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Danos ao patrimônio resultantes dos ataques de 8 de janeiro em Brasília

A invasão na Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro foi um ataque realizado por brasileiros que não apoiavam a posse do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Uma série de espaços importantes dos três prédios invadidos foi extensamente depre Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Danos ao patrimônio resultantes dos ataques de 8 de janeiro em Brasília
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Danos ao patrimônio resultantes das ataques de 8 de janeiro em Brasília foram verificados nas sedes do Supremo Tribunal Federal, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto, e foram generalizados. Uma série de espaços importantes dos três prédios invadidos foi extensamente depredada e saqueada, incluindo o Salão Nobre e o Plenário do STF, os salões Verde, Azul e Negro do Congresso, e o saguão, o Salão Nobre e o gabinete da Primeira Dama no Planalto. Muitas outras áreas, como corredores, salas e gabinetes, também foram vandalizadas, danificando grande quantidade de móveis, equipamentos e objetos diversos. Vários espaços foram completamente destruídos.[1][2][3][4][5] De acordo com um funcionário, os invasores destruíram hidrantes, numa tentativa de impedir o combate aos focos de incêndio que existiam em diversos pontos da invasão.[6]

Vídeo mostrando parte da destruição no Supremo Tribunal Federal

Na invasão, muitas obras de arte e objetos históricos foram danificados ou destruídos, incluindo todo o acervo do Salão Nobre do STF,[7] um vaso da dinastia Shang, datado de cerca de 1500 antes de Cristo, A Bailarina, de Victor Brecheret, um raríssimo relógio feito por Balthazar Martinot no século XVIII,[8] a grande pintura As Mulatas, de Di Cavalcanti, e o vitral Araguaia, de Marianne Peretti no Congresso.[9][10] No Palácio do Planalto, praticamente todas as mais de cem obras de arte do acervo foram danificadas.[5] O curador dos palácios presidenciais, Rogério Carvalho, assinalou que o valor histórico do acervo destruído é incalculável, mas considerou que a maioria das peças poderá ser recuperada.[11]

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Lista parcial de danos

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Retrato de Renan Calheiros, da galeria de retratos oficiais de ex-presidentes do Senado, no Salão Nobre da casa

Dentre as obras e objetos furtados ou danificados, constam:

Acervos e coleções
  • Acervo do Salão Nobre do STF, com muitas peças do século XIX e início do século XX, incluindo mobiliário entalhado e dourado, lustres, espelhos de cristal com moldura de jacarandá entalhada, vasos de porcelana decorada e estatuetas de bronze;[12][7]
  • Coleção artística do Palácio do Planalto.[5]
  • Galeria de fotos dos presidentes da República, no Palácio do Planalto;[13]
  • Cinco pinturas dos ex-presidentes, de Urbano Villela, no Museu do Senado;[14]
  • Presentes de autoridades estrangeiras e celebridades foram saqueados.
Danos estruturais
Mobiliário e tapeçaria
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Funcionário do Serviço de Conservação do Senado mostra a tapeçaria de Burle Marx com deformações, rasgos e manchas de urina
Objetos
Obras de arte individuais
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A Diretora-geral do Senado Federal, Ilana Trombka, se reune com restauradores para avaliar os estragos e planejar as prioridades
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Equipe de técnicos inicia o trabalho de restauro da escultura Anjo de Alfredo Ceschiatti. Ao fundo, o painel Araguaia, de Marianne Peretti, também passa por reparos
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Restauro

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A Bailarina, de Brecheret, volta a ser exposta depois de restaurada

O plano de restauro foi traçado pelo Serviço de Gestão de Acervo Museológico (Segam),[14] com execução, por determinação da Ministra da Cultura Margareth Menezes, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram),[27] e parceria da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco).[28]

No dia 11 de janeiro, a Bailarina, de Victor Brecheret, voltou a ser exibida na Câmara dos Deputados.[29]

Um ano após o início dos trabalhos, os danos custaram R$ 21,1 milhões ao governo. O maior prejuizo foi ao STF, estimado em R$ 12 milhões. Até o dia 6 de janeiro de 2024, 116 itens do STF e 21 obras no Senado e 80% do acervo do Congresso foram restauradas. 53 peças, ou quase um quarto do total, não conseguiram ser reparadas por completo e algumas ainda aguardam o processo para os trabalhos serem iniciado.[30]

Em 6 de novembro de 2024, o Palácio do Planalto concluiu o restauro da galeria de fotografias de ex-presidentes da República e incluiu uma imagem extra da destruição da galeria.[31]

