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Eleições estaduais em São Paulo em 2002
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As eleições estaduais em São Paulo em 2002 ocorreram em 6 de outubro como parte das eleições gerais no Distrito Federal e em 26 estados.[1] Foram eleitos o governador, o vice-governador, dois senadores, setenta deputados federais e 94 estaduais. Como nenhum candidato a governador obteve metade mais um dos votos válidos, houve um segundo turno em 27 de outubro e, conforme a Constituição, a posse do governador e de seu vice-governador eleitos se daria em 1º de janeiro de 2003 para quatro anos de mandato.[2][3][nota 1]
O governador eleito em 1994 e reeleito em 1998, Mário Covas (PSDB), faleceu em março de 2001. O vice-governador, Geraldo Alckmin (PSDB), foi empossado governador e concorreu à reeleição em 2002. No primeiro turno, Alckmin recebeu 38,2% dos votos, superando José Genoino (PT), com 32,4%, e Paulo Maluf (PPB), com 21,3%. No segundo turno, Alckmin foi reeleito com 58,6% dos votos, obtendo 3,5 milhões de votos a mais que Genoino. Cláudio Lembo (PFL) elegeu-se vice-governador.
Nas eleições para o Congresso Nacional, Aloizio Mercadante (PT) e Romeu Tuma (PFL) foram eleitos senadores da República com 29,8% e 20,7% dos votos, respectivamente. Para a Câmara dos Deputados, o PT elegeu dezoito deputados federais e o PSDB, onze. Oito deputados federais eleitos eram filiados ao PFL, seis ao PRONA, cinco ao PTB e cinco ao PSB. A Assembleia Legislativa ficou composta por 23 deputados do PT, dezoito do PSDB, oito do PPB, seis do PTB, seis do PFL, cinco do PPS e cinco do PV, com as demais 23 vagas sendo ocupadas por políticos filiados a outros nove partidos.
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Eleição para o governo estadual
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Governador eleito

Médico formado na Universidade de Taubaté, Geraldo Alckmin nasceu em Pindamonhangaba, onde chefiou o Departamento de Anestesiologia da Santa Casa de Misericórdia e em Lorena foi professor no Centro Universitário Salesiano de São Paulo e no Instituto Santa Teresa. Eleito vereador em sua cidade natal pelo MDB em 1972, assumiu a presidência da Câmara Municipal no curso da legislatura e em 1976 foi eleito prefeito de Pindamonhangaba. Com a restauração do pluripartidarismo no governo do presidente João Figueiredo, ingressou no PMDB e por esta legenda foi eleito deputado estadual em 1982 e deputado federal em 1986. Dois anos depois foi um dos fundadores do PSDB e subscreveu a Constituição de 1988, reelegendo-se deputado federal em 1990.[4][5][6][2] Voto favorável ao impeachment de Fernando Collor em 1992,[7] foi eleito vice-governador de São Paulo na chapa de Mário Covas em 1994 e reeleito em 1998. Candidato à prefeitura de São Paulo no ano 2000, sequer chegou ao segundo turno. No início do ano seguinte tornou-se governador interino por conta do afastamento do titular e, após a morte de Covas em 6 de março de 2001, foi efetivado governador.[8] Alckmin concorreu à reeleição em 2002, sendo reeleito no segundo turno após derrotar o petista José Genoino.[9]
Vice-governador eleito

Advogado natural de São Paulo e formado pela Universidade de São Paulo, Cláudio Lembo trabalhou no Banco Itaú, onde permaneceu por quase quarenta anos. Professor da Universidade Mackenzie, nela chegou ao Doutorado e depois foi reitor. Membro da ARENA, foi Secretário de Negócios Extraordinários na gestão de Olavo Setúbal como prefeito de São Paulo e assumiu a presidência estadual do partido. Derrotado por Franco Montoro na eleição para senador em 1978, retornou à vida política ao ingressar no PFL. Ligado a Marco Maciel, foi chefe de gabinete do referido político no Ministério da Educação e o assessorou na vice-presidência da República. Serviu à prefeitura da capital paulista como secretário de Assuntos Jurídicos na segunda gestão de Jânio Quadros e foi candidato a vice-presidente na chapa de Aureliano Chaves em 1989. Secretário de Planejamento na segunda administração Paulo Maluf na prefeitura paulistana, foi eleito vice-governador na chapa de Alckmin após deixar a reitoria da Mackenzie em 2002 e após quatro anos assumiu o governo quando o titular renunciou para disputar o Palácio do Planalto.[10]
Resultados
Primeiro turno
