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Clóvis (carnaval)

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Clóvis (carnaval)
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Bate-bola, Clóvis, pierrô, clown são nomes de fantasias carnavalescas característica do subúrbio carioca (principalmente as Zonas Norte e Oeste, e Baixada Fluminense) do Rio de Janeiro, no Brasil. A tradição foi trazida pelos colonizadores portugueses, tendo sido também influenciada pela Folia de Reis. Supõe-se que o nome tenha derivado do inglês clown, "palhaço", e que teria sido criado no início do século XX, a partir da interpretação popular do termo pelo qual eruditos teriam denominado os foliões fantasiados[1].

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Crianças de bate bola nas ruas da cidade do Rio de Janeiro

Bate-bolas são uma figura tradicional e frequente do Carnaval de rua do Rio de Janeiro. Devido à sua imagem ameaçadora e ao barulho que as bolas fazem ao bater no chão, eles são um medo de infância comum[2] e muitos os percebem como potencialmente agressivos.[3] Em 2012, os Bate-bolas foram declarados Patrimônio Cultural Carioca.[4]

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Crianças de bate bola em Madureira (1986)
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Origem

Alguns dizem que surgiram no Rio de Janeiro sob a influência da colonização portuguesa e de outras festas como a folia de reis, e de que suas fantasias derivam de fantasias europeias com origem em mitos celtas.[1] Outros contam que escravos libertos, que por vezes eram perseguidos injustamente pela polícia, vestiam as fantasias para poder brincar livremente o Carnaval e, ao mesmo tempo, protestar contra a opressão que sofriam ao bater as bolas no chão.[2] A prática começou a se popularizar nos subúrbios cariocas no início de século XX. Matadouros da região forneciam bexigas de bois e porcos para a confecção de bolas,[1] como o Matadouro de Santa Cruz, no bairro de mesmo nome.[4] Hoje, as bolas costumam ser feitas de borracha ou plástico.

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Bexiga de boi amarrada em um cabo
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Bexiga de plástico em loja
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Bate-bola segurando uma bexiga de plástico
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Turmas e estilos de bate-bola

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Perspectiva

Bate-bolas costumam ser organizados em grupos ou turmas, que se empenham durante o ano inteiro na confecção de fantasias e organização de eventos para o Carnaval, incluindo saídas com queima de fogos, festas e churrascos. Turmas também costumam ter seus próprios hinos, marchinhas ou funks.[2]

Grupos de bate-bolas podem ser classificados em diferentes tipos, que incluem: bola e bandeira, leque-e-sombrinha, bicho e sombrinha, pirulito, de capa, evolution, estilo Realengo, entre outros. Há também diferenças regionais, com grupos da Zona Oeste comumente usando fantasias "bujão", com mais panos do que grupos da Zona Norte.[carece de fontes?]

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Capa de bate-bola

Nomes das turmas

Muitas turmas têm nomes de sentimentos ou atitudes, tais como: Humildade, Emoção, Explosão, Alegria, Bom Gosto, Tirania, Fascinação, etc. Na Zona Oeste, são comuns nomes de personagens fictícios, como: Mario, Urtigão, Kuka, Charada, Pinóquio, Emília, Saci, Eufrazino, Riquinho, Garfield, Fred e Jason, Medéia, Arrepio, Vampirinho, etc.[5] Algumas turmas de bola-e-bandeira têm nomes que remetem ao barulho e à desordem, como: Tropa Embrazada, Zorra Total, Barulho, Agunia, Loucura Total, Bombardeio, Abusados, etc.[carece de fontes?]

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Bate-bola de Realengo (Kuka 2008)
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Bate-bola de Realengo (Pernalonga)
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Bate bola de Realengo (Medéia 1993)
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Turma Agunia do sapê (1989)
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Bate-Bola da Abusados, Cidade de Deus
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Patrimônio Cultural

Em 2012, a Prefeitura do Rio de Janeiro declarou os bate-bolas Patrimônio Cultural Carioca de Natureza Imaterial. O decreto leva em consideração a relevância do Carnaval na cultura brasileira e o papel que os Clóvis desempenham nele, ao refletirem "a forma alegre e irreverente da população suburbana festejar e a sua capacidade de produzir uma manifestação de caráter tradicional e ao mesmo tempo renovador" e serem uma "forma de resistência cultural diante da crescente tendência de massificação da cultura do carnaval carioca".[6]

Na literatura

  • A terceira parte do romance O Grande Dia, do escritor suíço Pierre Cormon, apresenta dois primos que saem com o bate-bola imaginário da Sereia e são levados a roubar para pagar o empréstimo com o qual pagaram por suas fantasias. [7]

Referências

  1. Quem aqui tá de palhaçada? Vice. (18 de fevereiro de 2013).
  2. Bate-bolas: Thunder Messengers The Emergence Network.
  3. Decreto n. 35134 de 16 de fevereiro de 2012 Declara Patrimônio Cultural Carioca os Grupos de Foliões Carnavalescos denominados “Clovis” ou “Bate-bolas”.
  4. Redação Carnavalesco (27 de agosto de 2024). «Escritor suiço dedica romance ao desfile de escola de samba». Carnavalesco. Consultado em 14 de setembro de 2024
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Ligações externas

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