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Coiote
espécie de canino Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Coiote (Canis latrans), às vezes chamado de chacal americano por zoólogos,[1] é um mamífero, membro da família Canidae e do gênero Canis. Possui uma pelagem pardo-amarelada. Os coiotes são encontrados apenas na América do Norte e América Central. Geralmente vivem sós, mas podem se organizar em matilhas ocasionalmente. Vivem em média 6 anos. A palavra coiote é de origem Nahuatl. Mamífero da família dos canídeos, encontrado do Alasca ao Panamá, semelhante ao lobo-cinzento (C. lupus), porém menor e mais esguio, com orelhas proporcionalmente mais compridas. Também, tem semelhanças físicas com o chacal, embora menor e com patas mais curtas.[2][3]
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Na América do Norte, o coiote preenche grande parte do nicho ecológico que os chacais ocupam na Eurásia, embora seja maior e mais predatório.
O termo "coiote" também é usado popularmente para designar guias, geralmente mexicanos, que cobram para conduzir imigrantes ilegalmente aos Estados Unidos, através da fronteira com o México.[4][5][6]
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Taxonomia
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Perspectiva

Os coiotes eram uma espécie endêmica das localidades desérticas e áridas dos Estados Unidos, durante a colonização europeia. Referidos popularmente na época como lobos-da-pradaria, o que também dificultava saber quando escrituras referenciavam o coiote ou o lobo-cinzento. O coiote foi descrito cientificamente pela primeira vez em 1819, pelo naturalista Thomas Say, com seu relato sendo publicado em 1823, Say foi a primeira pessoa a documentar a diferença entre o lobo-da-pradaria (coiote) e o referido por ele como Canis nubilus, sinônimo correspondente ao lobo-das-grandes-planícies.[7][8] Say descreveu o coiote como:
O Canis latrans. Cinereu ou cinza, variado com preto acima, e fulvo opaco, ou canela; cabelo na base plumbeus escuro, no meio de seu comprimento canela opaca, e na ponta cinza ou preto, mais longo na linha vertebral; orelhas eretas, arredondadas nas pontas, canela atrás, cabelos escuros e plumosos na base, forrados internamente por cabelos grisalhos; pálpebras com bordas pretas, cílios superiores pretos abaixo e na ponta acima; tampa suplementar com margens pretas-marrons na frente e bordas pretas-marrons atrás; íris amarelo; pupila preto-azul; mancha no saco lacrimal preto-marrom; rostrum canela, tingida de acinzentado no nariz; lábios brancos, com bordas pretas, três séries de cerdas pretas; cabeça entre as orelhas misturada com cinza e canela opaca, cabelos escuros e plumosos na base; lados mais claros que o dorso, obsoletamente fasciados com preto acima das pernas; pernas canela na face externa, mais distinta nos pelos posteriores: linha preta dilatada e abreviada nas anteriores próximas ao pulso; cauda espessa, fusiforme, reta, variada em cinza e canela, uma mancha próxima à base acima e ponta preta; a ponta do tronco da cauda, atinge a ponta do calcâneo, quando a perna está estendida; abaixo branco, imaculado, cauda canela na ponta, ponta preta; pés posteriores com quatro dedos, anteriores com cinco dedos.[7]
Evolução
{Cladogram|align=right|title=Árvore filogenética da tribo Canina com tempo de milhões de anos [a] |cladogram=
Caninae 3.5 Ma |
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O ancestral mais provável do coiote é o referido Canis lephopagus, uma vez que o suposto anteriormente Canis Edwardii era contemporâneo a populações antigas de coiotes[9]. O coiote contemporâneo surgiu há cerca de 1000 anos, após a extinção da megafauna, em contraste ao coiote atual, o coiote-do-pleistoceno (canis l. orcutti) era maior e mais robusto, sendo de peso maior (18 a 21 kg),[10] o coiote-pleistocênico era um predador mais especializado quando comparado ao coiote moderno e isso se decorre a evidências de maior capacidade de trituração de carne, e claro, eram potencialmente mais sociais.[11]
Subespécies
Sendo uma espécie de ampla distribuição na América do Norte/Central, o coiote possui variações geográficas. A partir de 2005, foram reconhecidas totalmente cerca de 19 subespécies, os coiotes geralmente não variam morfologicamente enormemente, mas as subespécies do Norte são maiores e de cor mais escura que os coiotes do Sul, menores e mais claras. Na América Central e no México, as subespécies de coiote tem a tendência de uma cor avermelhada.[12]
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Características
Os coiotes machos pesam em média de 8 a 21 kg, as fêmeas ficam um pouco atrás pesando de 6 a 18 kg. De entre as suas 19 subespécies, nota-se que as subespécies do norte crescem em média 18 quilogramas, em contraponto, as subespécies ao sul pesam em média 11,5 kg. O comprimento total varia de 1,0 a 1,35 m, com o adicional de 40 cm de cauda. Com as fêmeas sendo menores na medida de comprimento de corpo e altura.[24] O maior coiote já registrado, foi um espécime macho morto no estado americano de Wyoming, em 19 de novembro de 1937, que media 1,5 metros de comprimento do nariz a ponta da cauda e um peso corporal de 34 quilogramas.[25]
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Relacionamento com humanos
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Perspectiva
Mitologia e Cultura