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral houve 19.606.699 votos nominais.[1]
Segundo turno
Segundo turno
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral houve 20.479.682 votos nominais.[1]
Eleito
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Biografia dos senadores eleitos
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Aloizio Mercadante, eleito senador em 2002. |
Romeu Tuma foi reeleito para o Senado. |
Aloizio Mercadante
Filho do general reformado Osvaldo Muniz Oliva,[13] o economista Aloizio Mercadante nasceu em Santos e fez oposição ao Regime Militar de 1964 quando estudava na Universidade de São Paulo, onde se formou em 1976. Dois anos mais tarde obteve o Mestrado pela Universidade de Campinas e passou a lecionar na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, chefiando o Departamento de Economia e coordenadno o Núcleo de Pesquisas. Doutor em Economia pela Universidade de Campinas em 1988, antes presidira a Associação Nacional de Docentes do Ensino Superior (ANDES) no governo João Figueiredo e figurou entre os fundadores da Central Única dos Trabalhadores.[14] Membro do diretório nacional do PT, elegeu-se deputado federal em 1990, votou pela abertura do processo de impeachment de Fernando Collor em 1992 e foi candidato a vice-presidente na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva em 1994, porém não se elegeu.[7] Em 1998, foi eleito deputado federal.[15]
Romeu Tuma
Nascido em São Paulo e Bacharel em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Romeu Tuma ingressou na polícia civil em 1951 e ocupou os cargos de agente, investigador e delegado de polícia antes de ser nomeado assessor de Sérgio Fleury no Departamento de Ordem Política e Social. Quando Paulo Egydio Martins era governador de São Paulo, Tuma assumiu a direção do DOPS por desígnio do secretário de Segurança, Erasmo Dias. Superintendente da Polícia Federal em São Paulo no governo do presidente João Figueiredo, foi diretor-geral do órgão por escolha de José Sarney. Mantido no cargo por Fernando Collor, acumulou-o com o de secretário da Receita Federal e em 1991 assumiu uma das vice-presidências da Interpol.[16] Dono de uma carreira policial onde atuou nos casos dos nazistas Gustav Wagner e Josef Mengele e do mafioso Tommaso Buscetta, foi assessor especial do governador Luiz Antônio Fleury Filho. Primo de Nicolau Tuma e pai de Robson Tuma, foi eleito senador pelo PL em 1994. Após uma rápida incursão no PSL mudou para o PFL e disputou, sem sucesso, a eleição para prefeito de São Paulo no ano 2000, porém renovou o mandato de senador em 2002. Faleceu em outubro de 2010, mês em que tentara, sem êxito, mais uma reeleição. Pelo restante do mandato, até o início de fevereiro de 2011, foi substituído por Alfredo Cotait, seu primeiro suplente.[17][16]
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Resultado da eleição para senador
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Conforme o Tribunal Superior Eleitoral houve 35.138.195 votos nominais.[1]
Eleito
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Deputados federais eleitos
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PT: 18 assentos
PSDB: 11 assentos
PFL: 8 assentos
PRONA: 6 assentos
PTB: 5 assentos
PSB: 5 assentos
PPB: 3 assentos
PMDB: 3 assentos
PL: 3 assentos
PPS: 3 assentos
Outros: 5 assentos
São relacionados os candidatos eleitos com informações complementares da Câmara dos Deputados.[19] Enéas Carneiro, do PRONA, elegeu-se deputado federal com 1,5 milhão de votos. Enéas tornou-se, assim, o deputado federal mais votado da história do Brasil, até então. Sua votação efetivamente elegeu outros cinco deputados de seu partido que, juntos, receberam 20.235 votos.[20][21]
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Deputados estaduais eleitos
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PT: 23 assentos
PSDB: 18 assentos
PPB: 8 assentos
PTB: 6 assentos
PFL: 6 assentos
PPS: 5 assentos
PV: 5 assentos
PRONA: 4 assentos
PSB: 4 assentos
PMDB: 4 assentos
PDT: 4 assentos
Outros: 7 assentos
Foram escolhidos 94 deputados estaduais para a Assembleia Legislativa de São Paulo.[1][3]
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Notas
- A posse dos parlamentares eleitos ocorreria em 1º de fevereiro de 2003 para os deputados federais e em 15 de março de 2003 para os estaduais.
