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Explode Coração
telenovela brasileira produzida e exibida pela Rede Globo Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Explode Coração é uma telenovela brasileira produzida e exibida pela TV Globo de 6 de novembro de 1995 a 3 de maio de 1996, em 155 capítulos.[1] Substituiu A Próxima Vítima, e foi substituída por O Fim do Mundo,[2] sendo a 51.ª "novela das oito" exibida pela emissora.
Teve a autoria de Glória Perez, com direção de Ary Coslov, Gracindo Júnior e Carlos Araújo. A direção geral e de núcleo foram de Dennis Carvalho.
Contou com Tereza Seiblitz, Edson Celulari, Maria Luísa Mendonça, Françoise Forton, Leandra Leal, Ricardo Macchi, Rodrigo Santoro, Renée de Vielmond, Eliane Giardini e Paulo José nos papéis principais.
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Enredo
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Perspectiva
As famílias ciganas Sbano e Balboa fizeram um contrato de casamento para seus filhos Dara e Igor, quando os dois ainda eram crianças e moravam na cidade espanhola de Sevilha.[3] Depois de vinte anos, Igor volta para cumprir o acordo das duas famílias. Todos aguardam ansiosos pelo rapaz, menos Dara, que não quer saber do compromisso assumido. A cigana quer mais do que estudar apenas o suficiente para aprender a ler, escrever e fazer contas, destino reservado às mulheres ciganas.[4]
Diferentemente da irmã, Ianca, Dara sonha em trabalhar e ser independente, e faz cursinho pré-vestibular às escondidas. Tudo contra a vontade do pai, Jairo que é extremamente conservador e comprometido com as tradições ciganas. Seus futuros sogros, Pepe e Luzia, nem imaginam os anseios da jovem cigana. A espanhola vive sob a tensão de ter sua origem descoberta pelos amigos, de seu namorado Serginho e ser apanhada em flagrante. Na esteira desses conflitos entre futuro e passado, inovação e tradição, Dara inicia uma relação pela internet com o empresário Júlio. Virtualmente, os dois se envolvem cada dia mais. Ele vive um casamento de fachada com Vera Avelar, uma mulher rica e mimada. Depois que se conhecem pessoalmente e se apaixonam, Dara e Júlio encontram obstáculos ainda mais difíceis como a cultura do povo cigano. Juntos, eles lutam contra todos, inclusive a interferência incessante de Igor e Vera.[4]
A aventura de Dara só é possível graças a Odaísa, a empregada da família, que sente pena da moça e não consegue fazer o papel de vigia e babá que lhe é conferido por Jairo e Lola. Por outro lado, Dara tem como entrave a irmã Ianca, que sonha casar-se logo. Desesperada porque na tradição cigana a mais nova só se casa depois da mais velha, a menina faz de tudo para que Dara concretize sua união com Igor o mais rápido possível.[4]
Antes de conhecer Júlio, Dara foge de Igor e acaba se envolvendo com Serginho, um colega do cursinho pré-vestibular apaixonado por ela. Na família de Serginho, Dara conhece Augusto, por quem passa a cultivar um grande afeto e a quem começa a tratar como avô. Augusto se sente muito mal na casa do filho, o padrasto de Serginho, e recupera a alegria de viver no convívio com a jovem cigana, acostumada a reverenciar os mais velhos. Através dessas relações, a jovem mostra a todos que é muito ligada aos valores ciganos, apesar de estar em conflito com a família. Dara não deseja negar sua origem: ela quer casar-se virgem, adora as músicas e as danças de seu povo, orgulha-se de suas raízes e emociona-se com as profecias de seu avô Mio Sbano: só não concorda com a falta de liberdade que lhe impõem.[4]
Após enfrentar muitos problemas, entre eles a solidão, Dara cede aos apelos da família e se casa com Igor, embora grávida de Júlio. Na cultura cigana, no dia do casamento a noiva deve dar uma prova de sua virgindade. Ciente da situação de Dara, Igor promete que, apesar de casados, não a tocará. E, para ajudá-la a forjar a falsa prova diante de sua comunidade, faz um corte no próprio braço e suja a saia da amada de sangue. Dara permanece casada com Igor até o último capítulo da telenovela, quando dá à luz ao filho. O parto, realizado numa praia, é acompanhado por Igor, que leva Dara e a criança ao encontro de Júlio, e parte para sempre.[4]
Tramas paralelas
