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Chico Science
cantor e compositor brasileiro (1966−1997) Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Francisco de Assis França Caldas Brandão (Olinda, 13 de março de 1966 – Recife, 2 de fevereiro de 1997),[17] mais conhecido pela alcunha de Chico Science, foi um cantor e compositor brasileiro, um dos principais colaboradores do movimento manguebeat[18] em meados da década de 1990.[19] Líder da banda Chico Science & Nação Zumbi, deixou dois discos gravados: Da Lama ao Caos e Afrociberdelia. Sua carreira foi encerrada precocemente por um acidente de carro numa das vias que ligam Olinda ao Recife. Seu trabalho foi muito aclamado. Gilberto Gil considerava Science e o grupo baiano Olodum como "o que surgiu de mais importante na música brasileira nos últimos vinte anos".[20] Seus dois álbuns foram incluídos na lista dos 100 melhores discos da música brasileira da revista Rolling Stone, elaborada a partir de uma votação com 60 jornalistas, produtores e estudiosos de música brasileira, com Da Lama ao Caos na 13ª posição e Afrociberdelia na 18ª.[21][22] A revista também incluiu Chico Science na lista dos Cem Maiores Artistas da Música Brasileira, ocupando o 16ª lugar.[23][24][25]
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Carreira
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Perspectiva
Início da década de 1980: Início da carreira

Chico Science participava de grupos de dança e hip hop em Pernambuco no início dos anos 1980.[26] No final da década, integrou algumas bandas de música, como Orla Orbe e Loustal, inspiradas em soul, ska, funk e hip hop. Suas principais influências musicais eram James Brown, Bob Marley, Grandmaster Flash e Kurtis Blow entre outros artistas de destaque da soul music norte-americana.[27]
1991–1997: Lamento Negro e Nação Zumbi
A fusão com os ritmos nordestinos, principalmente o maracatu, veio em 1991, quando Science entrou em contato com o bloco afro Lamento Negro, de Peixinhos, subúrbio de Olinda. Misturou o ritmo da percussão com o som de sua antiga banda e formou o Nação Zumbi. A partir daí o grupo começou a se apresentar no Recife e em Olinda e iniciou o "movimento" mangue beat, com direito a manifesto ("Caranguejos com Cérebro", de Fred 04, do Mundo Livre S/A).
Em 1993, uma rápida turnê por São Paulo e Belo Horizonte chamou a atenção da mídia.[28] O primeiro disco, Da Lama ao Caos, teve boa receptividade da crítica e projetou a banda nacionalmente. O segundo, Afrociberdelia, mais pop e eletrônico, confirmou a tendência inovadora de Chico Science e Nação Zumbi, que excursionaram pela Europa, onde encontraram Os Paralamas do Sucesso, e pelos Estados Unidos, onde fizeram sucesso de público e crítica e tocaram juntamente com Gilberto Gil.[20]
1998 e 2013: Lançamentos póstumos
A Nação Zumbi lançou um CD duplo em 1998, depois da morte do líder Chico Science, com músicas novas e versões ao vivo remixadas por DJs.
A sua versão da canção "Maracatu Atômico" foi o clipe que encerrou as atividades da MTV Brasil, do grupo Abril, em 30 de setembro de 2013. A ex-VJ Cuca Lazzarotto, que assim como no primeiro clipe da emissora em 1990, foi quem apresentou o videoclipe.[29]
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Influências
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Perspectiva

Podem ser citadas como bandas relacionadas a Chico Science as conterrâneas Mundo Livre S/A, Bonsucesso Samba Clube, as mais recentes Cordel do Fogo Encantado, Mombojó e Otto (o qual é ex-integrante do Mundo Livre S/A). Artistas influenciados por Chico incluem Max Cavalera, que se inspirou na Nação Zumbi gravando o disco do Sepultura Roots, e ao formar o Soulfly trouxe Lúcio Maia, Jorge Du Peixe e Gilmar para seu disco de estreia, também gravando em seu terceiro álbum uma versão de "Sangue de Bairro";[30] Cássia Eller, que gravou versões de "Corpo de Lama" e "Quando a Maré Encher"; Fernanda Abreu, que regravou sua canção "Rio 40 Graus" em uma nova versão com Science no álbum Raio X; Arnaldo Antunes, que colaborou com Science em "Inclassificáveis", de seu álbum O Silêncio; e Chorão do Charlie Brown Jr., que junto de Marcelo D2 gravou "Samba Makossa" no álbum Acústico MTV.[31][32][33]
A banda filipina de nu metal Chicosci, originalmente chamada Chico Science, inspirada pelo artista brasileiro.[34] O músico de drum and bass inglês Goldie, conhecido nos anos 90 como "o rei do jungle", compôs uma música em homenagem ao cantor brasileiro chamada "Chico - Death of a rockstar".[35]
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Morte

