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Catarina Furtado

apresentadora de TV portuguesa Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Catarina Furtado
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Catarina Furtado ComM; Embaixador(a) da boa vontade da UNFPA (Catarina Cardoso Garcia da Fonseca Furtado, Lisboa, 25 de agosto de 1972) é apresentadora de televisão e atriz portuguesa. Há três décadas que é um dos rostos mais destacados do entretenimento televisivo português, nomeadamente em horário nobre.

Factos rápidos Nome completo, Nascimento ...

Como apresentadora, trabalhou nos canais SIC e RTP1. É neste último que está desde 2002, sendo desde há vários anos um dos rostos mais bem pagos da estação pública.[2][3][4]

Ao longo da sua carreira tem também abraçado diversos projetos como atriz. Foi também autora de contos infantis e letras de canções. Desde 2000 exerce a função de Embaixadora de Boa Vontade do UNFPA. É fundadora e presidente da associação Corações com Coroa.

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Biografia

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Perspectiva

Crescimento e formação

A presença forte dos avós, as fugidas de bicicleta, as mãos macias da minha professora da escola primária, as corridas de caricas nos passeios do Bairro Alto, a descoberta dos caminhos de Portugal com os meus pais numa 4L, a entrada tímida nos corredores da Escola de Dança do Conservatório Nacional, as coleções de tudo e mais alguma coisa (borrachas, autocolantes, sabonetes...), as noitadas em que os meus pais ficavam a falar de política e eu e os meus amigos Pedro e João Gomes (filhos do Adelino Gomes) explorávamos o mundo da ficção, a responsabilidade boa que eu sentia ter na educação da minha irmã Marta que mais depressa me obedecia a mim do que à minha mãe.[5]

Furtado nasceu em Lisboa, no dia 25 de agosto de 1972. Filha de Joaquim Furtado, jornalista, e de Helena Furtado, professora. Passou a infância no bairro de Campo de Ourique e no Bairro Alto. Aos nove anos era uma criança tímida para quem era difícil falar com pessoas estranhas. Os pais procuraram no ensino artístico a solução para o problema - "Eu não queria, mas ela" - a mãe - "fez um acordo comigo: se fizesse uma audição para piano e dança e ficasse uma semana, podia desistir se não gostasse. Foi um truque, porque passado uma semana não conseguia sair."[6] Entre a música e a dança a Catarina escolheu o balé e entrou para a Escola de Dança do Conservatório Nacional de Lisboa ao mesmo tempo que frequentava o ensino regular no Liceu Passos Manuel, a escola no Bairro Alto onde o pai também havia estudado - "Eu e um grupo de colegas trazíamos a dança para as arcadas do Passos Manuel."[7]

A minha maior formação foi o Conservatório. Foi o que determinou a minha personalidade.[8]

Em 1987 participa, ainda adolescente, no teledisco dos Xutos & Pontapés "Sai P'rá Rua", do álbum Circo de Feras.

Em 1990 teve uma curta aparição no filme ‘Non’, ou A Vã Glória de Mandar de Manoel de Oliveira. Nesse ano completou os oito anos de formação no Conservatório e ganhou uma bolsa de estudo de dança do Centro Nacional de Cultura. Durante o ensaio geral para um espetáculo, em que era coreografa e bailarina, cai sobre uma das traves do cenário e sofre um traumatismo lombar que a obriga a parar por alguns meses. Recusando a inatividade, vê no prazer e na dedicação do seu pai ao jornalismo uma possibilidade para si. Por sugestão de Adelino Gomes, amigo chegado da família, decide inscrever-se no CENJOR, escola recém-criada de jornalismo. O pai só soube quando a filha concluiu os testes de admissão ao curso - "Mas apesar desta minha forma de lidar com o facto de ser filha do Joaquim Furtado, ele influenciou-me pela paixão com que sempre vivera o jornalismo, pela biblioteca enorme que ele tem, pela pesquisa, pela escrita, pelas viagens ao estrangeiro e voltar cheio de histórias para contar… era contagiante."[9] - Durante o curso conhece o Nuno Markl, humorista, que a acompanha no estágio profissional no Correio da Manhã Rádio onde ambos trabalham sob a direção do editor de informação João Adelino Faria.