A história contou com o jovem Serginho que se apaixona por Beth, a ex-mulher de seu padrasto e vinte anos mais velha que ele. O casal sofre preconceito, mas nem por isso desistem do romance. A telenovela teve um núcleo com humor, formado pelo casal Salgadinho e Lucilene, e a travesti Sarita Vitti. Edu, filho de Salgadinho e Lucilene era um jovem viciado em internet dividido entre o amor de Yone e Rose, há também Bebeto a Jato, office-boy do escritório de Júlio Falcão, Bebeto é um rocker, fã de rockabilly[5] e participante de concursos de topete.[4]
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Elenco
Participações especiais
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Produção
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Perspectiva

Explode Coração marcou o retorno da novelista Gloria Perez ao horário nobre da TV Globo. A escritora estava afastada das novelas desde De Corpo e Alma, que foi exibida de agosto de 1992 a março de 1993, e ficou marcada pelo assassinato de Daniella Perez, filha da autora.[6]
As gravações começaram em setembro de 1995. Uma parte do elenco foi para Tóquio, no Japão e outra em Granada, na Espanha.[7]
Foi a primeira telenovela da TV Globo a ser gravada do início ao fim nos estúdios da Central Globo de Produções, o Projac, hoje Estúdios Globo.[4] Graças ao tamanho dos estúdios, poupou-se tempo na montagem e desmontagem de cenários, e reduziu-se o custo da produção.[8]
Também foi a primeira telenovela de Glória Perez a apresentar ao público brasileiro uma cultura exótica.[9]
Apesar do atraso de O Rei do Gado, de Benedito Ruy Barbosa, então prevista para substituir Explode Coração, a TV Globo não determinou em momento algum estender a novela. Os executivos já haviam encomendado que a novela fosse curta, para que Gloria Perez fosse liberada a tempo dos compromissos envolvendo o julgamento dos acusados do assassinato de Daniella. O intervalo entre as tramas foi, então, preenchido por O Fim do Mundo, de Dias Gomes, originalmente concebida como minissérie.[10]
Para aprender os hábitos e costumes da cultura cigana, os atores do núcleo cigano fizeram laboratório. Auxiliados pela jornalista Lúcia Abreu, eles visitaram famílias ciganas reais que viviam no Brasil.[11]
Tereza Seiblitz, a protagonista da trama, ficou mais de um mês dedicada ao laboratório para compor Dara, a sua personagem cigana: conversou com grupos de ciganos, leu a respeito da cultura cigana, participou das festas e chegou a ter aulas diárias de dança cigana. Sua personagem foi inspirando em uma cigana de Copacabana.[4]
No Brasil, a internet ainda era pouco difundida e causou surpresa aos telespectadores. A possibilidade de contato entre duas pessoas através da rede mundial de computadores era uma grande novidade na época em que a telenovela foi exibida. Glória Perez contou que chegou a ser ridicularizada quando propôs abordar o tema na telenovela e foi chamada de "louca e fantasiosa".[12]
Adriano Garib e Eduardo Moscovis chegaram a fazer o teste para viverem o personagem Igor na telenovela, porém o personagem ficou com o ator Ricardo Macchi.[13]
A partir da segunda semana da telenovela, a direção da emissora exigiu que os figurinos dos personagens ciganos fossem modificados, pois eram considerados exagerados e estereotipados. Como não se tratava de ciganos nômades, mas ricos, moradores de bairros de classe alta que se dedicavam à indústria e ao comércio, os personagens passaram a se vestir como pessoas comuns, sendo os trajes típicos usados apenas em cenas de festas e rituais. Várias cenas com os novos figurinos foram regravadas.[14]
Em dezembro de 1995, a advogada e cigana Mirian Stanescon conseguiu uma liminar que proibia a TV Globo de exibir as cenas onde Dara (Tereza Seiblitz) perdia a virgindade com Julio (Edson Celulari). Segundo ela, os ciganos só praticavam sexo depois do casamento e que a perda da virgindade da personagem seria uma ofensa moral.[15] Poucos dias depois, a liminar foi derrubada pela Justiça e a Globo pôde exibir a cena normalmente.[16]
A apresentadora Ana Furtado aparece dançando na abertura da telenovela. À época, Ana, que era modelo, não demonstrava nenhum interesse em seguir carreira na televisão.[17]
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Exibição
Foi apresentada em um breve resumo no quadro Novelão do Vídeo Show de 15 de outubro a 26 de outubro de 2012.[18]
Foi reapresentada na íntegra pelo Viva de 29 de janeiro a 27 de julho de 2018, substituindo O Fim do Mundo, sua sucessora original, e sendo substituída por A Indomada, às 23h30 e 13h30.[19]
Exibição internacionais
Portugal - SIC: Estreia em 15 de janeiro de 1996[20],
Equador - Ecuavisa,
Uruguai - Teledoce,
Bolívia,
Peru,
Paraguai - Telefuturo,
Argentina - El Trece,
Nicarágua e
Costa Rica.
