8 | −15,4 | −24,8 | −35,3 |
Precipitação (mm) | 40 | 36 | 37 | 48 | 65 | 76 | 64 | 50 | 40 | 39 | 48 | 50 | 593 |
Queda de neve média (cm) | 9,8 | 9,3 | 4,4 | 0,0 | 0,0 | 0,0 | 0,0 | 0,0 | 0,0 | 0,0 | 3,7 | 7,2 | 34,4 |
Dias com precipitação (1.0 mm) | 7 | 7 | 7 | 8 | 9 | 10 | 7 | 6 | 6 | 5 | 8 | 9 | 89 |
Humidade relativa (%) | 90 | 86 | 79 | 73 | 73 | 74 | 73 | 75 | 76 | 81 | 85 | 89 | 79 |
Horas de sol | 72,1 | 92,2 | 155,4 | 186,4 | 242,4 | 262,3 | 300,6 | 280,2 | 217,5 | 177,3 | 86,4 | 56,9 | 2 129,7 |
Fontes: Instituto Nacional de Estatística da Romênia,[6] NOAA,[7] Deutscher Wetterdienst[8] |
População de Timișoara (1787 – 2016) [2][9][10] | |||||||||||
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1787 | 1847 | 1869 | 1880 | 1890 | 1900 | ||||||
9 479 | 18 103 | 32 725 | 33 694 | 39 884 | 53 033 | ||||||
91% | 80,8% | 3% | 18,4% | 33% | |||||||
1910 | 1920 | 1930 | 1941 | 1948 | 1956 | ||||||
72 555 | 82 689 | 91 580 | 110 840 | 111 987 | 142 257 | ||||||
36,8% | 14% | 10,8% | 21% | 1% | 27% | ||||||
1966 | 1977 | 1992 | 2002 | 2011 | 2016 | ||||||
174 243 | 269 353 | 334 115 | 317 660 | 319 279 | 332 983 | ||||||
22,5% | 54,6% | 24% | 4,9% | 0,5% | 4,3% |
O município tem 130,5 km² e a área metropolitana em projeto tem 1 570 km². Segundo o censo de 2011, o município tinha 319 279 habitantes[1] e em 2017 estimava-se que tivesse 332 983[2] (densidade: 2 551,6 hab./km²). Em 2017, a "área urbana alargada" definida pelo Eurostat tinha 359 443 habitantes.[3]
Em termos étnicos, segundo o censo de 2011, 81,4% da população era romena, 4,9% húngara, 1,5% sérvia, 1,3% alemã, 0,7% cigana e 0,2% ucraniana.[1] Em termos religiosos, 75% dos habitantes eram fiéis da Igreja Ortodoxa Romena, 7,1% católicos romanos, 5,1% protestantes de vários ramos (2% pentecostais), 1,1% greco-católicos e 0,8% ortodoxos sérvios.[11]
Entre 1990 e 2002 a população diminuiu, devida à emigração e ao declínio da taxa de natalidade. O declínio foi especialmente acentuado nas comunidades húngara e alemã — esta última decresceu cerca de 50% naquele período.[12] Em contrapartida, a comunidade ucraniana cresceu, em parte devido à existência de escolas de língua ucraniana. Nos primeiros anos do século XXI, o investimento local por parte de empresas italianas provocou o aparecimento duma comunidade italiana,[13] o que levou à criação dum centro cultural italiano.[14]
Segundo o censo austro-húngaro de 1910, Timișoara tinha 72 555 habitantes, dos quais 43,6% usavam como primeira língua o alemão, 39,4% o húngaro, 10,4% o romeno, 4,8% o sérvio e 1,8% outros idiomas.[15]
Composição étnica [16] | |||||||||||||||||||||
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ano | pop. total |
rome- nos | % | ale- mães | % | hún- garos | % | sér- vios | % | ju- deus | % | ciga- nos | % | outros | % | ||||||
45 948 | 5 594 | | 12,2% | 24 973 | | 54,4% | 11 100 | | 24,2% | 2 363 | | 5,1% | 1 918 | | 4,2% | |||||||||||
60 551 | 6 312 | | 10,4% | 30 892 | | 51,0% | 19 162 | | 31,6% | 2 730 | | 4,5% | 1 455 | | 2,4% | |||||||||||
86 850 | 16 047 | | 18,5% | 32 097 | | 37,0% | 27 189 | | 31,3% | 8 307 | | 9,6% | 3 210 | | 3,7% | |||||||||||
