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Estádio Raimundo Sampaio

Estádio em Belo Horizonte Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Estádio Raimundo Sampaio
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O Estádio Raimundo Sampaio, mais conhecido como Arena Independência, é um estádio de futebol localizado no bairro do Horto, em Belo Horizonte, Minas Gerais, de propriedade do América Futebol Clube. Inaugurado em 1950 para a Copa do Mundo de futebol realizada no Brasil, passou por reformas de modernização para ampliar a segurança e o conforto, sendo rebatizado como Arena Independência em 2012.[3]

Factos rápidos Arena Independência, Informações gerais ...

Após uma ampla reforma, o governo mineiro abriu licitação à iniciativa privada, que foi vencida em dezembro de 2011 pelo grupo paulista BWA. No dia 14 de fevereiro de 2012, no entanto, a empresa assinou contrato de parceria de âmbito restrito comercial com o Atlético válido por dez anos, garantindo 45% da receita comercial do estádio. Após questionamentos do Ministério Público, no dia 24 foram realizadas alterações no texto do contrato para que não ocorram duplas interpretações, de maneira a garantir que a administração seja realizada exclusivamente pela BWA. Desta forma, o Clube Atlético Mineiro receberá 45% do resultado líquido apurado pela BWA. Em contrapartida América (proprietário) e Governo de Minas Gerais recebem 5,35% de todo faturamento bruto apurado no Estádio.[2]

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História

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Perspectiva

Construção para a Copa do Mundo 1950

Em 1947, o prefeito Otacílio Negrão de Lima escolheu um terreno no bairro Oswaldo Cruz (atual Horto) para construir o estádio que sediaria os jogos de Belo Horizonte na Copa do Mundo FIFA de 1950.[4]

Em 18 de junho de 1950, uma semana antes da inauguração, o time do Sete de Setembro testou e aprovou o gramado.[5]

Sua inauguração ocorreu no dia 25 de junho de 1950, com o jogo Iugoslávia 3 a 0 Suíça.[3] Quatro dias depois, o Independência foi palco de Estados Unidos 1 a 0 Inglaterra, partida considerada a maior zebra da história das Copas do Mundo. O último jogo foi Uruguai 8 a 0 Bolívia em 2 de Julho, na única partida do Uruguai na primeira fase - o time eventualmente ganharia a Copa diante da Seleção Brasileira em um Maracanã lotado.[5]

Mais informação Data, 1ª equipe ...

Aquisição pelo América

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Torcida do América durante jogo realizado em 2009, antes da reforma

Inicialmente o estádio pertencia ao Governo do estado de Minas Gerais, mas passou a ser propriedade do clube Sete de Setembro em 1965, após a inauguração do Mineirão.

Em 1989, o América fez um contrato de comodato firmado com o Sete de Setembro ajustado por um período de 30 anos e depois prolongado por mais 50. No entanto, em 1997, o América incorporou o Sete de Setembro e registrou em cartório o bem como patrimônio do América. Desde então, o estádio Independência é propriedade do América Futebol Clube.[3]

Neste estádio o América conquistou a Série B em 1997, no confronto contra o Vila Nova-GO, e na partida contra o Náutico pela fase final compareceram 18 900 torcedores pagantes. O Coelho conquistou também, nesse estádio, a Série C de 2009.

O recorde de público é de 32 721 espectadores, na partida Seleção Mineira 1 a 0 Seleção Guanabara (Carioca), em 27 de janeiro de 1963, pelo primeiro jogo da final do Campeonato Brasileiro de 1962, disputado por seleções estaduais.

Reforma

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Independência após a demolição, em Junho de 2010.

Em dezembro de 2008, o Governo de Minas Gerais anunciou a reforma no estádio em um convênio celebrado com o América, que transfere a administração do estádio para a Ademg por 20 anos. O investimento inicial anunciado, foi de R$13 milhões de reais por parte do governo do estado e R$ 31 milhões do governo federal.[6] Em agosto de 2009 o Conselho do Meio Ambiente de Belo Horizonte concedeu a licença ambiental para a reforma.[7]

As obras de reforma tiveram início em 22 de janeiro de 2010, com quase um ano de atraso.[8] A data de entrega da obra, que deveria ser até setembro de 2010, também foi alterada, passando para março de 2011.[9] Todo o estádio foi demolido, com exceção dos vestiários.[10] Com o Mineirão também entrando em reformas em junho, América, Atlético, e Cruzeiro tiveram de jogar fora de Belo Horizonte por dois anos, com jogos na Arena do Jacaré em Sete Lagoas, o Ipatingão em Ipatinga, e o Parque do Sabiá em Uberlândia.[11]

Em 25 de novembro de 2010, foram firmados os primeiros pilares do estádio. O custo da obra aumentou para 70 milhões de reais.[12] Em 2011, problemas do financiamento - com o orçamento inflado para R$ 125 milhões - começaram a ser resolvidos, e a reinauguração prevista para dezembro de 2011.[13] Segundo o projeto, o estádio teria capacidade para 25 mil torcedores, entretanto, o número foi reduzido para 23 018 lugares.

