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Flash mob

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Flash mob
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Um flash mob (ou flashmob)[1] é um grupo de pessoas que se reúne repentinamente em um local público, realiza uma performance por um breve período e depois se dispersa rapidamente, geralmente com o objetivo de entretenimento, sátira e/ou expressão artística.[2][3][4] Os flash mobs podem ser organizados por meio de telecomunicações, mídias sociais ou e-mails virais.[5][6][7][8][9]

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Uma guerra de travesseiros pública em Bolonha, Itália

O termo, cunhado em 2003, geralmente não é aplicado a eventos e performances organizados para fins políticos (como protestos), publicidade comercial, ações publicitárias que envolvam empresas de relações públicas ou profissionais pagos.[7][10][11] Nesses casos de um propósito planejado para a atividade social em questão, o termo multidões inteligentes é frequentemente aplicado em vez disso.

O termo "flash rob" ou "flash mob robberies", uma referência à forma como os flash mobs se reúnem, tem sido usado para descrever uma série de roubos e agressões perpetrados repentinamente por grupos de jovens adolescentes.[12][13][14] Bill Wasik, criador dos primeiros flash mobs, e vários outros comentaristas questionaram ou se opuseram ao uso de "flash mobs" para descrever atos criminosos.[14][15] Flash mobs também foram apresentados em algumas séries de filmes de Hollywood, como Step Up.[16]

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História

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Perspectiva

Primeiro flash mob

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O flash mob foi rapidamente imitado fora dos Estados Unidos. Esta foto é do "sydmob" de 2003, o primeiro flash mob realizado em Sydney, Austrália

Os primeiros flash mobs foram criados em Manhattan em 2003, por Bill Wasik, editor sênior da Harper's Magazine.[7][9][17] A primeira tentativa foi malsucedida depois que a loja de varejo alvo foi avisada sobre o plano de reunião das pessoas.[18] Wasik evitou tais problemas durante o primeiro flash mob bem-sucedido, que ocorreu em 17 de junho de 2003, na loja de departamentos Macy's, enviando os participantes para áreas de concentração preliminares — em quatro bares de Manhattan — onde receberam instruções adicionais sobre o evento final e o local pouco antes do início do evento.[19]

Mais de 130 pessoas convergiram para o departamento de tapetes do nono andar da loja, reunindo-se em torno de um tapete caro. Qualquer pessoa abordada por um vendedor era orientada a dizer que os participantes moravam juntos em um armazém nos arredores de Nova Iorque, que estavam comprando um "tapete do amor" e que tomavam todas as decisões de compra em grupo.[20] Posteriormente, duzentas pessoas inundaram o saguão e o mezanino do hotel Hyatt com aplausos sincronizados por cerca de quinze segundos, e uma boutique de sapatos no SoHo foi invadida por participantes que fingiam ser turistas em uma excursão de ônibus.[9]

Wasik afirmou que criou os flash mobs como um experimento social concebido para zombar dos hippies e destacar a atmosfera cultural de conformidade e o desejo de pertencer a um grupo ou fazer parte da "próxima grande novidade".[9] The Vancouver Sun escreveu: "Pode ter se voltado contra ele... [Wasik] pode, em vez disso, ter acabado dando à conformidade um veículo que lhe permitiu parecer não-conformista."[21] Em outra entrevista, ele disse: "Os flash mobs começaram como uma espécie de experimento social lúdico destinado a incentivar a espontaneidade e grandes aglomerações para ocupar temporariamente áreas comerciais e públicas, simplesmente para mostrar que podiam".[22]

Precedentes e precursores

Em 1973, o conto "Flash Crowd", de Larry Niven, descreveu um conceito semelhante ao dos flash mobs.[23] Com a invenção do popular e muito barato teletransporte, uma discussão em um centro comercial — que por acaso está sendo coberta por uma equipe de reportagem — rapidamente se transforma em um tumulto. Na história, a cobertura jornalística atrai a atenção de outras pessoas, que usam a tecnologia amplamente disponível da cabine de teletransporte para se aglomerarem primeiro nesse evento — intensificando assim o tumulto — e depois em outros eventos à medida que acontecem. Comentando sobre o impacto social de tais multidões, um personagem (articulando a visão da polícia) diz: "Nós as chamamos de flash mobs e ficamos de olho nelas". Em contos relacionados, elas são mencionadas como um local privilegiado para a ocorrência de atividades ilegais (como furtos e saques). Lev Grossman sugere que o título do conto seja uma origem do termo "flash mob".[24]

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Pessoas dançando no evento flashmob Eutopia 15 enquanto atravessam a Puerta del Puente em Córdova, Espanha (2015)