- Substituiu o escritor Fernando Morais, que desistiu de concorrer ao governo de São Paulo[11] alegando que não queria dar tempo de televisão para Orestes Quércia[12].
- Foi efetivado após o falecimento do titular, conforme relatado acima.
- A princípio licenciou-se do mandato parlamentar a fim de ocupar a chefia da Casa Civil, mas tão logo deixou o Executivo teve o mandato cassado em 1º de dezembro de 2005 por quebra de decoro parlamentar e assim foi efetivada Mariângela Duarte.
- Eleito vice-prefeito de São Paulo em 2004, renunciou ao mandato parlamentar em prol de Paulo Kobayashi.
- Eleito vice-governador de São Paulo em 2006, renunciou ao mandato parlamentar no último mês da legislatura em prol de Xico Graziano.
- Renunciou ao mandato parlamentar em 1º de agosto de 2005 e assim foi efetivado Fernando Estima.
- Eleito prefeito de Taboão da Serra em 2004, renunciou ao mandato parlamentar em prol de Edinho Montemor.
- Homônima da cantora Ana Martins e da jornalista Ana Martins.
- Renunciou ao mandato em prol do suplente Carlos Neder ao eleger-se prefeito de Suzano em 2004.
- Homônimo do cantor e compositor Gilson de Souza.
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Referências
- «Banco de dados do Tribunal Superior Eleitoral». Consultado em 28 de outubro de 2017
- «BRASIL. Presidência da República. Constituição de 1988». Consultado em 28 de outubro de 2017
- «BRASIL. Presidência da República. Lei nº. 9.504 de 30/09/1997». Consultado em 28 de outubro de 2017
- «Câmara dos Deputados do Brasil: deputado Geraldo Alckmin». Consultado em 30 de outubro de 2017
- Novo partido faz encontro e formaliza hoje sua criação (online). Folha de S. Paulo, São Paulo (SP), 25/06/1988. Política, p. A-5. Página visitada em 30 de outubro de 2017.
- Parlamentares do Sudeste e Sul são a base no Congresso (online). Folha de S. Paulo, São Paulo (SP), 25/06/1988. Política, p. A-5. Página visitada em 30 de outubro de 2017.
- «Governistas tentaram evitar implosão (online). Folha de S. Paulo, São Paulo (SP), 30/09/1992. Brasil, p. 1-8.». Consultado em 30 de outubro de 2017
- «Morre em SP o governador Mário Covas». Diário de Cuiabá. 7 de março de 2001. Consultado em 12 de janeiro de 2018
- Luiz Caversan (29 de outubro de 2002). «Alckmin vence em redutos petistas». Folha de S. Paulo. Consultado em 12 de janeiro de 2018
- «Cláudio Lembo assume governo e promete "relação total" com prefeitura (Folha Online)». Consultado em 30 de outubro de 2017
- «Fernando Morais abandona a sucessão paulista». Consultado em 5 de dezembro de 2017
- «Morais não quis dar tempo de TV para Quércia». Consultado em 5 de dezembro de 2017
- «O general de Mercadante (istoegente.com)». Consultado em 30 de outubro de 2017
- «Câmara dos Deputados do Brasil: deputado Aloizio Mercadante». Consultado em 30 de outubro de 2017
- «Senado Federal do Brasil: senador Aloizio Mercadante». Consultado em 30 de outubro de 2017
- «Morre em São Paulo o senador Romeu Tuma (g1.globo.com)». Consultado em 30 de outubro de 2017
- «Senado Federal do Brasil: senador Romeu Tuma». Consultado em 30 de outubro de 2017
- «Terra - Senado S�o Paulo». noticias.terra.com.br. Consultado em 11 de janeiro de 2019 replacement character character in
|titulo=
at position 17 (ajuda) - «Página oficial da Câmara dos Deputados». Consultado em 28 de outubro de 2017. Arquivado do original em 2 de outubro de 2013
- «Dos cinco eleitos ligados a Enéas, 4 estão sob suspeita». Folha de S. Paulo. 28 de julho de 2006. Consultado em 13 de janeiro de 2018
- «Enéas Carneiro é o campeão de votos para deputado federal». Perfil News. 7 de outubro de 2002. Consultado em 13 de janeiro de 2018
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