Chico Science morreu no final da tarde de um domingo do dia 2 de fevereiro de 1997,[37] em um acidente de automóvel quando dirigia o carro de sua irmã de Recife a Olinda. Às 18h30, ele estava sozinho ao volante na estrada quando seu Fiat Uno se chocou com um poste depois que um outro veículo teria fechado a sua passagem.[38]
Science ainda foi socorrido por um policial que estava passando num ônibus e o levou ao Hospital da Restauração, mas não resistiu e chegou ao hospital morto com múltiplas lesões. O enterro aconteceu na segunda-feira do dia 3 de fevereiro de 1997, no Cemitério de Santo Amaro, localizado no Recife. A família de Chico Science recebeu indenização de cerca de 10 milhões de reais da montadora Fiat, responsabilizada pela morte do cantor e compositor no acidente, devido a falhas no cinto de segurança do carro que dirigia e que poderiam ter lhe poupado a vida.[39] Seu túmulo é visitado por fãs e admiradores da sua obra e de seu legado.[40]
Homenagens
A cidade de Recife criou três tributos a Chico Science: um Memorial Chico Science, no bairro São José; uma estátua de caranguejo, símbolo do Mangue Beat, na rua da Aurora, onde o músico morou; e uma estátua de Science sobre um caranguejo na Rua da Moeda.[41]
Em 2016, Chico Science foi o homenageado no bloco carnavalesco Galo da Madrugada pelas ruas do Recife. O mascote da festa desfilou com óculos escuros em homenagem ao cantor.[42]
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Discografia

Com Chico Science & Nação Zumbi
- Da Lama ao Caos (1994) — disco de ouro, mais de 100.000 cópias vendidas.
- Afrociberdelia (1996) — disco de ouro, mais de 100.000 cópias vendidas.
Coletâneas
- Maxximum: Chico Science & Nação Zumbi (2005) — Sony BMG.
- Grandes Sucessos: Chico Science & Nação Zumbi (2001) — Sony Music.
- 21 Grandes Sucessos: Chico Science & Nação Zumbi (2000) — Chaos.
Com outros artistas
- Rei tributo a Roberto Carlos (1994) — participação em "Todos Estão Surdos".
- Arnaldo Antunes: O Silêncio (1996) — participação em "Inclassificáveis"
- Fernanda Abreu: Raio X (1997) — participação em "Rio 40 Graus".
Participações em trilhas sonoras
- Tropicaliente (1994) — "A Praieira"
- Irmãos Coragem (1995) — "A Cidade"
- Baile Perfumado (1997) — "Sangue de Bairro" e "Salustiano Song"
- Caramuru - A Invenção do Brasil (2001) — "Manguetown"
- Viver a Vida (2009) — Science não fez parte da trilha sonora oficial, mas em diversos momentos uma versão instrumental de "Sangue de Bairro" foi executada na trama
- Cordel Encantado (2011) — "Maracatu Atômico"
- O Rebu (2014) — "Banditismo Por Uma Questão de Classe"
- Lado a Lado (2012) — "Inferno"
- Marighella (2019) — "Monólogo ao Pé do Ouvido (Vinheta) / Banditismo Por Uma Questão de Classe"
Videoclipes
- A Cidade
- "Maracatu Atômico"
- "Manguetown"
- "Sangue de Bairro"[nota 1]
Lançamentos póstumos
- CSNZ (1998)
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Notas
- Por volta de 1993 foram feitos dois clipes amadores, "A Cidade" e "Maracatu de Tiro Certeiro", com as versões demo das respectivas canções.
Ligações externas
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