Outras Mídias
Em 22 de junho de 2020, foi disponibilizada na íntegra pelo Globoplay, como parte do Projeto Resgate.[21]
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Repercussão
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Perspectiva
Ciganos de Campinas fizeram críticas ao modo como a cultura cigana era retratada na telenovela. Segundo eles, a telenovela não retratava com fidelidade a cultura do povo. Teceram críticas quanto ao modo de vida, às roupas, aos acessórios, ao casamento e tudo o que era mostrado na telenovela, alegando que muitas coisas não eram verídicas. Mas criticaram principalmente o fato da personagem Dara ter perdido a virgindade antes do casamento.[22] Em contrapartida, cerca de 40 ciganos se reuniram em frente ao Fórum do Rio para manifestar apoio à autora Glória Perez, torcendo para que a cena romântica entre Dara e Julio fosse exibida.[23]
A personagem Sarita (Floriano Peixoto) causou polêmica entre o meio LGBT. Segundo eles, o personagem possuía uma identidade indefinida, ou seja, não se sabia se era um travesti ou uma 'drag queen', devido ao comportamento diário dele na telenovela.[24] Em resposta às críticas, o ator afirmou que "a ideia era viver o limite entre o homem e a mulher". Ele concluiu dizendo que "a melhor definição para Sarita é sua alma feminina".[25]
A partir de março de 1996, a trama começou a abordar sobre as crianças desaparecidas. As mães apareciam na telenovela e mostravam a foto do seu filho desaparecido. Por meio dessa abordagem, o número de ligações ao Centro Brasileiro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente cresceu, fazendo com que as crianças desaparecidas pudessem ser encontradas.[26] Ao final da telenovela, verificou-se que cerca de 70 crianças desaparecidas foram encontradas, graças à campanha feita na telenovela.[27] O quadro da telenovela que mostrava as mães mostrando seus filhos desaparecidos causou pânico nas crianças. Devido ao desaparecimento dos semelhantes, as crianças temiam que com elas pudessem acontecer o mesmo.[28]
Audiência
Obteve média geral de 47 pontos.[29]
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Trilha sonora
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Perspectiva
Fonte: Memória Globo[4]
Nacional
Capa: Cássio Gabus Mendes
- "Preciso Dizer Que Te Amo" - Leo Jaime (Tema de Beth e Serginho)
- "Admito Que Perdi" - Marina Lima (Tema de Vera)
- "Let Me Be Your Diva (Babalu Mix)" - Edson Cordeiro (Tema de Sarita)
- "Esse Meu Cabelo Rock" - João Penca & Seus Miquinhos Amestrados (Tema de Bebeto)
- "Eu Sei Que Vou Te Amar" - Milton Nascimento (Tema de Dara e Júlio)
- "Pensamentos" - Simone (Tema de Eugênia)
- "Ibiza Dance" - Roupa Nova (Tema de abertura)
- "De Mais Ninguém" - Marisa Monte e Época de Ouro (Tema de Edu e Yone)
- "Explode Coração" - Maria Bethânia (Tema de Dara)
- "Céu Cor-de-rosa (Indian Summer)" - Sidney Magal (Tema de Adilson)
- "Noturna" - Elba Ramalho
- "Eu Nunca Estive Tão Apaixonado" - Fábio Jr.
- "A Montanha e a Chuva" - Orlando Morais (Tema de Igor e Larissa)
- "Fiesta" - Wagner Tiso (Tema de algumas cenas de ação ou tristeza envolvendo o núcleo cigano da telenovela)
Internacional
Capa: Teresa Seiblitz
- "Back For Good" - Take That (Tema de Eugênia)
- "Get Together" - Big Mountain
- "Estoy Enamorado" - Donato & Estéfano (Tema de Igor)
- "Don't Let Me Be Misunderstood" - Santa Esmeralda
- "December" - Collective Soul (Tema de Larissa)
- "That's Why (You Go Away)" - Michael Learns to Rock
- "La Rumba de Nicolas" - Gipsy Kings
- "Sin Excusas Ni Rodeos" - Julio Iglesias (Tema de Júlio e Dara)
- "Father And Son" - Boyzone
- "Se Fue" - Venus
- "Macarena" - Los Del Rio
- "Por Tu Amor" - Carlos Oliva & Los Sobrinos
- "Gipsy Woman" - Cannibals
- Ogni Volta - Antonello Venditti
Complementar: Coração Cigano
Capa: Ana Furtado
- "Hino Cigano" - Grupo Rorarni
- "Chei Chovorriho" - Grupo Encanto Cigano
- "Krallisa" - Grupo Rorarni
- "Rorarni" - Grupo Rorarni
- "Lamento Cigano" - Grupo Rorarni
- "Tu Mai Lê" - Grupo Encanto Cigano