Do início da carreira profissional - presente

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Furtado em 2013

Ali ficou durante um ano, até ser selecionada numa audição para o programa Top+ da RTP. Ainda tentou desistir do projeto mas foi demovida dessa intenção. Ficou no canal estatal durante um ano. A convite de Maria Elisa, mudou-se para a SIC, em 1992, para apresentar um programa associado à MTV. Em 1993 foi convidada para apresentar “Chuva de Estrelas”, programa que se tornou um fenómeno de popularidade, tornando a SIC em líder de audiências pela primeira vez. Passou a ser um dos rostos mais populares da televisão portuguesa e ganhou o epíteto de “namoradinha de Portugal”. Após duas temporadas de “Chuva de Estrelas” procurou diversificar o seu trabalho com os programas “Caça ao Tesouro” e “Uma Noite de Sonho”.

Entretanto em 1994 participou no curta metragem “O Assassino da Voz Meiga”, juntamente com Vítor Norte e Sofia Leite. E em 1995, entrou em “Amor & Alquimia”, um curta metragem de Fernando Fragata, na qual representou ao lado de Rui Poças e Diogo Infante. Ambicionando fazer uma carreira no mundo da representação muda-se para Londres, onde esteve dois anos, para estudar na London International School of Acting e no Actor’s Studio. Entretanto fez pontualmente reportagens para a SIC e regressou a Portugal sempre que necessário, para apresentar algumas das galas daquela estação, como os “Globos de Ouro“.

Em 1997, entrou nas curtas “Drinking & Bleeding” de Leonard Whybrow e “Killing Time” de Alexander Finbow. No mesmo ano, entrou ainda na produção televisiva “Fatima”, juntamente como Joaquim de Almeida e Diogo Infante. No ano seguinte, participou em “Siamese Cop”, “Longe da Vista” e “Sweet Nightmare”.

Voltou à apresentação, em 1999, com “Pequenos e Terríveis”. Nesse ano entrou na série “O Anjo da Guarda”. No ano seguinte participou em dois telefilmes da SIC: “O Lampião da Estrela” e “A Noiva”.

Foi nomeada embaixadora de Boa Vontade, do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA). Estreou-se nas telenovelas em 2001, onde desempenhou o papel de protagonista em “Ganância”. Participou também no telefilme “Teorema de Pitágoras” (2001).

Em 2002 conduz o programa “Catarina.com”, que foi o último para a SIC. Volta à RTP, em 2003, para apresentar o programa Operação Triunfo.

Em 2004 participa no filme “Maria E as Outras” e na série A Ferreirinha. Em 2005 apresenta o programa Música no Ar. Participa depois no telefilme Love Online (realizado por Mário Barroso) e em Animal de Rose Bosch.

Em 2006 inicia a primeira série do programa Príncipes do Nada. Assume também a condução do programa “Dança Comigo” o qual teve que abandonar precocemente, devido à gravidez do primeiro filho. Apresente depois programas como “Dá-me Música” (2009/2010), “Quem tramou Peter Pan?” (2011) e “A Voz de Portugal” (2011). Como actriz participe nas séries e “Cidade Despida” (2010) e “Liberdade 21″ (2011).

Em 2013 apresenta os programas "Feitos Ao Bife" e "Chef's Academy". Em 2014 é a apresentadora do programa "The Voice Portugal". Em 2015 apresenta o programa "Cook-Off: Duelo de Sabores". Lança nesse ano o livro "O que vejo e não esqueço". Em 2015 e 2016 apresenta, com Vasco Palmeirim, novas edições de "The Voice Portugal".

Em 2018 apresenta o Festival Eurovisão da Canção 2018 juntamente com Daniela Ruah, Filomena Cautela e Sílvia Alberto.

Vida pessoal

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Furtado em 2015

Catarina Furtado foi casada com o também ator João Reis de 2005 a 2023, com quem tem dois filhos: Maria Beatriz, nascida a 25 de maio de 2006 (19 anos) e João Maria, nascido a 27 de outubro de 2007 (17 anos).[10]

Embaixadora de Boa Vontade do UNFPA

Embaixadora de Boa Vontade do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA) desde 2000, Furtado realiza um trabalho de proximidade em diferentes países, nas áreas da Saúde, incluindo a sexual e reprodutiva, Igualdade de Género, Violência sobre as Mulheres, Discriminação, Envolvimento Masculino, Mutilação Genital Feminina, Maternidade Segura, Maternidade/Paternidade Adolescente, Planeamento Familiar, entre outras.

Em 2001 desloca-se a Nova Iorque para participar numa reunião de todos os Embaixadores de Boa Vontade e Mensageiros da Paz das Nações Unidas, onde o Secretário Geral, Kofi Annan, confirma-lhe formalmente por carta o convite, endereçado no ano anterior pelo UNFPA, para exercer as funções de Embaixadora. Um cargo que será vitalício e não remunerado.