Similar à raposa-vermelha na Europa, o coiote é visto como uma figura mentirosa e trapaceira. Assim como em diversos contos populares de nativos norte-americanos em especial as localizadas nas grandes planícies o coiote é a malandra figura de um herói astuto que se rebela contra as convenções sociais através do humor e do engano.[26] Folclóricos como Harris assumem que a fama de trapaceiro e enganador do coiote advém da adaptabilidade e extrema inteligência dos animais.[27] Após a colonização europeia das Américas, o coiote passou a ser caracterizado como uma figura covarde e indigna de confiança. Em contraponto ao lobo-cinzento, que passou por uma melhora ampla da sua imagem pública, o coiote segue uma criatura vista com olhares hostis e bastante negativos.[28]
Ataques a humanos

Os ataques de coiotes são incomuns e são eventos raros. Apesar de se tornarem mais frequentes os ataques em especial no estado da Califórnia, coisas graves ou fatais são raras, em específico devido ao tamanho relativamente pequeno que os coiotes possuem. Apenas dois ataques fatais são conhecidos: um contra uma criança de três anos chamada Kelly Keen em Glendale, Califórnia.[29] E outro a uma jovem de 19 anos chamada Taylor Mitchell, na Nova Escócia, no Canadá.[30] Na ausência de hostilidade praticado aos coiotes pela população rural, os coiotes urbanos passam não temer os humanos, e isso é ainda piorado pela alimentação intencional ou não aos animais. Nessas situações, alguns coiotes se tornam ousados o bastante para agir agressivamente com humanos, perseguindo ciclistas e maratonistas, atacando pessoas passeando com seus cães e caçando crianças pequenas.[29] Os coiotes nestas áreas geralmente visam crianças com menos de 10 anos de idade, embora alguns adultos às vezes sejam mordidos.[31]
Ataques a animais domésticos

Em 2007, o coiote foi considerado o predador de gado mais abundante do oeste Norte-americano, responsável pela maioria das perdas de bovinos, ovinos e caprinos.[32] Por exemplo, os coiotes foram responsáveis por 60,5% das 224.000 mortes de ovelhas atribuídas a predação em 2004, totalizando aproximadamente 135 520 mortes feitas diretamente pelos coiotes.[33][34]
Devido a população dos coiotes ser geralmente mais distribuída e maior que a dos lobos, eles geralmente causam uma porção bem maior de danos. Um censo em Idaho em 2005 mostrou que coiotes individuais tem 5% maiores chances de atacar o gado do que lobos individuais.[35]
Os coiotes invadem paisagens urbanas em busca de alimento, onde geralmente consomem lixo, comida de cachorro e etc. Análises de fezes coletadas perto de Claremont, Califórnia, revelaram que os coiotes dependiam muito de animais de estimação como fonte de alimento no inverno e na primavera.[29] Em um local no sul da Califórnia, os coiotes começaram a contar com uma colônia de gatos ferais como fonte de alimento. Com o tempo, os coiotes mataram a maioria dos gatos e continuaram a comer a comida de gato colocada diariamente no local da colônia pelas pessoas que mantinham a colônia de gatos.[29]

Os coiotes geralmente atacam cães de tamanho menor que o seu, mas são conhecidos por atacar até mesmo raças grandes e poderosas, como o Rottweiler, em casos excepcionais.[37]
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Galeria





Ver também
- Papa léguas e coiote
- Chacal-dourado (Canis aureus)
- Coiote-oriental (Canis latrans var)
- Coiote-da-planície (Canis latrans latrans)
- Coiote-do-nordeste (Canis latrans thamnos)
- Lobo
Notas
Ligações externas
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