Argali

O argali (Ovis ammon), também conhecido como carneiro-da-montanha, é um mamífero caprino do gênero Ovis, que habita as terras altas da Ásia Central, incluindo os Himalaias, o Planalto Tibetano e os Montes Altai.^[2]

Argali
Argali taxidermizado no Museu Nacional de Natureza e Ciência, em Tóquio, no Japão
Estado de conservação
Quase ameaçada (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Reino: Animalia Filo: Chordata Classe: Mammalia Ordem: Artiodactyla Família: Bovidae Subfamília: Antilopinae Tribo: Caprini Gênero: Ovis Espécie: O. ammon
Nome binomial
Ovis ammon (Linnaeus, 1758)
Distribuição geográfica
Distribuição do argali e suas subespécies
Subespécies
9, ver texto

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É classificada como uma espécie quase ameaçada pela IUCN. As principais ameaças são a caça furtiva (para obtenção de carne e pelos chifres, usados na medicina tradicional chinesa, e também para troféus de caça), além da perda de habitat e a competição, o deslocamento e a possível transmissão de doenças por rebanhos domésticos. Em geral, os argalis parecem ser extremamente intolerantes à perturbação humana, embora observações em áreas sem caça furtiva e sem perturbação por animais domésticos e cães, sugiram que os argalis podem se habituar à presença humana. As cercas nas fronteiras internacionais representam uma barreira à movimentação e dispersão dos argalis, impedem o acesso a locais ideais para pastagem sazonal e aumentam a fragmentação e o isolamento genético. Mesmo em diferentes habitats, essas ameaças parecem variar pouco entre as populações.^[1]

É considerada a maior ovelha selvagem, com altura média de 120 cm e peso de 140 kg. O argali-de-pamir (também chamado carneiro-de-marco-polo, porque foi primeiramente descrito pelo famoso comerciante Marco Polo) pode alcançar mais de 183 centímetros de comprimento.^{[carece de fontes?]}

A coloração varia para cada animal, de um amarelo claro para um cinza marrom-escuro. A face é mais clara. Os machos possuem um pescoço esbranquiçado, uma crina dorsal, dois grandes chifres em forma espiral, alguns medindo 190 centímetros em comprimento. Machos usam os chifres para competir um com o outro. As fêmeas também possuem chifres, mas muito menores.^{[carece de fontes?]}

Os argalis vivem em rebanhos entre dois e cem animais, segregados por sexo, a não ser durante a estação do acasalamento. Já foram relatados rebanhos migratórios, especialmente de machos. Com pernas longas, os rebanhos podem viajar rapidamente de lugar a lugar. Os argalis também tendem a viver à grandes altitudes no verão.^{[carece de fontes?]}

Taxonomia

A espécie foi descrita em 1758 pelo naturalista sueco Carolus Linnaeus como Capra Ammon, sendo posteriormente transferida para o gênero Ovis.^[2] Atualmente, são reconhecidas nove subespécies:^[3]

• Ovis ammon ammon (Linnaeus, 1758) – Argali-dos-altai
• Ovis ammon collium Severtzov, 1873 – Argali-do-cazaquistão
• †Ovis ammon comosa Hollister, 1919 – Argali-do-norte-da-china ou argali-de-shanxi (sinônimo de O. a. jubata)
• Ovis ammon darwini Przheval'skiy, 1883 – Argali-de-gobi
• Ovis ammon hodgsonii Blyth, 1841 – Argali-tibetano
• Ovis ammon karelini Severtzov, 1873 – Argali-de-tian-shan
• Ovis ammon nigrimontana Severtzov, 1873 – Argali-de-karatau
• Ovis ammon polii Blyth, 1841 – Argali-de-pamir ou carneiro-de-marco-polo
• Ovis ammon severtzovi Nasonov, 1914 – Argali-de-severtzov

Carneiro-de-marco-polo

O carneiro-de-marco-polo (Ovis ammon polii) é uma subespécie de argali, ele leva seu nome devido ao explorador Marco Polo. Ele é particularmente conhecido pelos seus longos chifres. O maior chifre já encontrado em um ovino foi encontrado num carneiro de Marco Polo e media 191 cm.^[4]

Ele está em perigo de extinção, com somente 6000 espécimes.^[5] É somente encontrado nas montanhas do Pamir na região fronteiriça entre a China, Afeganistão, Paquistão e Tadjiquistão. Algumas das áreas protegidas onde a espécie ocorre, incluem o Parque Nacional de Khunjerab e o Parque Nacional do Karakoram Central no norte do Paquistão e a Reserva Natural de Taxkongau no sudoeste da China. A Sociedade de Conservação da Vida Selvagem está tentando organizar uma área protegida para os carneiros de aproximadamente 50.000 quilômetros quadrados, incluindo as quatro fronteiras.