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Antônio Francisco de Paula de Holanda Cavalcanti de Albuquerque

político brasileiro Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Antônio Francisco de Paula de Holanda Cavalcanti de Albuquerque
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[1]Antônio Francisco de Paula de Holanda Cavalcanti de Albuquerque, o Visconde de Albuquerque (Engenho Pantorra, Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco, 21 de agosto de 1797Rio de Janeiro, 14 de abril de 1863), foi um militar, senhor de engenho e político brasileiro.[2]

Factos rápidos Holanda Cavalcanti, Ministro da Fazenda do Brasil ...

Haja vista o prestígio de sua família — cujos membros e aliados formavam uma bancada de 15 senadores em meados do século XIX —, diz-se que, se Dom Pedro II resolvesse formar uma dinastia brasileira, nenhum outro clã teria tanta estirpe para apresentar uma esposa quanto os Cavalcanti de Albuquerque de Pernambuco.[3] Foi um dos políticos mais poderosos do Brasil Império.

Concorreu na primeira eleição para a Regência Una com o Padre Diogo Antônio Feijó (que saiu vitorioso). Quando da renúncia de Feijó, assumiu o cargo de regente Araújo Lima, que venceu o pleito contra Holanda Cavalcanti, graças a articulações em meio a própria família Cavalcanti de Albuquerque, tendo assim que assumido, nomeado o primo Sebastião do Rego Barros, como Ministro da Guerra e o irmão do sogro Francisco de Paula Almeida e Albuquerque, como Ministro da Justiça. Após a saída dos dois do governo, Holanda Cavalcanti passou a articular a queda do governo no que ficou conhecido como Golpe da Maioridade.[4]

Integrou o chamado "Ministério dos Irmãos", composto pelos irmãos Cavalcanti (Holanda Cavalcanti e Francisco de Paula Cavalcanti) e os irmãos Andrada (Antônio Carlos e Martim Francisco), entre outros, que auxiliou o imperador D. Pedro II logo após o Golpe da Maioridade.[5]

Tendo liderado o gabinete durante o período de 1846 e 1847. Período em que também acumulou as pastas da Marinha, Guerra e Fazenda sob seu comando. Saindo da liderança pouco antes da criação da monarquia parlamentar, por discordar da nomeação de aliados do Partido da Praia no governo de Pernambuco.[6]

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Biografia

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Perspectiva

Família e juventude

Era filho do Capitão-Mor Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque e de Maria Rita de Albuquerque Melo, e irmão dos viscondes de Suassuna e Camaragibe e do barão de Muribeca. Neto paterno de Francisco Xavier Cavalcanti de Albuquerque (coronel) e de Filippa Cavalcanti de Mello. Neto materno de Antônio de Holanda Cavalcanti de Albuquerque (tenente-coronel da Guarda Nacional do regimento de Sirinhaém) e de Maria Manuela de Melo. Era também primo em primeiro grau do conde da Boa Vista, do barão de Ipojuca e do conselheiro Sebastião do Rego Barros.

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Armas do Visconde de Albuquerque, as mesmas das famílias Albuquerque e Cavalcanti.

Casou-se em 20 de outubro de 1829 no Rio de Janeiro com Emília Amália de Almeida e Albuquerque, filha do conselheiro e senador Manuel Caetano de Almeida e Albuquerque. Tiveram filhos:[7]

Atividades militares

Aos dez anos foi cadete, sendo oficial do exército promovido mais tarde a tenente-coronel,[2] posto em que foi reformado, em 9 de novembro de 1832.

Em 1816 passou de Pernambuco ao Rio de Janeiro, de onde seguiu para Moçambique como ajudante de ordens do governador e capitão-general da capitania de Moçambique, José Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque, seu tio. De volta ao Rio de Janeiro, seguiu para Macau nomeado lente do segundo ano da Escola Real de Pilotos, em aviso de 12 de junho de 1819, e sargento-mor do batalhão do Príncipe Regente. Voltou ao Brasil definitivamente em 1824.

Atividades políticas

Depois da Independência Brasileira, militou na política da sua pátria.[2] Foi eleito deputado[2] geral por sua província na 1ª legislatura, de 1826 a 1829, na 2ª e 3ª de 1830 a 1837. Foi senador[2] do Império do Brasil, de 1838 a 1863.

Em 3 de novembro de 1830 foi nomeado ministro e secretário de estado dos negócios da Fazenda; em 1 de agosto de 1832 foi nomeado ministro do Império e da Fazenda; em 24 de julho de 1840, ministro da Marinha; de 23 de maio de 1844 a 29 de abril de 1847, ministro da Marinha, da Fazenda e da Guerra; e, em 30 de maio de 1862, ministro da Fazenda, cargo que ocupava quando de seu falecimento (ver Gabinete Olinda de 1862).

