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Alouatta belzebul
espécie de mamífero Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Alouatta belzebul é uma espécie de bugio ou guariba, um macaco do Novo Mundo da família Atelidae e gênero Alouatta, conhecido popularmente por guariba-de-mãos-ruivas, guariba-de-mãos-vermelhas, guariba-preta ou bugio-de-mãos-ruivas. É endêmico do Brasil, e possui distribuição geográfica disjunta, ocorrendo duas populações separadas: uma na Amazônia e outra na Mata Atlântica do litoral do Nordeste Brasileiro.
![]() | As referências deste artigo necessitam de formatação. (Julho de 2020) |
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Distribuição Geográfica
A espécie é endêmica do Brasil, ocorrendo tanto na Floresta Amazônica quanto na Mata Atlântica nordestina.[3] Ocorre nos estados do Pará, Mato Grosso, Amapá e Maranhão (distribuição "amazônica") e no Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas.[3] É uma espécie restrita às formações florestadas e seus limites de distribuição são definidos com o fim de florestas e início de formações abertas, como o cerrado.[3] Habita desde vegetação de transição com alta frequência de babaçu, até a floresta estacional semidecidual e floresta ombrófila.[4][5][6][7]
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Descrição
Resumir
Perspectiva
São primatas de grande porte, com até 1 metro comprimento cabeça-cauda, e peso entre 6,5-8,0 kg nos machos e 4,8-6,2 kg nas fêmeas. Sua pelagem é curta e áspera, com “barba” bem desenvolvida; possui pelagem preta ou marrom-escuro com mãos, pés e porção final da cauda avermelhados: outras variações de pelagem que definiam subespécies distintas agora são consideradas espécies diferentes (Alouatta belzebul discolor e A. belzebul ululata).[3] Sua cauda é preênsil, e apresentam locomoção lenta, quadrupedal, raramente saltando.
Dieta
Sua dieta é predominantemente folívolo-frugívora (flores, folhas e frutos verdes ou maduros), o que o torna animal pouco ativo, passando mais de 70% do seu tempo em descanso. Ingestão de outros compostos tem sido registrada, como insetos, sementes, casca de árvores, raízes, musgo e terra de cupinzeiro.
Reprodução e Socioecologia
Vivem em grupos sociais liderados por um macho adulto; o tamanho do grupo varia com a espécie de Alouatta e o ambiente onde vivem; no A. belzebul são encontrados grupos de 2 a 14 indivíduos. Os machos do gênero vocalizam para determinar a localização do grupo e defender seu território.
A gestação da espécie dura mais de 150 dias, onde nasce um único filhote. As crias são carregadas no ventre pela mãe nas primeiras 3 semanas de vida e após ficam aguarrados no dorso da mesma; as fêmeas cuidam dos filhotes até o desmame com 15 meses de vida. A espécie atinge a maturidade sexual com 36 a 40 meses de vida.
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Conservação

A espécie é considerada como "Vulnerável" pela IUCN pois suas populações diminuíram significativamente nos últimos 30 anos, sendo que as populações do Nordeste encontram-se em estado crítico (menos de 200 indíviduos).[2] Nesta última região, ainda é encontrado em algumas unidades de conservação: ocorre na Reserva Biológica Guaribas, na Paraíba; na Estação Ecológica Murici, em Alagoas; e em unidades de conservação particulares em Pernambuco, Rio Grande do Norte e Alagoas.[4]
Referências
- Groves, C.P. (2005). Wilson, D. E.; Reeder, D. M, eds. Mammal Species of the World 3.ª ed. Baltimore: Johns Hopkins University Press. 148 páginas. ISBN 978-0-8018-8221-0. OCLC 62265494
- Valença-Montenegro, M. M.; Fialho, M.S.; Carvalho, A. S.; Ravetta, A. L.; Régis, T.; de Melo, F. R.; Jerusalinsky, L.; Veiga, L. M.; Mittermeier, R. A.; Cortes-Ortíz, L.; Talebi, M. (2021). «Alouatta belzebul». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2021: e.T39957A190412426. doi:10.2305/IUCN.UK.2021-1.RLTS.T39957A190412426.en
. Consultado em 19 de novembro de 2021
- GREGORIN, R. (2006). «Taxonomia e variação geográfica das espécies do gênero Alouatta Lacépède (Primates, Atelidae) no Brasil» (PDF). Revista Brasileira de Zoologia. 23 (1): 64-144
- Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. «Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Primatas do Nordeste» (PDF). Consultado em 1 de julho de 2012
- Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. «Guariba – Alouatta belzebul ululata». Consultado em 1 de julho de 2012
- Silva Júnior, J. S., Silva, C. R., Kasecker, T. P (2008). «Primatas do Amapá, Guia de Identificação de Bolso». Conservation International, Tropical Pocket Guide Series #7. Consultado em 1 de julho de 2012[ligação inativa]
- Simone Porfírio de Souza, Anthony Brome Rylands (2005). «Ecologia e Conservação de Alouatta belzebul belzebul (Primates, Atelidae) na Paraíba, Brasil». Consultado em 1 de julho de 2012
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Ligações externas
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