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Carmen Dolores

actriz portuguesa (1924-2021) Da Wikipédia, a enciclopédia livre

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 Nota: Se procura a escritora brasileira, veja Emília Bandeira de Melo.

Carmen Dolores Cohen Sarmento Veres[1] GOIHDmSEGOM (Lisboa, 22 de abril de 1924Lisboa, 16 de fevereiro de 2021) foi uma atriz e escritora portuguesa.

Factos rápidos Prémios Sophia, Globos de Ouro ...
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Biografia

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Perspectiva

Nasceu a 22 de abril de 1924, em Lisboa.[2][3]

Filha de José de Matos Sarmento de Beja (Coimbra, São Bartolomeu, 20 de setembro de 1869 - Lisboa, 9 de novembro de 1939) e de sua mulher (Madrid, 29 de outubro de 1906) María del Pilar Manuela Cohen y Muñoz (Madrid, 31 de dezembro de 1889 - Lisboa, 5 de julho de 1960), de ascendência espanhola e judaica.[4] Foi irmã do já falecido ator António Sarmento.[5]

Frequentou o Liceu D. Filipa de Lencastre e teve como professor e mestre Manuel Lereno.[6] Deu-se a conhecer através da rádio, em teatro radiofónico na RCP[6] onde se iniciou aos 12 anos, ao lado de nomes como Rogério Paulo, Alves da Costa, Isabel Wolmar, Laura Alves, Álvaro Benamor e Josefina e António Silva.[6] Aos 19 anos estreia-se no cinema, como protagonista de Amor de Perdição (1943), adaptação de António Lopes Ribeiro do romance de Camilo Castelo Branco. Seguir-se-á Um Homem às Direitas (1945) de Jorge Brum do Canto, A Vizinha do Lado (1945) de Lopes Ribeiro e Camões (1946) de José Leitão de Barros.

Aparece no teatro em 1945, integrada na Companhia Os Comediantes de Lisboa, sediada no Teatro da Trindade, depois foi somando sucessos.

Casou em Vila Nova de Gaia, Santa Marinha, a 30 de abril de 1947 com Vítor Manuel Carneiro Veres (Lisboa, 13 de junho de 1917 - Lisboa, 18 de abril de 2011), engenheiro, filho de Manuel Henriques Veres e de sua mulher Josefina Aurora Carneiro.[4]

Em 1951 passou para o palco do Teatro Nacional D. Maria II, sob a direção de Amélia Rey Colaço, com diversos sucessos de que se salienta Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett.

Criou, com outros atores, o Teatro Moderno de Lisboa, no palco do Cinema Império, tendo desenvolvido um projeto que levou à cena novas encenações de peças de autores consagrados como Fiódor Dostoiévski, William Shakespeare, August Strindberg ou José Cardoso Pires.

Viveu sete anos em Paris. Na década de 80 trabalhou no cinema com José Fonseca e Costa, em A Mulher do Próximo (1988) e Balada da Praia dos Cães (1987). Em 1998 foi dirigida por Diogo Infante em Jardim Zoológico de Cristal de Tennessee Williams, no Teatro Nacional.

Apareceu esporadicamente em televisão, nas telenovelas Passerelle, A Banqueira do Povo e A Lenda da Garça.

Abandonou os palcos em 2005 com a peça Copenhaga, de Michael Frayn, encenada por João Lourenço.[7]

Em julho de 2018, foi condecorada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, com as insígnias de Grande-Oficial da Ordem do Mérito, no âmbito de uma homenagem no Teatro da Trindade à atriz, que incluiu a estreia da peça Carmen inspirada nas suas memórias, e o batismo da sala principal com o seu nome.

Carmen Dolores foi ainda distinguida com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, atribuído pelo Presidente da República Jorge Sampaio, com a Medalha de Ouro da Câmara Municipal de Lisboa, o prémio Sophia de Carreira, da Academia Portuguesa de Cinema, e o Prémio António Quadros de Teatro, entre outros galardões.