O FNUAP (ou na sigla inglesa UNFPA) é um fundo da ONU dedicado ao acompanhamento da evolução da população mundial e à melhoria da condição da mulher. Mas uma frase não é suficiente para definir o âmbito de aplicação do fundo que ficará melhor explicado com uma visita ao site do UNFPA.

Tem sido convidada a participar em iniciativas de Educação para o Desenvolvimento, Educação para a Cidadania e "Advocacy" no Parlamento e em Escolas, Universidades, "ONG", Associações de Empresas e tem ainda feito muitas visitas de trabalho a países em desenvolvimento e participações em reuniões internacionais.[11]

É co-autora da série documental Príncipes do Nada da RTP sobre as temáticas dos Direitos Humanos. Trabalhou também em Dar Vida sem Morrer, quatro documentários realizados na Guiné Bissau que teve o apoio da Cooperação Portuguesa e que visou a recolha de apoio financeiro para programas de redução da mortalidade materna e neonatal em três localidades daquele país.

Em 2010 é convidada pelo Secretário Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon para participar como Oradora na Cimeira do Milénio em Nova Iorque enquanto “Campeã dos ODM” e na Abertura Oficial do Ano Internacional da Juventude. Desde essa altura tem sido Oradora convidada na Apresentação Pública do Relatório sobre o Estado da População Mundial, na Assembleia da República e Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Em 2012 sente necessidade da fundar a Corações com Coroa, uma associação sem fins lucrativos que pretende promover uma cultura de solidariedade e inclusão junto de pessoas em situações de vulnerabilidade, risco e pobreza e assim contribuir para que em Portugal se promova e vivencie uma cultura de Direitos Humanos assente na "Não discriminação" e "Não violência".

Letrista de canções

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Furtado em 2019

Do namoro com o músico e compositor João Gil nasceram algumas letras de canções. Essa colaboração ficou registada em vários álbuns e projectos do músico, como a Ala dos Namorados e a Filarmónica Gil.

Solta-se o Beijo começa por ser um poema num postal que o João Gil transformou numa canção para a Ala dos Namorados. Por sugestão da Catarina,[12] a Sara Tavares juntou-se ao vocalista do grupo, Nuno Guerreiro, para interpretarem ao vivo a canção que foi um grande sucesso.

Em 2000, a série de ficção da TVI Crianças SOS teve na sua banda sonora 3 músicas compostas pela dupla João e Catarina: Avô Amigo interpretada pelo Carlos do Carmo; Carta de Amor Ridículo interpretada pela Lúcia Moniz; Lutador, interpretada por Tim, foi a música que acompanhou o genérico da série e que tem perdurado na memória das pessoas. Foi editada no álbum Perdidamente - As Melhores do João Gil.

Também em 2000, a Catarina protagoniza o tele-filme da SIC A Noiva. Interpreta a personagem que dá nome à canção Laura que sonoriza a cena final do filme. O poema, escrito por ela, acompanha a música do João Gil, transcreve as mensagens perdidas entre Laura e Jorge, o noivo desaparecido na Guerra Colonial, e Eduardo, o amor condescendido por Laura. Jorge Palma, Lena d'Água e Diogo Infante dão voz ao triângulo amoroso retratado no filme.

Em 2002, aceita o desafio para escrever uma letra para o Avô Cantigas ( Carlos Alberto Vidal ). A canção Chichi Cama, com música do João Gil. É da Catarina a voz da mãe que na canção diz : “São horas meu filho. Lavar os dentes!”.[13]

O álbum Aether da Anabela, lançado em 2005, inclui a canção Ela é Dança com música de Pancho Alvarez. A letra da canção, escrita pela Catarina, pode ser um retrato dela em criança, bailarina do Bairro Alto.

No início de 2011, uma música não lhe saía da cabeça. A música da Lúcia Moniz que irá acompanhar o poema Príncipe do Nada escrito pela Catarina. Em 7 de Março desse ano, a canção é interpretada ao vivo no especial Príncipes do Nada – Um por Todos, suportada por um coro assume as dimensões dum hino que reflecte a vivência dela enquanto Embaixadora de Boa Vontade do UNFPA e autora do programa de televisão. A canção pertence ao álbum Fio de Luz da Lúcia Moniz. Ambas abdicaram dos royalties devidos pela autoria da composição em favor de causas que apoiam.[14]

Ricardo Reis Pinto é o autor de muitas das canções que ensinava aos seus alunos tal como aconteceu com os filhos da Catarina: a Beatriz e o João. Ricardo foi uma presença semanal no programa de televisão Quem Tramou Peter Pan?, em 2011, onde cantou algumas canções. Em 2012 foi lançado o livro/Cd Vem Daí com todas as composições da autoria de Ricardo excepto João e Beatriz com letra de Catarina.