Para aumentar o número de assentos, foram construídos mais dois níveis de arquibancada. Além do primeiro, com 15 mil assentos, o segundo foi destinado à imprensa e os camarotes e terceiro nível recebeu mais seis mil lugares. Nesse último nível, no entanto, o Ministério Público de Minas Gerais identificou a existência de pontos cegos em todos os lugares destinados ao público.[14] Por se tratar de um espaço muito íngreme - com uma altura de 27 metros e a uma inclinação de 45º - foi necessária a instalação de guarda-corpos de grades de metal entrelaçado, que obstruem a visão do campo de jogo.

Segundo o arquiteto Leon Myssior, os guarda-corpos não faziam parte do projeto original, que apresentava como alternativas barras protetoras ou uma proteção transparente (vidro laminado de segurança ou acrílico). A primeira proposta foi vetada por imposição da legislação de segurança do Corpo de Bombeiros, que exigia preenchimento da parte central da proteção e a segunda opção recusada por falta de recursos.[15]

A sua construção tem certa semelhança com o Estádio do Bessa, estádio do time do Boavista de Portugal

Nova administração e reinauguração

Para manutenção do novo estádio, o Governo do Estado abriu licitação à iniciativa privada, que foi vencida em dezembro de 2011 pelo grupo paulista BWA. No dia 14 de fevereiro de 2012, no entanto, a empresa assinou contrato de parceria de âmbito restrito comercial com o Atlético válido por dez anos, garantindo 45% da receita comercial do estádio. Após questionamentos do Ministério Público, no dia 24 foram realizadas alterações no texto do contrato para que não ocorram duplas interpretações, de maneira a garantir que a administração seja realizada exclusivamente pela BWA. Desta forma, o Clube Atlético Mineiro receberá 45% do resultado líquido apurado pela BWA. Em contrapartida América (proprietário) e Governo de Minas Gerais recebem 5,35% de todo faturamento bruto apurado no Estádio.[2]

O estádio foi reinaugurado no dia 25 de abril de 2012 durante cerimônia em que o governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, entregou a chave simbólica do Independência à Bruno Balsimelli, do consórcio BWA, que passou a administrar o local.[16]

A partida inaugural, um amistoso entre América-MG e o Argentinos Juniors, que fez parte das comemorações do centenário do time mineiro, marcou também a ultima partida da carreira do atacante Euller.[17] O pontapé inicial foi dado pelo ex-atacante Jair Bala. 5.998 torcedores estiveram presentes.[18] que terminou com a vitória do time da casa, por 2 a 1, de virada.[19]

Após a inauguração, o Independência logo caiu nas graças das torcidas de América, Atlético e Cruzeiro, sendo considerado um "caldeirão" pelo clima intimista que colaborou para muitas vitórias.[20] Isso se expressou principalmente com o Atlético, inspirando o grito "Caiu no Horto, tá Morto". O time perdeu sua primeira partida no Independência apenas em agosto de 2013, 2 x 1 para o xará paranaense, depois de 38 jogos invicto.[21] Durante a Copa Libertadores da América de 2013, o Independência sediou a maior parte da campanha vitoriosa do Atlético, embora apesar do desejo do time foi vetado para a final pela exigência de 40 mil lugares, e assim a partida decisiva ficou para o Mineirão.[22][23]

Assim como o Estádio das Alterosas, o Independência serviu de centro de treinamento para dois torneios da FIFA com sede em BH, a Copa das Confederações de 2013 e a Copa do Mundo FIFA de 2014.[24][25]

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Eventos musicais

Em 18 de setembro de 1974 Os Jackson 5 se apresentaram no estádio como parte de sua primeira turnê sul-americana. Entre 1997 e 2000, e retornando novamente em 2012, o Independência foi palco dos festivais de música Pop Rock Brasil, Axé Brasil, e NET Festival, além da turnê 'Pies Descalzos', da cantora pop colombiana Shakira.

Galeria de fotos

Antes da reforma

Ver também

Referências

  1. Ministério do Esporte (28 de janeiro de 2016). «Guia de Classificação dos Estádios» (PDF). Ministério do Esporte. São Paulo-SP. Consultado em 12 de fevereiro de 2025. Cópia arquivada (PDF) em 8 de fevereiro de 2016
  2. Laura Rezende (22 de março de 2022). «América-MG terá nova reunião com Governo de Minas para administrar o Independência». ge. Consultado em 25 de março de 2024
  3. MARTINS, Fernando. Independência será reformado Arquivado julho 12, 2012 no WebCite O Tempo
  4. VIANA, Arnaldo. BH volta a sediar jogos da Copa do Mundo, Estado de Minas
  5. ROCHA, Pedro Franco. Em vez da bola, máquinas Estado de Minas
  6. Marco Antônio Astoni (25 de novembro de 2010). «Novo estádio Independência ficará pronto até o mês de junho de 2011». ge. Consultado em 25 de março de 2024
  7. «Após atrasos, reformas do estádio Independência seguem a todo vapor». ge. 7 de abril de 2011. Consultado em 25 de março de 2024
  8. «Estádio Independência tem seis mil pontos cegos». Portal Vermelho. 5 de fevereiro de 2012. Consultado em 25 de fevereiro de 2012. Arquivado do original em 3 de março de 2016
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Ligações externas

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