Os flash mobs começaram como uma forma de arte performática.[18] Embora tenham começado como um ato apolítico, os flash mobs podem compartilhar semelhanças superficiais com manifestações políticas. Na década de 1960, grupos como os yippies usaram o teatro de rua para expor o público a questões políticas.[25] Os flash mobs podem ser vistos como uma forma especializada de smart mob,[7] um termo e conceito proposto pelo autor Howard Rheingold em seu livro de 2002, Smart Mobs: The Next Social Revolution.[26]

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Mobs populares

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Pillow Fight

A famosa guerra de travesseiros ganhou um novo formato quando passou a integrar o quadro de flash mobs. Nela, pessoas combinam pela Internet, um determinado local e horário e levam consigo seus travesseiros para guerrear com pessoas desconhecidas. O Pillow Fight, vem sendo praticado em várias cidades do mundo.[27]

Subway Party

Uma Subway Party (festa no metrô), nada mais é do que um grupo de pessoas que se juntam, no estilo flash mob, para promover festas dentro dos vagões dos trens metropolitanos de grande cidades como Nova Iorque. Combinado o dia e o horário, os participantes apenas aguardam que um determinado número de pessoas se reúna para que então todos entrem no vagão (geralmente o último) e troquem presentes, ouçam música, dancem, enfim, façam uma festa.[28]

Existem dois tipos de Subway Party: a primeira ocorre na hora do rush e tem o objetivo de “descontrair as pessoas”. Porém ela é muito criticada por atrapalhar as pessoas que fazem uso do transporte público, causar atrasos e incomodar os usuários. A outra acontece no fim na noite e os participantes chegam até a decorar o vagão do trem para uma verdadeira festa, que algumas vezes pode até ser a comemoração de alguma data como o Halloween. Conforme o trem vai passando as estações o número de participantes também aumenta, já que as pessoas vão sendo convidadas a fazerem parte da festa.[29]

Zombie Walk

Consiste em pessoas que se juntam para passar algum tempo caracterizadas como zumbis e agindo como tal, dispersando-se em seguida. Esta é outra forma de flash mob que está crescendo pelo mundo e atrai cada vez mais pessoas.[30]

Inauguração do Circuito Cultural Praça da Liberdade

Em março de 2010, os alunos do programa Valores de Minas, iniciaram um Flash Mob na inauguraçào do Circuito Cultural Praça da Liberdade. O movimento começou com uma cantora entoando "O que é, O que é?" do músico Gonzaguinha. A movimentação foi tão envolvente que até mesmo o governador de Minas Gerais, Antônio Anastasia, e o então ex-governador Aécio Neves participaram da dança.[31]

International Samba Day

Ocorrido no dia 2 de dezembro de 2016, um Flash Mob de Samba de Gafieira. A data foi escolhida por ser o dia de comemoração deste ritmo de dança. Maiores detalhes podem ser encontrados no site do evento. Em Belo Horizonte, o movimento Samba Uai, reuniu as principais academias de dança de salão, as quais se organizaram para promover ensaios gratuitos para a população que quis participar e com isso divulgar este ritmo.[32]

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Aplicações sociais

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No mundo inteiro, flash mobs vêm ganhando cada vez mais aspectos políticos e não apenas para mudar a rotina ou modificar o meio urbano. Na Rússia, por exemplo, um grupo de pessoas se reuniu ao redor de um caixão e deram-se as mãos em luto formando um quadrado, declarando a “morte da democracia” em 2003. Por lá, pela repressão às revoltas ou protestos ser intensificada, flash mobs são preferências cada vez mais aceitas por serem organizadas rapidamente, atraírem muitas pessoas e depois se dispersar tão rápido quanto aparece, impedindo a ação da polícia muitas vezes.[33]

Um flashmob em desafio ao governo foi organizado na Bielorrússia por volta de 2006 que consistia em um grande grupo de pessoas tomando sorvete próximo ao centro da cidade, em contestação a uma lei aprovada em assembleia que proíbe manifestações no país. Mesmo com as pessoas deixando o local depois da realização do pequeno protesto, alguns jovens ainda foram presos.[34]

Na Espanha, após os atentados terroristas aos trens em 11 de março de 2004, vários espanhóis enviaram via SMS mensagens pedindo para que dois dias depois se reunissem para uma mobilização em favor dos mortos pelo ataque terrorista, e nessas mensagens a repetição da palavra “pásalo” (repasse, em espanhol) tornou-se um ícone desse mob. O resultado veio no dia 13 de março, onde as pessoas se reuniram de maneira espontânea protestando contra o governo por ocultar dados sobre o atentado terrorista. Ficou também conhecida como “La rebelion de los SMS”.