Faleceu a 16 de fevereiro de 2021, aos 96 anos de idade, em Lisboa.[8] O funeral realizou-se a 19 de fevereiro, seguindo da Igreja de Nossa Senhora de Fátima para o Cemitério do Lumiar, em Lisboa, onde foi sepultada.[9]

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Obras

  • Retrato inacabado (1984, O Jornal, Lisboa )[10]
  • No palco da memória (2013, Porto Editora, Porto)[11]
  • Vozes Dentro de Mim (2017)[12]

Televisão

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Cinema

Teatro

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Prémios e distinções

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Condecorações

Ordens honoríficas

Medalhas

Referências

  1. Audiogest (25 de julho de 2007). «Lista de associados da Audiogest» (PDF). Associação para a Gestão e Distribuição de Direitos. p. 5. Consultado em 30 de Dezembro de 2013. Arquivado do original (PDF) em 22 de outubro de 2008
  2. Anon (Junho de 2006). «Diogo Infante e Carmen Dolores: afinidades em cena». Revista Centro Colombo, ano 3, nº 10. p. 32-39 (4). Consultado em 17 de setembro de 2017[ligação inativa]
  3. «Carmen Dolores» (em inglês). Rate Your Music. Consultado em 19 de Janeiro de 2015
  4. Jorge Manuel de Albuquerque de Oliveira da Quinta; Lourenço de Figueiredo Perestrelo Correia de Matos (2009). Sarmentos e Bejas. [S.l.]: Jorge Manuel de Albuquerque de Oliveira da Quinta. p. 147, 150, 152, 153 e 154
  5. DIAS, Patrícia Costa (2011). A Vida com um Sorriso - Histórias, experiências, gargalhadas, reflexões de Isabel Wolmar. Lisboa: Ésquilo. p. 39-46. ISBN 978-989-8092-97-7. OCLC 758100535
  6. Jornal de Letras n.º 1199 (14 a 27 de setembro de 2016), pág. 14.
  7. «Morreu a atriz Carmen Dolores». www.jn.pt. Consultado em 16 de fevereiro de 2021
  8. Lusa, Agência. «Óbito de Carmen Dolores. Funeral da atriz realiza-se na sexta-feira em Lisboa». Observador. Consultado em 19 de fevereiro de 2021
  9. OCLC 612491213. Consultado em 17 de setembro de 2017
  10. OCLC 864425960. Consultado em 17 de setembro de 2017
  11. Agência Lusa (20 de julho de 2017). «Fotógrafo Pedro Letria distinguido com o Prémio António Quadros 2017». Diário de Notícias. Consultado em 17 de setembro de 2017
  12. Moura, Nuno Costa (2007). «Apêndice 7 : Prémios Artísticos (entre 1959 e 1973)». "Indispensável dirigismo equilibrado" : O Fundo de Teatro entre 1950 e 1974 : (Volume II) (PDF) (Tese de Mestrado). Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. p. 48, 52. Consultado em 18 de maio de 2016
  13. «Ficha de Pessoa : "Carmen Dolores"». Centro de Estudos de Teatro & Tiago Certal. 12 de Maio de 2014. Consultado em 17 de setembro de 2017
  14. «Entidades Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Carmen Dolores". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 27 de setembro de 2018
  15. Melhor intérprete feminino de teatro declamado.
  16. «Medalhas de Mérito Cultural» (PDF). Ministério da Cultura. Outubro de 2008. Consultado em 6 de julho de 2010. Arquivado do original (PDF) em 3 de agosto de 2010
  17. «RTP leva a melhor». Correio da Manhã. 26 de maio de 2004. Consultado em 17 de setembro de 2017
  18. «Carmen Dolores recebeu Medalha Municipal de Mérito, Grau Ouro». Câmara Municipal de Lisboa. 23 de maio de 2014. Consultado em 17 de setembro de 2017. Arquivado do original em 20 de junho de 2016
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Ligações externas

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