- "Amor Gitano (Volimôs Romanô)" - Grupo Rorarni
- "Betchári" - Grupo Encanto Cigano
- "Gary Gary" - Grupo Rorarni
- "Jau Dale Adjes" - Grupo Encanto Cigano
- "Ibiza Dance" - Roupa Nova
- "Fiesta" - Wagner Tiso
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Prêmios e indicações
Referências
- «Explode Coração». Teledramaturgia. teledramaturgia.com.br. Consultado em 9 de outubro de 2016
- «Estréia hoje na Globo "novela interativa"». Folha de S.Paulo. 6 de novembro de 1995. Consultado em 19 de julho de 2017
- «Todos os países de Gloria Perez». Além do Oscar. Pop. 25 de setembro de 2012. Consultado em 3 de abril de 2015. Arquivado do original em 5 de abril de 2015
- «Explode Coração». Memória Globo
- «Além do "TV Pirata"", Guilherme Karan destacou-se em novelas de Gloria Perez». nilsonxavier.blogosfera.uol.com.br. Nilson Xavier. Consultado em 11 de março de 2018
- Xavier, Nilson. «Explode Coração». Teledramaturgia. Consultado em 8 de novembro de 2022
- «Nova novela cria triângulo amoroso via Internet». Folha de S.Paulo. 27 de agosto de 1995. Consultado em 18 de novembro de 2017
- «Nova novela das oito inaugura Projac». Folha de S.Paulo. 1 de outubro de 1995. Consultado em 18 de novembro de 2017
- «As novelas da época de "História de Amor"». Viva. Nilson Xavier. 30 de julho de 2014. Consultado em 27 de junho de 2015
- Xavier, Nilson. «Explode Coração». Teledramaturgia. Seção "Bastidores". Consultado em 8 de janeiro de 2021
- «Pesquisa inclui ciganos». Folha de S.Paulo. 5 de novembro de 1995. Consultado em 18 de novembro de 2017
- «Internet invade o Brasil pela janela da televisão». Folha de S.Paulo. 5 de novembro de 1995. Consultado em 18 de novembro de 2017
- «Modelo troca passarelas italianas por papel cigano em "Explode Coração"». Folha de S.Paulo. 26 de novembro de 1995. Consultado em 18 de novembro de 2017
- «Globo muda figurinos de 'Explode Coração'». Folha de S.Paulo. 17 de novembro de 1995. Consultado em 18 de novembro de 2017
- «Advogada não inspirou cigana, diz Gloria Perez». Folha de S.Paulo. 2 de janeiro de 1996. Consultado em 18 de novembro de 2017
- «Justiça libera cenas de sexo entre Dara e Júlio em 'Explode Coração'». Folha de S.Paulo. 3 de janeiro de 1996. Consultado em 18 de novembro de 2017
- «Modelo interpreta dançarina». Folha de S.Paulo. 19 de novembro de 1995. Consultado em 15 de dezembro de 2017
- «Novelão: Acompanhe as emoções de Explode Coração, 1995». Globo Play. 15 de outubro de 2012. Consultado em 10 de fevereiro de 2018
- «Sucesso de Gloria Perez, 'Explode Coração' será exibida no canal Viva». F5. 16 de janeiro de 2018. Consultado em 24 de outubro de 2021
- GOMES, ROBSON (23 de junho de 2020). «Novela 'Explode Coração' estreia na Globoplay». JC. Consultado em 26 de junho de 2020
- «Caracterização de novela não é considerada fiel». Folha de S.Paulo. 7 de janeiro de 1996. Consultado em 18 de novembro de 2017
- «Ciganos fazem manifestação de apoio à novelista Gloria Perez». Folha de S.Paulo. 3 de janeiro de 1996. Consultado em 18 de novembro de 2017
- «Personagem cria polêmica entre gays». Folha de S.Paulo. 26 de novembro de 1995. Consultado em 18 de novembro de 2017
- «Idéia era viver limite entre homem e mulher». Folha de S.Paulo. 26 de novembro de 1995. Consultado em 18 de novembro de 2017
- «Novela ajuda a achar desaparecidos». Folha de S.Paulo. 20 de março de 1996. Consultado em 18 de novembro de 2017
- «Desaparecidos de 'Explode Coração' fugiam da violência doméstica». Folha de S.Paulo. 26 de maio de 1996. Consultado em 18 de novembro de 2017
- «"Explode Coração" cria pânico em crianças». Folha de S.Paulo. 27 de abril de 1996. Consultado em 18 de novembro de 2017
- «Biografia da Televisão Brasileira». books.google.com.br. Google Livros. Consultado em 28 de maio de 2019
- «Rogério Cardoso tinha prêmio de melhor comediante». Terra. diversao.terra.com.br. 24 de julho de 2003. Consultado em 14 de abril de 2015
- «Prêmio Contigo, Brazil - Awards for 1997». IMDb. imdb.com. Consultado em 22 de junho de 2016
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