Em maio de 2012 refere ter escrito uma letra para o Rui Drumond que não foi editada.[15]

São da autoria de Furtado as letras das canções aqui referenciadas:

  • Solta-se o Beijo (1998) - Álbum: Solta-se o Beijo; Música: João Gil; Interpretação: Ala dos Namorados;
  • História de Pedra (2000) - Álbum: Cristal; Interpretação: Ala dos Namorados;
  • Laura (2000) - Banda sonora do tele-filme A Noiva- Álbum: Perdidamente - As Melhores do João Gil; Música: João Gil; Interpretação: Jorge Palma / Lena d'Agua / Diogo Infante;
  • Lutador (2000) - Banda sonora da série Crianças SOS- Álbum: Perdidamente - As Melhores do João Gil; Música: João Gil; Interpretação: Tim;
  • Carta de Amor Ridículo (2000) - Banda sonora da série Crianças SOS- Música: João Gil; Interpretação: Lúcia Moniz;
  • Avô Amigo (200) - Banda sonora da série Crianças SOS; Música: João Gil; Interpretação: Carlos do Carmo;
  • Chichi Cama (2002) - Álbum: É Bom Ser Assim; Música: João Gil; Interpretação: Avô Cantigas e Catarina Furtado;
  • No Concerto do Palma (2004) - Álbum: Ao Vivo no S.Luiz; Interpretação: Ala dos Namorados;
  • Se Eu Soubesse (o Que Sei Hoje) (2005) - Álbum: Filarmónica Gil; Interpretação: 'Filarmónica Gil'/'Sara Tavares/';
  • Ela é Dança (2005) - Álbum: Aether; Música: Pancho Alvarez; Interpretação: Anabela;
  • Dia do Livro - Banda sonora de documentário da SIC sobre Moçambique.
  • Príncipe do Nada (2011) - Álbum: Fio de Luz; Música e Interpretação: Lúcia Moniz;
  • João e Beatriz (2012) - Álbum: Vem Daí; Música e Interpretação: Ricardo Reis Pinto;
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Distinção

A 9 de junho de 2005, foi agraciada com o grau de Comendador da Ordem do Mérito[16] pelo Presidente da República Jorge Sampaio.

Em 2021 recebeu o Prémio Consagração de Carreira Dona Antónia Adelaide Ferreira.[17]

Filmografia

Televisão

Atriz

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Apresentadora

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Narradora

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Dobradora

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Cinema

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Teatro

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Livros

  • Os meus olhos de Afonso, com ilustrações de Teresa Conceição (2005);
  • O que vejo e não esqueço (2015).

Referências

  1. «João Reis já fala em novo amor após divórcio de Catarina Furtado». www.flash.pt. Consultado em 18 de fevereiro de 2024
  2. 13-6-2012, 9-2-2023 (13 de junho de 2012). «Catarina Furtado aceita redução para 24 mil euros mês». Diário de Notícias. Consultado em 9 de fevereiro de 2023
  3. «Quem ganha mais? Conheça os ordenados chorudos dos rostos da televisão portuguesa». Executive Digest. 10 de março de 2020. Consultado em 9 de fevereiro de 2023
  4. "Mulheres de 40 Anos ao Poder!", entrevista dada à Nova Gente em 2012.
  5. "Há um fascínio idiota pela TV. É doentio", entrevista dada ao Jornal I em 2010.
  6. Liceu Passos Manuel faz 100 anos, notícia do Correio da Manhã de 2011
  7. "Catarina Furtado - porque cada pessoa conta", biografia do canal Bio transmitida em 2009.
  8. Arte e Boa Vontade, entrevista da Forum Estudante em 2011
  9. «Catarina Furtado e João Reis anunciam divórcio». Inevitável. 27 de julho de 2023. Consultado em 27 de julho de 2023
  10. Canções da Nossa Vida, RTP, 1998.
  11. Avô Cantigas - 30 Anos "É Bom Sonhar", RTP, 2012.
  12. 5 Para a Meia-noite, RTP, 6/11/2012.
  13. 5 Para a Meia-noite, RTP, 4/5/2012.
  14. «Entidades Nacionais Agraciadas com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Catarina Cardoso Garcia da Fonseca Furtado". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 31 de agosto de 2020
  15. «Dona Antónia :: Prémio Dona Antónia». www.premiodonaantonia.pt (em inglês). Consultado em 2 de novembro de 2023
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Ligações externas

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