Em 6 de janeiro de 2025, o Palácio do Planalto começou a receber a parte das obras de arte, que eram vandalizadas durante os atos antidemocráticos de 2023 e foram restauradas por profissionais da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). No dia seguinte, o relógio Balthasar Martinot Boulle, destruído pelos invasores, foi levado para o palácio. A peça foi consertada na Suíça após um acordo entre o governo brasileiro e a embaixada do país europeu. No dia 8 do mesmo mês, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) também receberam as novas obras de arte que marcaram a reconstrução da sede da Corte destruída pelos ataques golpistas.[32][33]

Em 8 de janeiro de 2025, todas as 21 obras de arte restauradas foram reintegradas ao acervo da Presidência da República.[34]

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Ver também

Referências

  1. Lago, Rudolfo & Matos, Caio. "Veja as imagens dos palácios de Brasília depredados por golpistas". Congresso em Foco, 08/01/2023
  2. «Invasão aos Três Poderes danifica vitral no Congresso e mural de Di Cavalcanti; veja». Folha de S.Paulo. 8 de janeiro de 2023. Consultado em 9 de janeiro de 2023
  3. Froner, Mariana & Pretto, Nicholas. "A história de obras e objetos depredados nas invasões golpistas". Nexo Jornal, 12/01/2023
  4. «Pintura de Di Cavalcanti e Brasão da República: veja o que foi destruído em invasão no DF». InfoMoney. 8 de janeiro de 2023. Consultado em 8 de janeiro de 2023
  5. «Pintura de Di Cavalcanti e brasão da República: O que foi danificado com o terrorismo em Brasília». Aventuras na História. 8 de janeiro de 2023. Consultado em 8 de janeiro de 2023
  6. Robson Bonin (8 de janeiro de 2023). «Exemplar original da Constituição não foi roubado por golpistas, diz STF | Radar». VEJA. Consultado em 9 de janeiro de 2023
  7. Dhiego (8 de janeiro de 2023). «Pintura de Di Cavalcanti e Brasão da República: veja o que foi destruído em invasão no DF». InfoMoney. Consultado em 9 de janeiro de 2023
  8. Mariana Carneiro (9 de janeiro de 2023). «Escritórios do PT e do PSDB na Câmara ficaram destruídos». Estadão. Consultado em 9 de janeiro de 2023. Cópia arquivada em 11 de janeiro de 2023
  9. «Veja lista de objetos depredados nas três sedes do poder, em Brasília». G1. 8 de janeiro de 2023. Consultado em 9 de janeiro de 2023
  10. «Tapete histórico e busto de Rui Barbosa foram vandalizados no STF». noticias.uol.com.br. Consultado em 10 de janeiro de 2023
  11. «Armas letais e documentos foram roubados do GSI durante ataque em Brasilia». Band. 8 de janeiro de 2023. Consultado em 9 de janeiro de 2023
  12. Guilherme Amado e Natália Portinari (9 de janeiro de 2023). «Bolsonaristas roubaram iPhones, Macbooks, armas e lente de R$ 40 mil». Metrópoles. Consultado em 12 de janeiro de 2023. Cópia arquivada em 12 de janeiro de 2023
  13. «Pérola do Catar e bola autografada por Neymar foram levadas durante invasão da Câmara». Portal da Câmara dos Deputados. Agência Câmara de Notícias. 9 de janeiro de 2023. Consultado em 10 de janeiro de 2023
  14. «Invasão aos Três Poderes danifica vitral no Congresso e mural de Di Cavalcanti; veja». Folha de S.Paulo. 8 de janeiro de 2023. Consultado em 9 de janeiro de 2023
  15. «Iphan e Ibram vão recuperar obras de arte danificadas por terroristas». Folha de Pernambuco. 9 de janeiro de 2023. Consultado em 12 de janeiro de 2023. Cópia arquivada em 12 de janeiro de 2023
  16. Guilherme Mazui e Márcio Falcão (6 de janeiro de 2025). «Planalto começa a receber obras de arte restauradas dois anos após ataques golpistas; veja vídeo». G1. Consultado em 9 de janeiro de 2025
  17. Guilherme Mazui e Kevin Lima (8 de janeiro de 2025). «Dois anos do 8/1: Governo reintegra ao acervo da Presidência obras de arte vandalizadas nos atos golpistas». G1. Consultado em 9 de janeiro de 2025
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