Assim podemos perceber que a realização de flash mobs que têm como princípio motivador reivindicações políticas também ocorre. Esse movimento, porém, recebe o nome de "Smart Mob"[35] e já foi realizado em diversas cidades. O roteiro de ação é parecido com o do flash mob, ou seja, as pessoas reúnem-se em determinado local previamente divulgado pelas mídias sociais, praticam uma atividade inusitada e logo em seguida, dispersam-se na multidão. Na maioria dos casos, a atividade realizada remete à razão pela qual os participantes estão protestando. Essa nova forma de manifestação política é muito eficaz, uma vez que sua rápida divulgação e realização dificulta a ação repressiva das autoridades. Além disso, o fato de os participantes estarem engajados em alguma ação inusitada chama a atenção para a causa do protesto. As greves e manifestações em geral não despertam tanta curiosidade como os Smart Mobs, o que contribui para que um número maior de pessoas familiarize-se com o motivo da reivindicação.

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Popularização

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A revista Wired News escreveu um artigo sobre o segundo mob e blogueiros espalharam pela Internet —– através do país e do mundo —– de forma interessante e diferente do que o criador do movimento havia imaginado. Segundo Bill Wasik, o movimento era antimanifestação e antipolítico —– uma crítica cínica à atmosfera cultural de conformidade e de sempre querer fazer parte da “próxima moda grandiosa”. No entanto, em outros lugares o mob começou a caracterizar-se como happening, expressando oposição à corporações e decisões políticas, tornando-se realmente um movimento em si para desorganizar e romper espaços grandes e comerciais.[36]

A popularização do movimento deu-se principalmente pelo sucesso da Internet. Segundo Bill, as pessoas gostaram de flash mob por ter um componente online, permitindo-as verem as comunidades virtuais manifestarem-se fisicamente e literalmente.

Ainda segundo Bill, a mídia ajudou a espalhar o flash mob, através da imprensa norte-americana com incessantes artigos, taxando-o como movimento. O termo é frequentemente usado para qualquer forma de smart mobs como protestos,[37] ataque de negação de serviço de Internet colaborativo;[38] assim como aplicando em estratégia de marketing, como por exemplo aplicando em aparências promocionais de uma cantora pop[39] ou através de campanhas publicitárias.[40]

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Urban Playground

Nascido do flash mob este movimento também acontece quando pessoas comunicam-se via Internet ou algum meio de comunicação móvel e juntam-se a fim de atingir um mesmo objetivo, porém o Urban Playground quer simplesmente usar o espaço urbano para promover encontros onde as pessoas possam divertir-se, como uma batalha de bolhas de sabão, uma gigantesca luta de travesseiros, um picnic e outros.[41]

Este movimento diferencia-se de um flash mob pois as pessoas não permanecem no local por alguns instantes e logo depois dispersam-se; estes eventos podem durar horas, o que dá mais chance de que os participantes se conheçam. Há também um objetivo por trás das reuniões, que é fazer com que as pessoas pratiquem atividades e percam os hábitos sedentários, fazendo do urban playground parte da cultura das pessoas.[42]