102 390 | 25 207 | | 24,6% | 33 162 | | 32,4% | 31 773 | | 31,0% | 2 237 | | 2,2% | 7 264 | | 7,1% | 379 | | 0,4% | 2 368 | | 2,3% | |||||||
125 052 | 46 466 | | 37,2% | 37 611 | | 30,1% | 24 891 | | 19,9% | 16 084 | | 12,9% | |||||||||||||
142 257 | 75 855 | | 53,3% | 24 326 | | 17,1% | 29 968 | | 21,1% | 3 065 | | 2,2% | 6 700 | | 4,7% | 122 | | 0,1% | 2 221 | | 1,6% | |||||||
174 243 | 109 100 | | 62,6% | 25 058 | | 14,4% | 31 016 | | 17,8% | 4 188 | | 2,4% | 2 590 | | 1,5% | 120 | | 0,1% | 2 171 | | 1,2% | |||||||
269 353 | 191 742 | | 71,2% | 28 429 | | 10,6% | 36 724 | | 13,6% | 6 776 | | 2,5% | 1 629 | | 0,6% | 1 109 | | 0,4% | 2 944 | | 1,1% | |||||||
334 115 | 274 511 | | 82,2% | 13 206 | | 4,0% | 31 785 | | 9,5% | 7 748 | | 2,3% | 549 | | 0,2% | 2 668 | | 0,8% | 3 648 | | 1,1% | |||||||
317 660 | 271 677 | | 85,5% | 7 142 | | 2,2% | 24 287 | | 7,6% | 6 311 | | 2,0% | 367 | | 0,1% | 3 062 | | 1,0% | 4 814 | | 1,5% | |||||||
319 279 | 259 754 | | 81,4% | 4 193 | | 1,3% | 15 564 | | 4,9% | 4 843 | | 1,5% | 176 | | 0,1% | 2 145 | | 0,7% | 32 604 | | 10,2% |
Tradicionalmente, a cidade era dividida em 10 zonas, as quais não têm qualquer função administrativa atualmente.
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Timișoara é um centro económico importante a nível nacional desde o século XVIII, quando foi instalada a administração Habsburgo. Devido à colonização austríaca, à diversidade étnica e religiosa e leis inovadoras, a economia local começou a desenvolver-se. Os técnicos e artesãos que se fixaram na cidade fundaram guildas e ajudaram a desenvolver a economia. Em 1717, foi fundada em Timișoara a primeira fábrica de cerveja do Banato, da Timișoreana.[17]
Durante a Revolução Industrial foram introduzidas numerosas inovações. Foi nesse período que foi construído o Canal do Bega, o canal mais antigo em território romeno, que ligou Timișoara ao resto da Europa e ao mar Negro, o que fomentou ainda mais o comércio. Alegadamente, Timișoara foi a primeira cidade da Áustria-Hungria com iluminação pública e a primeira cidade da Europa continental a ter iluminação pública elétrica. No século XIX o caminho de ferro do Reino da Hungria chegou à cidade.[18][19][20]
Após a queda do comunismo em 1989, Timișoara foi a primeira cidade romena a receber grandes investimentos estrangeiros, nomeadamente no setores de alta tecnologia, que contribuiu decisivamente para um boom económico. Na imprensa internacional de meados da década de 2000, a cidade foi apresentada como um exemplo de sucesso económico da Roménia e o número crescente investimentos estrangeiros era apelidado de "segunda revolução". Em 2015 e 2016, a Forbes classificou a cidade como a melhor da Roménia para negócios.[21]
