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Conjunto Marumbi

cadeia de montanhas; unidade de conservação da natureza pertencente ao governo do estado do Paraná Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Conjunto Marumbi
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O Conjunto Marumbi ou Serra Marumbi é uma cadeia de montanhas de difícil acesso no estado do Paraná, no Brasil. O nome do seu cume mais alto (Olimpo) recebeu o nome da primeira pessoa conhecida que o atingiu, Joaquim Olimpio Carmeliano de Miranda. É formado pelas montanhas: Olimpo (1 539 metros), Boa Vista (1 491 metros); Gigante (1 487 metros); Ponta do Tigre (1 400 metros); Esfinge (1 378 metros); Torre dos Sinos (1 280 metros); Abrolhos (1 200 metros); Facãozinho (1 100 metros) e pelo Morro Rochedinho (625 metros). A maioria destes picos é separada por diques de diabásio com orientação azimutal. É o caso da separação entre a Torre dos Sinos e o Abrolhos, chamada Desfiladeiro da Catedral, e entre a Ponta do Tigre e a Esfinge, chamada Desfiladeiro das Lágrimas.

Factos rápidos

Com aspectos significativos da floresta Atlântica Brasileira, o Olimpo foi considerado por muito tempo o ponto culminante do estado do Paraná, e conquistado pela primeira vez em 1879 por Joaquim Olímpio de Miranda. A beleza natural do local faz, do Marumbi, um dos principais atrativos turísticos do Paraná, e também estimula a prática de esportes de aventura como o montanhismo técnico e caminhadas.

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Etimologia

O tupinólogo Eduardo Navarro defende duas etimologias possíveis para o topônimo "Marumbi":

  • viria do termo da língua geral maromby, que significa "rio dos peixes grandes" (maromba, "peixe grande" + 'y, "rio");
  • viria do termo da língua portuguesa "marumbi", que significa "lagoa cheia de taboas".[1]

Ascensões

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Vista da curva do Cadeado, quadro de Alfredo Andersen, c. 1920, com o Conjunto Marumbi ao fundo.

Em 21 de agosto de 1879, em plena efervescência da construção da ferrovia, Joaquim Olimpio Carmeliano de Miranda, acompanhado de Bento Manoel de Leão, Antônio Silva e Antônio Messias, atingiu o ponto mais alto do "Marumby", inaugurando, assim, o montanhismo no Brasil. Na segunda ascensão, um ano após, Joaquim retornava ao cume acompanhado por quatorze pessoas. Entre elas, estava Antonio Ribeiro de Macedo, que escreveu minucioso relato sobre o feito e disse que: em honra ao nome de seu primeiro explorador e por analogia ao monte que a mitologia grega dá como morada dos deuses, damos a este morro o nome de Olimpo.

O percurso inicial seguia pelo Vale do rio São João até o Morro Boa Vista e daí para o Olimpo. Com o advento da ferrovia, partiam já do Rochedinho para o Facãozinho, Boa Vista e Olimpo. Somente em 1942 foi aberta a trilha Frontal, utilizada até hoje. Seus realizadores foram Rudolf Stamm, Irineu Pedro Bonatto e Manfredo Kirchner.

As duas principais trilhas, Noroeste e Frontal, foram abertas entre 1938 e 1942; na década de 1940, foram instaladas as correntes, substituídas em 1998/99 por degraus de ferro. O atual código de cores e demarcação de trilhas com fitas coloridas foi utilizado em 1979, tendo sido mantido e melhorado até os dias de hoje.

A data de 21 de agosto, que marca a Conquista do Marumbi, foi escolhida para representar oficialmente o Dia Nacional do Montanhismo. A decisão foi tomada por meio de votação promovida pela Confederação Brasileira de Montanhismo e Escalada (CBME) [2].

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Parque estadual

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Factos rápidos Parque Estadual Pico do Marumbi, Categoria II da IUCN (Parque Nacional) ...

O Parque Estadual Pico do Marumbi é uma unidade de conservação brasileira de proteção integral à natureza localizada nos municípios paranaenses de Morretes, Piraquara e Quatro Barras.[6]

O Parque Estadual Pico do Marumbi foi criado através do decreto estadual n.º 7.300, de 24 de setembro de 1990, com uma área de 2 342,41 hectares.[3][7] O território protegido pelo parque foi ampliado posteriormente em 6 403,0399 hectares, através do decreto estadual n.º 1.531, de 2 de outubro de 2007, fazendo com que o mesmo tenha, atualmente, uma área de 8 745,4547 hectares.[4][6] Sua administração está a cargo do Instituto Ambiental do Paraná (IAP).[5]

O Parque ainda possui um Centro de Visitantes com Museu, Polícia Florestal, acampamento e a sede do COSMO (Corpo de Socorro em Montanha), além do Reservatório do Carvalho, ponto histórico da região.[8] O acesso ao parque é possível somente através da Estrada de Ferro Curitiba-Paranaguá e por trilhas através da serra do mar.

O tombamento da Serra do Mar no estado do Paraná, em 1978, e que culminou com a criação do Parque Estadual Pico do Marumbi, foi baseado em trabalhos do geólogo paranaense João José Bigarella que mostraram que o assoreamento da Baía de Paranaguá e dos canais de navegação do Porto de Paranaguá era consequência do desmatamento da serra.[9]

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Ver também

Galeria de imagens

Referências

  1. NAVARRO, E. A. Dicionário de tupi antigo: a língua indígena clássica do Brasil. São Paulo. Global. 2013. p. 586.
  2. «DECRETO Nº 7300 - 24/09/90». Casa Civil do Governo do Estado do Paraná. 24 de setembro de 1990. Consultado em 30 de janeiro de 2012[ligação inativa]
  3. «DECRETO Nº 1531 - 02/10/2007». Casa Civil do Governo do Estado do Paraná. 2 de outubro de 2007. Consultado em 30 de janeiro de 2012[ligação inativa]
  4. «Parque Estadual Pico do Marumbi». Cadastro Nacional de Unidades de Conservação. 30 de janeiro de 2012. Consultado em 30 de janeiro de 2012
  5. «Lista Geral das Unidades de Conservação Estaduais» (PDF). Departamento de Unidades de Conservação do Instituto Ambiental do Paraná. 14 de janeiro de 2011. Consultado em 30 de janeiro de 2012[ligação inativa]
  6. Struminsky, Edson (2001). Parque estadual Pico do Marumbi. Col: Série Pesquisa / Universidade Federal do Paraná. Curitiba: Ed. da UFPR - Univ. Federal do Paraná
  7. «Fundação João José Bigarella». 2010. Consultado em 4 de novembro de 2010[ligação inativa]
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Bibliografia

Ligações externas

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