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Referências

  1. «Va-va-voom is in the dictionary». BBC. 8 de julho de 2004. Consultado em 5 de maio de 2010
  2. «definition of flash mob from Oxford English Dictionaries Online». Oxford University Press. 8 de julho de 2004. Consultado em 9 de maio de 2010. Arquivado do original em 10 de maio de 2011
  3. Athavaley, Anjali (15 de abril de 2008). «Students Unleash A Pillow Fight On Manhattan». Wall Street Journal. Consultado em 19 de maio de 2008. Arquivado do original em 11 de janeiro de 2009
  4. Fitzgerald, Sean D. (21 de março de 2008). «International Pillow Fight Day: Let the feathers fly!». National Post. Canada. Consultado em 19 de maio de 2008 [ligação inativa]
  5. Judith A. Nicholson. «Flash! Mobs in the Age of Mobile Connectivity». Fibreculture Publications/Open Humanities Press. Consultado em 15 de julho de 2009. Arquivado do original em 2 de dezembro de 2010
  6. «Time Freezes in Central London». ABC News. 30 de abril de 2008. Consultado em 25 de janeiro de 2009
  7. Sandra Shmueli (8 de agosto de 2003). «'Flash mob' craze spreads». CNN
  8. «Manifestul Aglomerarilor Spontane / A Flashmob Manifesto». 5 de dezembro de 2004. Consultado em 27 de dezembro de 2011. Arquivado do original em 9 de fevereiro de 2007
  9. Ed Fletcher (23 de dezembro de 2010). «Failed choral 'flash mob' may not have qualified for term». Toronto Star. Consultado em 30 de dezembro de 2010
  10. Annie Vaughan (18 de junho de 2011). «Teenage Flash Mob Robberies on the Rise». Fox News. Consultado em 18 de junho de 2014
  11. Erin Skarda (12 de maio de 2011). «Flash Mobs Turned Criminal: The Rise of Flash Robberies». Time. Consultado em 18 de junho de 2014
  12. Bill Wasik (11 de novembro de 2011). «'Flash Robs': Trying to Stop a Meme Gone Wrong». Wired. Consultado em 19 de junho de 2014
  13. «'Step Up Revolution' Director, Choreographers Talk Flash Mob Attraction and Former Martial Artist Ryan Guzman's Debut». The Hollywood Reporter (em inglês). 26 de julho de 2012. Consultado em 25 de maio de 2020
  14. Wasik, Bill (janeiro de 2012). «#Riot: Self-Organized, Hyper-Networked Revolts—Coming to a City Near You». Wired. Consultado em 22 de janeiro de 2012
  15. Goldstein, Lauren (10 de agosto de 2003). «The Mob Rules». Time. 162 (7 - April 18, 2003). ISSN 0040-781X. OCLC 1767509. Consultado em 8 de maio de 2021
  16. Wasik, Bill (março de 2006). «My Crowd, or, Phase 5: A report from the inventor of the flash mob» (Subscription). Harper's Magazine. March 2006. pp. 56–66. ISSN 0017-789X. OCLC 4532730. Consultado em 2 de fevereiro de 2007
  17. Bedell, Doug. "E-mail Communication Facilitates New 'Flash Mob' Phenomenon", Knight Ridder Tribune Business News, July 23, (2003)
  18. McMartin, Pete (12 de julho de 2008). «Waterfight in Stanley Park, but are flash mobs starting to lose their edge?». Canwest Publishing Inc. Consultado em 14 de julho de 2008. Arquivado do original em 14 de julho de 2008
  19. Ian Urbina (24 de março de 2010). «Mobs Are Born as Word Grows by Text Message». The New York Times. Consultado em 30 de dezembro de 2010
  20. Nold, Christian (2003). "Legible Mob". p. 23.
  21. Grossman, Lev, (June 13, 2012). "Lord of the Ringworld: In Praise of Larry Niven". Time.
  22. Cosmic Trigger III, Robert Anton Wilson, 1995, New Falcon Publications
  23. Chris Taylor (3 de março de 2003). «Day of the smart mobs». CNN
  24. Fitzgerald, Sean D. (21 de março de 2008). «International Pillow Fight Day: Let the feathers fly!». National Post. Consultado em 19 de maio de 2008
  25. MURPHY, Dean E. “Last car. Geek Party. Spread the Word”. The New York Times Acesso em 15/06/2008.
  26. COJO. “Halloween Subway Party 10-31-03”. Acessado em 15/06/2008.[ligação inativa]
  27. KEMBLE, Gary. “They came, they saw, they lurched”.
  28. Andrea Neves. "Flash Mob". Flash Mob Arquivado em 29 de julho de 2013, no Wayback Machine. Acessado em 15/05/2012.
  29. «International Samba Day». Consultado em 9 de setembro de 2016. Arquivado do original em 15 de setembro de 2016 Acessado em 09/09/2016.
  30. KRIEEV, Oleg. “Russian Flash Mob”. Acesso em 15/06/2008.
  31. RHEINGOLD, Howard. “Ice cream politics: flah mob in Belarus” Acesso em 15/06/2008.
  32. SCHIECK, Monica. "Flash Mob: da interação em rede à intervenção urbana" Acesso em 22/11/2012. Arquivado em 4 de março de 2016, no Wayback Machine.
  33. HEANEY, Francis. “The Short Life of Flash Mobs”, StayFree! Magazine. Arquivado em 17 de junho de 2008, no Wayback Machine. Acesso em 02-06-2008).
  34. «Putin protest by flash mob». BBC News. 28 de fevereiro de 2004. Consultado em 3 de maio de 2007
  35. Musil, Steven (11 de fevereiro de 2005). «This week in Web threats: The Internet is always good for a little fear and loathing». CNET News. CNET. Consultado em 3 de maio de 2007
  36. Gardner, Elysa (27 de fevereiro de 2004). «Avril Lavigne, in the flesh, at 'flash mob' appearances». USA Today. Consultado em 3 de maio de 2007
  37. “Limão reúne 2 mil internautas para participar de novo comercial”, Portal Imprensa, 06-06-2008. Arquivado em 12 de junho de 2008, no Wayback Machine. Acesso em 15-06-2008).
  38. ATHAVALEY, Anjali. “Students Unleash a Pillow Fight on Manhattan”. The Wall Street Journal. Acessado em 15/06/2008.
  39. Newmindspace. The urban playground movement.Acesso em 16/06/2008.
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Bibliografia

Ligações externas

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