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Gottfried Achenwall

historiador e jurista alemão Da Wikipédia, a enciclopédia livre

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Godofredo Achenwall (Elbing, Alemanha, 20 de outubro de 1719Göttingen, Alemanha, 1 de maio de 1772)[1] foi um historiador, jurista e estatístico alemão, reconhecido por ser o primeiro a dar um caráter distinto à ciência da estatística.[2]

Factos rápidos
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Biografia

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Achenwall era filho de um vendedor. Depois de frequentar o ginásio local, a partir de 1738 estudou filosofia, história e direito em três universidades localizadas na Alemanha central, Jena, Halle e Leipzig. Em 1743, começou a trabalhar como tutor particular em Dresden e, três anos depois, mudou-se para Marburgo, onde trabalhou como professor particular (em alemão: Privatdozent).[3]

Através de um velho amigo, Achenwall soube de uma posição aberta na Universidade de Göttingen — à época a instituição de ensino mais renomada e moderna da Alemanha — onde, a partir de 1748, passou a ensinar filosofia,[3] e permaneceu até sua morte, em 1772.[4] Em 1754, começou a palestrar na faculdade de direito, onde seus temas favoritos eram o direito natural, o direito internacional, a estatística (em alemão: Staatenkunde), e a história européia. Em aulas dedicadas à discussão de notícias e eventos da atualidade recente (em alemão: Zeitungskollegien), ele também debatia os eventos ligados à política externa.[3] Foi também em Göttingen que Achenwal fundou a Escola de Estatística, cujo membro mais eminente foi o acadêmico alemão August Ludwig von Schlözer.[1]

Apesar de ter-se casado em 1752, sua esposa veio a falecer em 1754, sem que o casal tivesse filhos.[1]

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Contribuições para a Estatística

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Achenwall deu continuidade ao trabalho de Hermann Conring, pai da ciência política (em alemão: Staatswissenschaft), se tornando primeiro intelectual a apresentar essa tradição de forma sistemática e na língua alemã, em vez de latim. Ambos acreditavam que o objetivo da estatística era descrever aspectos como clima, localização geográfica, estrutura política, economia, população e história de um estado. No entanto, não se buscava identificar relações entre variáveis quantitativas. Para Achenwall, "estatística" era, na verdade, a descrição abrangente das características sócio-político-econômicas de um país.[1]

Portanto, no semestre do verão de 1748, quando Achenwall palestrou pela primeira vez sobre estatística na Universidade de Göttingen, uma tradição de décadas a respeito do tema já estava estabelecida, de forma que ele não alegou ter criado algo novo com suas palestras sobre o assunto. Apesar de, em sua época, Conring não ter utilizado o termo "estatística" durante suas aulas, esta nomenclatura foi empregada, no máximo, pelo professor de Achenwall, Martin Schmeitzel.[5] Assim, Achenwall não foi responsável pela invenção do nome, nem da matéria "estatística", entendida como a aquisição científica de um status quo nacional. Seu papel como pai desta disciplina acadêmica é muito mais humilde, e limitado ao desenvolvimento de um entendimento mais empírico da política, contrastando com o entendimento deveras abstrato e irrealista do estado, encontrado na filosofia Wolffiana sobre o direito natural. Embora a base ainda permaneça o direito natural, a teoria do Estado é mediada mais fortemente do que antes por condições políticas contemporâneas e muitas vezes variáveis.[5]

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Obras

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Achenwall escreveu diversos livros sobre história europeia, direito internacional e economia política. Seu principal objetivo era identificar os eventos que moldaram o caráter e a situação política dos países. Sua maior contribuição foi desenvolver e dar forma a uma nova ciência que analisa sistematicamente as forças ativas de um Estado e suas fontes de prosperidade física e moral, à qual decidiu chamar de estatística.[4]

Sua obra mais relevante foi o Abriß der neuen Staatswissenschaft der vornehmen Europäischen Reiche und Republiken (em português: Esboço da nova ciência política dos nobres impérios e repúblicas europeus), publicado em 1749, título que nas edições subsequentes seria alterado para Staatsverfassung der Europäischen Reiche im Grundrisse (em português: Constituição dos Impérios Europeus em linhas gerais).

Publicações

  • Abriß der neuen Staatswissenschaft der vornehmen Europäischen Reiche und Republiken, 1749, cujo título foi posteriormente alterado, nas edições seguintes,para Staatsverfassung der Europäischen Reiche im Grundrisse, 1752 ff.
  • Naturrecht, 1750, 1753 (junto com Johann Stephan Pütter)
  • Jus Naturae, 2 vol., 1755–56 ff, sétima edição em 1781 com prefácio escrito por Johann Henrick Christian de Selchow.
  • Grundsätze der Europäischen Geschichte, zur politischen Kenntnis der heutigen vornehmsten Staaten, 1754, segunda edição, de 1759, intitulada Die Geschichte der heutigen vornehmsten Staaten im Grundrisse, quinta edição, 1779
  • Entwurf der Europäischen Staatshändel des 17. und 18. Jahrhunderts, 1756, quarta edição, 1759
  • Staatsklugheit nach ihren ersten Grundsätzen, 1761, quarta edição, 1759
  • Juris gentium Europaei practici primae lineae, 1775, inacabado.

Bibliografia

Referências

  1. Johnson, Norman L.; Kotz, Samuel (26 de setembro de 2011). Leading Personalities in Statistical Sciences: From the Seventeenth Century to the Present (em inglês). [S.l.]: John Wiley & Sons. p. 5. Consultado em 14 de agosto de 2025
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