O investimento estrangeiro é originário sobretudo de países da União Europeia, com destaque para a Alemanha e a Itália. A empresa alemã Continental AG produz pneus em Timișoara desde que ali abriu uma fábrica em 1998. Posteriormente, a mesma empresa instalou na cidade uma divisão de software de automóveis.[22] Em 2015, a Continental tinha 8 000 empregados na cidade e continuava a expandir-se.[23] O Grupo Linde alemão tem fábricas que produzem gases e a Dräxlmaier alemã produz cablagens para automóveis da BMW e da Audi. A Kromberg & Schubert produz cablagens para a Volkswagen e outras marcas de automóveis.[carece de fontes] A Flex norte-americana tem uma fábrica de componentes eletrónicos que em 2017 empregava mais 4 000 pessoas.[24] A Procter & Gamble norte-americana tem uma fábrica de produtos de lavagem e limpeza e a Smithfield Foods norte-americana, uma das maiores processadoras de carne de porco do mundo tem duas subsidiárias na região.[carece de fontes]
Em meados da década de 2010, a cidade tinha dois grandes centros comerciais, além dum em construção e outro planeado. O Iulius Mall Timișoara abriu em 2005 e tem 350 lojas, 71 000 m² de área e 3 000 lugares de estacionamento.[25] O Shopping City Timișoara abriu em 2015 e tem 111 lojas, 70 000 m² e 2 700 lugares de estacionamento.[26] Em 2015 foi anunciada a construção do Timișoara Centrum, que terá 70 000 m².[27] Em 2016 foi anunciada a construção do Timișoara Plaza.[28]
A cidade dispõe dum sistema complexo de transportes regionais e tem boas ligações rodoviárias, ferroviárias e aéreas com as maiores cidades da Roménia e com a Europa.
A rede de transportes públicos de Timișoara é constituída por 9 linhas de elétricos, 9 linhas de tróleis e 21 linhas de autocarros. É mantida e operada pela empresa municipal Societatea de Transport Public Timișoara (STPT) e cobre todas as áreas importantes da cidade além de ter ligações a algumas das comunas da área metropolitana. Em 2009 a STPT transportou 90 milhões de passageiros.[29]
Em 2015, Timișoara tornou-se a primeira cidade a ter um sistema de bicicletas públicas, o qual tem 25 estações e 300 bicicletas que podem ser usadas por locais e turistas gratuitamente.[30] No mesmo ano foi anunciado que iria ser estudada a viabilidade da construção duma linha de metropolitano na cidade, para ligar as estações ferroviárias Gare do Norte e Gare do Leste.[31] Em 2016 entrou em funcionamento um serviço de transporte por barco no Canal do Bega. Estava previsto que esse serviço fosse gratuito até 2021.[32]
Timișoara é servida por duas estradas europeias (a E70 e a E671, cujo percurso é o de estradas nacionais romenas) e quatro estradas nacionais (DN6, DN69, DN59 e DN59A). Quando a Autoestrada A1 estiver completa ligará a cidade a Bucareste, à parte oriental do país e à fronteira com a Hungria, a noroeste da cidade, tendo continuidade no lado húngaro com a Autoestrada M43. Os troços Lugoj—Timișoara e Timișoara—Arad—Nădlac—Hungria já estão em serviço.
O terminal rodoviário de Timișoara (Autogara) é usado por várias empresas de autocarros que oferecem ligações para numerosos destinos em todo o país e no estrangeiro.[33]
A cidade é servida pelo terceiro aeroporto mais movimentado da Roménia, o Aeroporto Traian Vuia (IATA: TSR, ICAO: LRTR), situado 12 km a nordeste do centro da cidade. Em 2017 teve um movimento de 1 621 529 passageiros, mais 39,7% do que em 2016, mais 12,4% do que em 2011 e mais 46,5% do que em 2006.[34] Até 2014 foi o hub principal da companhia aérea romena Carpatair. Em 2018 era, desde há alguns anos, um hub da companhia de baixo custo Wizz Air.
