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Avianense

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Avianense
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Avianense é uma empresa portuguesa de chocolates fundada em Viana do Castelo em 1914, e posteriormente localizada em Durrães, no concelho de Barcelos. É considerado como o mais antigo fabricante de chocolates em Portugal.[1]

Factos rápidos Atividade, Fundação ...
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Descrição

Localização e produtos

A empresa conta com uma fábrica para a produção de chocolates, que funciona igualmente como museu, situada em Durrães, no concelho de Barcelos.[2] A antiga unidade industrial da marca, localizada na Rua do Gontim, no centro de Viana do Castelo,[3] foi convertida num centro multifuncional dedicado ao chocolate, com um hotel, loja, museu e restaurante.[4]

A marca conta com vários produtos de grande sucesso no mercado nacional, como as sombrinhas de chocolate e as tabletes 10/R,[1] sendo o seu ex-libris os bombons Imperador, produzidos com chocolate de leite e amêndoa torrada nacional.[5]

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História

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Perspectiva

Fundação e primeiros anos

Foi fundada em 1914 pelos sócios António José Rodrigues Lima e João Felgueiras,[6] sendo o fabricante mais antigo de chocolates em território nacional.[1] Em 1992 iniciou as suas operações numa nova fábrica, que funcionou até 2004.[4]

Em 1934 iniciou uma nova unidade de negócio, a torrefacção de café, tendo o crescimento da produção levado à expansão da unidade fabril.[6] Em 1940 introduziu vários novos produtos, nomeadamente as Tabletes, Landim, Fim d’Ano, Lembrança de Viana, Leões, Pastas, João Ratão e Comemorativo.[6] A empresa continuou a crescer, tendo em 1946 inaugurado depósitos em Coimbra e no Porto, para facilitar a distribuição dos seus produtos.[6] Em 1954 lançou um novo produto de sucesso, os sorteios de bolinhas coloridas formados por caixas que podiam ser furadas.[6]

Declínio e falência

Em 1961 faleceu António Lima.[6] A empresa entrou em crise no período após a Revolução de 25 de Abril de 1974, levando à produção de chocolates com base em sucedâneos, de pior qualidade.[7]

Nos princípios da década de 2000, já a empresa se encontrava em graves problemas económicos, tendo em 2003 arrancado um processo de recuperação financeira.[8] Porém, em 24 de Setembro de 2004 a Sociedade Lima e Limas, que então administrava a marca, foi declarada como em falência pelo Tribunal Judicial de Viana do Castelo. levando ao seu encerramento, dando então emprego a 48 trabalhadores.[7] Nessa época, a empresa tinha dívidas superiores a dois milhões de Euros, sendo o maior credor o governo português.[9]

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Antigas instalações da Fábrica Avianense, no centro de Viana do Castelo, em 2009.

Recuperação e expansão da marca

A marca, os equipamentos e a frota foram adquiridos pelo empresário Luciano Costa, que em Agosto de 2005 transferiu a produção para uma unidade em Durrães, no concelho de Barcelos, que originalmente funcionava como uma fábrica de confecções.[5] A marca conheceu um grande desenvolvimento sob a nova gestão, tendo atingido em 2010 uma facturação superior a meio milhão de Euros, e uma produção de mais de 100 toneladas de chocolate.[5] Entretanto, em 2008 foi introduzido um novo produto, que consistia em bombons de chocolate negro.[6]

Em 3 de Novembro de 2011, a Rádio Geice noticiou que tinha sido apresentada uma proposta para a recuperação da antiga fábrica da Avianense, que iria abranger tanto uma área comercial, incluindo um hotel temático dedicado ao chocolate, como uma residencial.[3] O então presidente da Câmara Municipal, José Maria Costa, classificou esta intervenção como um «investimento importante», que iria permitir a abertura de uma nova rua, entre a antiga fábrica e a área do antigo Governo Civil.[3] Em 22 de Abril de 2012, o jornal Público referiu que além da unidade hoteleira, o empreendimento iria incluir igualmente um restaurante e um centro interpretativo sobre o chocolate, num investimento de cerca de um milhão de Euros.[9] Este hotel foi inaugurado em Junho de 2014.[4]

Em 2015 foi inaugurado o Museu Avianense, no interior da fábrica, e nesse ano foi igualmente instalada a primeira loja franchisada da marca, em Viana do Castelo.[10] Em 25 de Julho desse ano, o Jornal de Negócios noticiou que a marca esteve presente na Feira Internacional de Luanda, e que Luciano Costa estava em negociações com investidores angolanos, no sentido de instalar uma unidade fabril em Luanda, num investimento superior a cinco milhões de Euros.[11] Em Novembro desse ano inaugurou uma nova fábrica, igualmente situada em Durrães, que empregava quinze funcionários e iria produzir trezentos quilos de chocolate por dia, num investimento de cerca de 1,5 milhões de Euros.[2] Além das instalações industriais em si, o novo edifício albergava igualmente o Museu dos Chocolates Avianense, dedicado à história da empresa, e que contava com um auditório com capacidade para 64 pessoas.[2] No ano seguinte a empresa abriu uma segunda loja, em Barcelos.[10]

Na Páscoa de 2020, a empresa sofreu uma quebra de vendas na ordem dos 50%, devido às medidas restritivas introduzidas para combater a Epidemia de Covid-19, levando ao lay-off dos quinze funcionários da fábrica.[10] Nesse ano fez parte de uma campanha solidária, em conjunto com a Vieira de Castro e outros grandes fabricantes nacionais, na qual parte das receitas das vendas de doces da Páscoa iria ser entregue ao Serviço Nacional de Saúde.[10]

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Referências

  1. «Como a Avianense deu a volta». Marketeer. 22 de Fevereiro de 2017. Consultado em 1 de Maio de 2025
  2. PINTO, Luísa (26 de Novembro de 2015). «Chocolates Avianense inauguram nova fábrica». Público. Consultado em 2 de Maio de 2025
  3. TAVARES, Elisabete; CARDOSO, Margarida (6 de Março de 2017). «Negócios de chocolate». Exame. Consultado em 2 de Maio de 2025
  4. «Fábrica Avianense recupera produção com muita história». Diário de Notícias. www.dn.pt/. 3 de dezembro de 2010. Consultado em 1 de Dezembro de 2011
  5. «História». Avianense. Consultado em 1 de Maio de 2025
  6. LARGUESA, António (30 de Maio de 2013). «"Luciano e a fábrica de chocolate" em exibição na Avianense». Jornal de Negócios. Consultado em 1 de Maio de 2025
  7. FERNANDES, Ana Peixoto (31 de Março de 2006). «O doce regresso do bombom imperador». Público. Consultado em 3 de Maio de 2025
  8. «Chocolate inspira hotel na antiga Avianense». Público. 22 de Abril de 2012. Consultado em 30 de Abril de 2025
  9. SILVA, Pedro Luís (11 de Abril de 2020). «Chocolates registam quebra de vendas e Avianense entra em lay-off». O Minho. Consultado em 1 de Maio de 2025
  10. Agência Lusa (25 de Julho de 2015). «Avianense instala fábrica de chocolates em Angola». Jornal de Negócios. Consultado em 1 de Maio de 2025

Ligações externas

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