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Eduardo Gageiro
fotógrafo português (1935-2025) Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Eduardo Antunes Gageiro ComIH (Sacavém, 16 de fevereiro de 1935 – Lisboa, 4 de junho de 2025) foi um conceituado fotojornalista português.[1][2]
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Biografia
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Originário de Sacavém, e um de três irmãos, os seus pais eram proprietários de uma modesta casa de pasto, onde também se vendia bacalhau e se aquecia as marmitas dos trabalhadores da Fábrica de Louça de Sacavém, que ficava defronte.[3] Cedo começou a aviar copos de vinho aos trabalhadores da fábrica, onde também ingressou, por volta dos 11 anos, como paquete, por ordem do pai, e depois como empregado de escritório.[3][4]
Com apenas 12 anos tomou de empréstimo uma máquina de plástico do irmão (Kodak Baby) e começou a receber aulas de arte e composição do escultor Armando Mesquita, trabalhador na fábrica de Louça de Sacavém. Fotografava os trabalhadores à saída da fábrica[5] e viu uma fotografia sua publicada na 1.ª página do Diário de Notícias em 1947.[6]

Começou a sua actividade de repórter fotográfico em 1957 no Diário Ilustrado (1956-), e a partir daí dedicou toda a sua vida ao fotojornalismo,[1] colaborando com O Século, o Almanaque, o Match Magazine bem como a Eva, a Associated Press (Portugal) e a Companhia Nacional de Bailado.[3] Foi também editor da revista Sábado até ao seu término em 1993.[8]
Esteve dois meses retido pela PIDE em Caxias, sendo libertado após pressão dos correspondentes da Associated Press junto do Ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Patrício.[9]
Foi colaborador das principais publicações portuguesas e estrangeiras e da Presidência da República.[3] Tem trabalhos reproduzidos um pouco por todo o mundo, com os quais ganhou mais de 300 prémios internacionais.[9]
Foi o único fotógrafo do mundo a fotografar os terroristas que sequestraram os atletas israelitas da aldeia olímpica nos Jogos Olímpicos de Munique, em 1972.[3][10]
Faleceu a 4 de junho de 2025, no Hospital dos Capuchos, em Lisboa.[11]
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Prémios e reconhecimento
Ao longo da sua carreira Eduardo Gageiro foi distinguido com mais de 300 prémios, entre eles:[9]
- 1974 - 2.º prémio do World Press Photo, em 1974, na categoria Portraits, com uma fotografia do General António Spinola.[12]
- 2005 - Em 5 de Novembro, ganhou o Prémio Especial do Júri, a Medalha de Ouro para a melhor fotografia e a Medalha de Ouro para a melhor fotografia a preto e branco, da 11.ª Exposição Internacional de Fotografia Artística da China, o maior concurso de fotografia do mundo, onde participaram mais de 3500 fotógrafos de 68 países e mais de 35 000 fotografias.[6]
Foi também condecorado com:
- Agraciado, em 2004, pelo então Presidente da República Jorge Sampaio, com a Ordem do Infante D. Henrique.[13]
- É Cavaleiro da Ordem de Leopoldo II, da Bélgica.[9]
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Livros
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Entre os seus livros encontram-se:[14]
- Gente (1971), com texto de José Cardoso Pires;
- Mulher (1978), com texto de Maria Velho da Costa
- O Sol, o Muro, o Mar (1984), com texto de Sophia de Mello Breyner Andresen
- China, a Contra-revolução Tranquila (1985), de Cáceres Monteiro
- Mulher (1988), com texto de Maria Judite de Carvalho
- Estas Crianças Aqui (1988), com texto de Maria Rosa Colaço
- Alentejo (1988), com texto de Miguel Torga
- Lisboa Operária (1994), com texto de David Mourão-Ferreira
- Revelações (1996), com textos de Mário Soares e Nuno Brederode Santos
- Évora, Património da Humanidade (1997), com texto de José Saramago
- Fotos de Abril (1999), com textos de 25 escritores
- Olhares (1999), com texto de António Lobo Antunes
- Timor: No Amanhecer da Esperança (2000), com textos de seis autores
- A Fábrica e Sacavém (2003), com textos de Roby Amorim, José Cardoso Pires e Ana Paula Assunção
- Lisboa no Cais da Memória (2003), com textos de Jorge Sampaio e António Valdemar
- Fé - Olhares Sobre o Sagrado (2004), com texto de José Mattoso
- Silêncios (2008), com texto de Lídia Jorge
- Lisboa Amarga e Doce (2012), com textos de António Costa e Baptista-Bastos
- Lisboa, Tejo e Tudo (2012)
- Liberdade (2013)
- Tudo Isto É Fado (2014)
Referências
- «Biografia de Eduardo Gageiro». Infopédia. Consultado em 21 de julho de 2013
- «Pessoas e Lugares: Eduardo Gageiro». Câmara Municipal de Loures. 28 de agosto de 2010. Consultado em 2 de maio de 2025
- Jornal Expresso, suplemento E,22 de Agosto de 2017.
- Portugal, Rádio e Televisão de (5 de novembro de 2005). «Fotógrafo português Eduardo Gageiro vence concurso de fotografia». Fotógrafo português Eduardo Gageiro vence concurso de fotografia. Consultado em 2 de maio de 2025
- «Galerias Municipais de Lisboa | Factum». Galerias Municipais de Lisboa. 9 de janeiro de 2024. Consultado em 2 de maio de 2025
- Folhete da exposição Factumna Cordoaria Nacional em fevereiro de 2024.
- «Biografia de Eduardo Gageiro». arquivomunicipal3.cm-lisboa.pt. Consultado em 2 de maio de 2025
- «Eduardo Gageiro: "Só não vou com a máquina para o caixão». Expresso. 29 de julho de 2017. Consultado em 2 de maio de 2025
- PÚBLICO (4 de junho de 2025). «Morreu Eduardo Gageiro, fotojornalista da realidade do país e do 25 de Abril, aos 90 anos». PÚBLICO. Consultado em 4 de junho de 2025
- «1975 Eduardo Gageiro PO2 | World Press Photo». www.worldpressphoto.org. Consultado em 2 de maio de 2025
- «ENTIDADES NACIONAIS AGRACIADAS COM ORDENS PORTUGUESAS - Página Oficial das Ordens Honoríficas Portuguesas». www.ordens.presidencia.pt. Consultado em 2 de maio de 2025
- «Obras de Eduardo Gageiro presentes no catalogo da Biblioteca Nacional de Portugal». catalogo.bnportugal.gov.pt. Consultado em 2 de maio de 2025
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Ligações externas
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