Timișoara é um polo ferroviário importante e tem ligações por caminho de ferro para todas a principais cidades romenas, bem como para destinos regionais, através da rede da Căile Ferate Române (CFR, "Caminho de Ferro Romeno"). Tem também serviços internacionais diretos para Budapeste, Belgrado e Viena. A principal estação da cidade, a Gara Timișoara Nord ("Gare do Norte"), tem um movimento diário de mais de 130 comboios. As outras três estações da cidade são usadas principalmente por comboios suburbanos ou regionais.
À semelhança doutras cidades romenas, Timișoara é governada por um conselho local e um prefeito. Tanto estes órgãos como o conselho distrital são eleitos a cada quatro anos por sufrágio direto. O conselho local (consiliu local) de Timișoara é composto por 27 conselheiros (ou vereadores) eleitos.[35] Após as eleições locais de 2016, a distribuição dos conselheiros era a seguinte: 12 do Partido Nacional Liberal (PNL), 9 do Partido Social-Democrata (PSD), 2 do Partido Movimento Popular (PMP), 2 da União Democrática dos Húngaros na Roménia (UDMR/RMDSZ), 1 da Aliança dos Liberais e Democratas (ALDE) e 1 independente.
As primeiras eleições locais livres após a queda do regime comunista ocorreram em 1992, tendo sido ganhas por Viorel Oancea, do Partido da Aliança Cívica (PAC), que mais tarde se fundiu no PNL. Oancea foi o primeiro oficial que falou à multidão dos revolucionários reunidos na Praça da Ópera. As eleições seguintes, realizadas em 1996, foram ganhas por Gheorghe Ciuhandu do Partido Nacional Camponês Cristão Democrata (PNȚCD), que se manteve no cargo por quatro mandatos, tendo ganhado as eleições de 2000, 2004 e 2008. Em 2018, o prefeito de Timișoara era Nicolae Robu, que cumpria o seu segundo mandato, após ter ganho as eleições de 2012 e 2016. Os vice-prefeitos eram então Dan Diaconu do PNL e Farkas Imre da UDMR/RMDSZ.
Grande parte dos edifícios do centro da cidade são do período do Império Austríaco. A parte antiga tem várias áreas históricas: Cetate (Belváros em húngaro, Innere Stadt em alemão), Iosefin (Józsefváros, Josephstadt), Elisabetin (Erzsébetváros, Elisabethstadt) e Fabric (Gyárváros, Fabrikstadt). Na velha praça barroca da União (Piața Unirii) há numerosos bares, clubes noturnos e restaurantes.
Timișoara é o principal polo académico e de educação da Roménia ocidental, onde há oito universidades, quatro públicas e quatro privadas. em 2015 havia cerca de 60 000 estudantes na cidade.
Universidades públicas:
Timișoara tem acordos de geminação ou acordos de cooperação com as seguintes cidades:
Gera (Alemanha), desde 1998 [45] Carlsrue (Alemanha), desde 1992 [46] Graz (Áustria), desde 1982 [47] Mulhouse (França), desde 1991 [48] Rueil-Malmaison (França), desde 1993 [49] |
Szeged (Hungria), desde 1998 [50] Faença (Itália), desde 1991 [51] Palermo (Itália), desde 2005 [52] Treviso (Itália), desde 2003 [53] Lublin (Polónia), desde 2014 [54] |
Trujillo (Peru), desde 2010 [55] Nottingham (Reino Unido), desde 2008 [56] Novi Sad (Sérvia), desde 2005 [57] Chernivtsi (Ucrânia), desde 2010 [58] |
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