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Cacaso
escritor e poeta brasileiro Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Cacaso, pseudônimo de Antônio Carlos de Brito (Uberaba, 13 de março de 1944 – Rio de Janeiro, 27 de dezembro de 1987),[1] foi um professor universitário, letrista e poeta brasileiro.[2][3]
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Biografia
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Perspectiva
Depois de viver no interior do estado de São Paulo, Cacaso mudou-se aos onze anos para o Rio de Janeiro, onde estudou Filosofia e, nas décadas de 1960 e 1970, lecionou Teoria da Literatura e Literatura Brasileira na PUC-RJ. Foi colaborador regular de revistas e jornais, como Opinião e Movimento, tendo, entre outros assuntos, defendido e teorizado acerca do cenário poético de seus contemporâneos, a geração mimeógrafo, criadores da dita poesia marginal, que ganhou publicidade com a antologia 26 poetas hoje, organizada por Heloísa Buarque de Hollanda, com quem Cacaso, em janeiro de 1974, escreveu o artigo "Nosso verso de pé quebrado", no qual fazem uma síntese das poéticas de então. Seus artigos estão reunidos em Não quero prosa, publicado em 1997.
Com grande talento para o desenho, já aos 12 anos ganhou página inteira de jornal por causa de suas caricaturas de políticos. Antes dos 20 anos veio a poesia, através de letras de sambas que colocava em músicas de amigos como Elton Medeiros e Maurício Tapajós.
Como poeta estreou em 1967, com o livro A palavra cerzida, prefaciado por José Guilherme Merquior,[4] por representar junto de Francisco Alvim a primeira geração "pós-vanguarda". Em 1974, lança Grupo Escolar, pela coleção Frenesi, composta também dos livros Passatempo, de Chico Alvim, Corações veteranos, de Roberto Schwarz, Em busca do sete-estrelo, de Geraldo Carneiro, e Motor, de João Carlos Pádua. Cacaso une-se então a outros poetas, como Eudoro Augusto, Carlos Saldanha e Chacal (Ricardo de Carvalho Duarte), formando a coleção Vida de Artista, pela qual lançou Segunda classe (em parceria com Luiz Olavo Fontes) e Beijo na boca, ambos em 1975. Depois vieram Na corda bamba (1978), Mar de mineiro (1982) e Beijo na boca e outros poemas (1985), que reunia uma antologia poética da obra do autor. Seus livros não só o revelaram uma das mais combativas e criativas vozes daqueles anos de ditadura e desbunde, como ajudaram a dar visibilidade e respeitabilidade ao fenômeno da poesia marginal, em que militavam, direta ou indiretamente, amigos como Francisco Alvim, Heloísa Buarque de Hollanda, Ana Cristina Cesar, Charles Peixoto, Chacal, Geraldo Carneiro, Zuca Sardan e outros.
No campo da música, os amigos/parceiros se multiplicavam na mesma proporção: Edu Lobo, Djavan, Tom Jobim, Toquinho, Olívia Byington, Sueli Costa, Cláudio Nucci, Novelli, Nelson Angelo, Joyce Moreno, Toninho Horta, Francis Hime, Sivuca, João Donato, Eduardo Gudin e muitos mais.
Faleceu no dia 27 de dezembro de 1987, em consequência de um infarto do miocárdio. Foi sepultado no Cemitério de São João Batista, no Rio de Janeiro.[5]
Em 2002, veio a público Lero-lero, sua obra completa, incluindo, além dos livros citados, letras e poemas inéditos.[6]
O documentário biográfico Cacaso - Na Corda Bamba foi lançado em abril de 2016.[7]
Cacaso era tio do jornalista e apresentador Zeca Camargo.
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Livros publicados
- A palavra cerzida: 1967;
- Grupo escolar: 1974;
- Beijo na boca: 1975;
- Segunda classe: 1975, em parceria com Luis Olavo Fontes;
- Na corda bamba: 1978;
- Mar de mineiro: 1982.
Referências
- «Antônio Carlos de Brito». dicionariompb.com.br. Consultado em 27 de dezembro de 2014.
Antônio Carlos de Brito ou simplesmente Cacaso
- AMARAL, Emília; FERREIRA, Mauro; LEITE, Ricardo; ANTÔNIO, Severino (2005). Novas palavras: língua portuguesa: ensino médio (1ª série). São Paulo: FTD. p. 30. ISBN 85-322-5588-4
- «Para relembrar Cacaso, na celebração dos 70 anos». GGN. 14 de março de 2014
- Cacaso. lero-lero (1967-1985). São Paulo: Cosac & Naify; Rio de Janeiro: 7 letras, 2002. Coleção Ás de Colete
- «Cacaso – Na Corda Bamba – Documentário de José Joaquim Salles e PH Souza». R7. 11 de abril de 2016
Ligações externas
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