Serviu de conselheiro do Estado para o que foi nomeado extraordinário em 14 de setembro de 1850 e ordinário em 20 de agosto de 1859. Em 20 de agosto de 1840 foi nomeado Gentil-Homem da Imperial Câmara.[19]

Recebeu o título de 1.º Visconde com grandeza de Albuquerque em 2 de dezembro de 1854.[2]

Atividades maçônicas

Em 3 de dezembro de 1837, em substituição a José Bonifácio de Andrada e Silva, foi eleito Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil, cargo que ocupou até 1850, quando então o passou a Miguel Calmon du Pin e Almeida (Marquês de Abrantes).

Desempenhou cargos de relevo no Grande Oriente de Portugal, nomeadamente o de seu representante junto da Maçonaria Brasileira em 1858.[20]

Morte

O Visconde de Albuquerque faleceu de hepatite aos 65 anos de idade, já viúvo. Seu corpo foi sepultado no Cemitério de São João Batista.[21]

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Referências

  1. «Senador Holanda Cavalcanti - Senado Federal». www25.senado.leg.br. Consultado em 24 de maio de 2025
  2. António Henrique Rodrigo de Oliveira Marques. Dicionário de Maçonaria Portuguesa. [S.l.: s.n.] pp. Volume I. Coluna 33
  3. «História do Brasil para Ocupados». Google Livros. Consultado em 4 de maio de 2017
  4. «Regência Una de Diogo Feijó (1835-1837)». Alunos Online. Consultado em 4 de maio de 2017
  5. «Ministério da Maioridade». MultiRio. Consultado em 2 de julho de 2019
  6. Henrique Fontes Cadena, Paulo (31 de janeiro de 2011). «Ou há de ser Cavalcanti, ou há de ser cavalgado : trajetórias políticas dos Cavalcanti de Albuquerque (Pernambuco, 1801-1844)». repositorio.ufpe.br. Consultado em 24 de maio de 2025
  7. «Obituário». Hemeroteca Digital Brasileira. Correio Mercantil. 20 de abril de 1863. p. 3. Consultado em 11 de agosto de 2018
  8. «Gazeta de Noticias (RJ) - 1890 a 1899». Hemeroteca Digital Brasileira. Gazeta de Notícias. 19 de julho de 1894. p. 1. Consultado em 11 de agosto de 2018
  9. «Folha Diaria (RJ) - 1890 a 1891». Hemeroteca Digital Brasileira. O Brazil. 10 de junho de 1890. p. 3. Consultado em 11 de agosto de 2018
  10. «Jornal do Commercio (RJ) - 1860 a 1869». Hemeroteca Digital Brasileira. Jornal do Commercio. 24 de outubro de 1867. p. 3. Consultado em 11 de agosto de 2018
  11. «Esboço biographico do finado Dr. Henrique de Hollanda Cavalcanti de Albuquerque, por seu amigo e collega Dr. José Victorino da Costa». Hemeroteca Digital Brasileira. Gazeta Médica do Rio de Janeiro. 15 de setembro de 1832. Consultado em 11 de agosto de 2018
  12. «Noticias Diversas». Hemeroteca Digital Brasileira. Correio Mercantil. 2 de agosto de 1862. p. 1. Consultado em 11 de agosto de 2018
  13. «Obituario». Hemeroteca Digital Brasileira. Correio Mercantil. 3 de agosto de 1862. p. 3. Consultado em 11 de janeiro de 2018
  14. «Correspondências». Hemeroteca Digital Brasileira. Jornal do Commercio. 22 de novembro de 1889. p. 2. Consultado em 11 de agosto de 2018
  15. «Revista Diária». Hemeroteca Digital Brasileira. Diário de Pernambuco. p. 2. Consultado em 11 de agosto de 2018
  16. FamilySearch.org. Paróquia São Francisco Xavier, Matrimônios 1863-1870. p. 10 https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:939F-GN23-P?i=10&wc=M6ZY-S29%3A131775101%2C131775602%2C143143801&cc=1719212. Consultado em 11 de agosto de 2018 Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  17. «A morte do Barão de Albuquerque em Paris». Hemeroteca Digital Brasileira. A Noite. p. 1. Consultado em 11 de agosto de 2018
  18. «Ministério da Guerra». Hemeroteca Digital Brasileira. Diário do Rio de Janeiro. p. 1. Consultado em 11 de agosto de 2018
  19. HARING, Guilherme Carlos. Almanaque da Corte e Província do Rio de Janeiro para o Ano Bissexto de 1864. Editores: Eduardo & Henrique Laemmert. Rio de Janeiro, p. 52]
  20. António Henrique Rodrigo de Oliveira Marques. Dicionário de Maçonaria Portuguesa. [S.l.: s.n.] pp. Volume I. Coluna 33-4
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Ligações externas

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