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Abaetetuba

município brasileiro do estado do Pará Da Wikipédia, a enciclopédia livre

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Abaetetuba (inicialmente denominado Abaeté) é um município brasileiro do estado do Pará, pertencente à Microrregião de Cametá. Localiza-se na região norte brasileira,e região nordeste paraense a uma latitude 01º43'05" sul e longitude 48º52'57" oeste,[5][6] na margem direita da foz do Rio Tocantins. É a cidade-polo da Região do Baixo Tocantins e a 7° mais populosa do estado. O município é formado por dois distritos: Abaetetuba (sede) e Beja (balneário, inicialmente era a região indígena Samaúma).

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Topônimo

O nome primitivo da região era "abaeté", que na língua tupi significa "homem forte e valente",[7] ou "homem verdadeiro", através da junção dos termos abá (homem) e eté (verdadeiro).[8] Por meio do Decreto-lei 4 505, de 30 de dezembro de 1943, foi-lhe acrescentado o sufixo "tuba", oriundo do termo "tyba", que provém da língua nheengatu (derivada do tupi) que significa "ajuntamento", para diferenciá-lo do município homônimo no estado de Minas Gerais, resultando no topônimo indígena "Abaetetuba", que na língua tupi significa "ajuntamento de homens verdadeiros",[8] ou “lugar de homem ilustre”.[7]

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História

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Perspectiva

Existem duas história sobre a colonização da região de Abaetetuba:[7] segundo Palma Muniz iniciou-se a partir do distrito de Beja, que inicialmente era a região indígena denominada Samaúma, aldeia dos indígenas nômades (provavelmente tupinambás), que por volta de 1635, no contexto da Capitania do Grão-Pará (1621–1821), os padres capuchinhos de Santo Antônio (ou Franciscanos da Província de Santo Antônio) do Convento do Una da cidade de Belém (1617),[9][10][11][12] após percorrerem os rios da região (como o rio Uraenga/Ararenga), catequizaram esta aldeia.[7][13][14] E posteriormente a comunidade foi batizado de "Beja" pelo então governador Francisco Xavier de Mendonça Furtado (período de 1751–1759).[14]

Segundo Luiz Reis, na obra historiográfica "Abaetetuba", o português Francisco de Azevedo Monteiro, recebeu uma sesmaria na região do atual núcleo urbano de Abaetetuba, onde iria dedicar-se à exploração de especiarias e gêneros amazônicos, onde ali fundou um ajuntamento.[13] Que segundo a tradição oral, em 1745 Francisco estando na sesmaria, aportou com sua família na região devido um temporal.[7]

Em 1750, foi criado o distrito com a então denominação "Abaeté", ligado ao município de Belém. O distrito foi desmembrado do território da capital do Estado, e constituído como região autônoma e vila em 1880 (via Lei 973, de 23 de março).[7] Em 1895, foi elevado à condição de cidade mantendo a denominação Abaeté (via lei estadual n.º 334), mas em 1930 voltou a condição de distrito até 1935 quando foi elevado a categoria de município.[7]

Em 1943, o município de Abaeté passou a ter a denominação "Abaetetuba" (via lei estadual n.º 4 505).[5][13]

Em 2010, o Engenho Pacheco localizado no rio Furo Grande em Abaetetuba foi tombado como patrimônio histórico estadual, pelo Departamento de Patrimônio do Estado do Pará.[13]

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Economia

O município de Abaetetuba destaca-se pela grande produção de artesanato de miriti, uma palmeira comum de áreas alagadas.[14]

Antigamente ostentava o título de “Terra da Cachaça”, devido a presença de vários engenhos na região.[14]

Religião e cultura

Desde 1812 é realizado a homenagem a padroeira da cidade através do Círio de Nossa Senhora da Conceição.[14] Considerado a principal manifestação religiosa da região, que ocorre no final do mês de novembro, marcado por uma programação cultural que inclui: leilão de animais, arraial e vendas de comidas e bebidas.[14]

Nos meses de abril ou maio, é realizado na cidade o Festival do Miriti, celebração da produção de brinquedos de miriti, que tornaram Abaetetuba conhecida como a "Capital Mundial do Brinquedo de Miriti".[15]

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Filhos notórios

Ver Naturais de Abaetetuba

Bibliografia

  • IBGE (1957). Enciclopédia dos municípios brasileiros. 1. Rio de Janeiro: IBGE. 335 páginas
  • Enciclopédia dos municípios brasileiros e seus administradores 1997-2000. 1. Rio de Janeiro: Modrian. 2000. 455 páginas

Referências

  1. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 21 de setembro de 2013
  2. «PIB dos Municípios - base de dados 2010-2015». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 23 dez. 2017
  3. «Estado Pará, Município Abaetetuba, Panorama». IBGE. 2015. Consultado em 9 de maio de 2018
  4. «Abaetetuba, Pará - PA». Geógrafos. Consultado em 9 de abril de 2018
  5. «História Abaetetura (Pará)». Ferramenta Cidades. IBGE. Consultado em 2 de janeiro de 2023
  6. NAVARRO, E. A. Método moderno de tupi antigo: a língua do Brasil dos primeiros séculos. 3ª edição. São Paulo. Global. 2005. 463 p.
  7. Loureiro, Antonio (28 de janeiro de 2015). «O V Império amazônico cresce». Francisco Gomes da Silva. Consultado em 6 de janeiro de 2023
  8. Rezende, Tadeu Valdir Freitas de (20 de outubro de 2006). «A conquista e a ocupação da Amazônia brasileira no período colonial: a definição das fronteiras» (PDF). Consultado em 6 de janeiro de 2023. Resumo divulgativo
  9. «Abaetetuba – Engenho Pacheco». ipatrimônio. Consultado em 2 de janeiro de 2023
  10. «Abaetetuba». ParáTrip. Consultado em 6 de janeiro de 2023
  11. «MiritiFest 2023 celebra a economia criativa de cores e sabores em Abaetetuba». Prefeitura de Abaetetuba. Consultado em 8 de junho de 2023
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Ligações externas

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