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Graham Greene
escritor inglês Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Henry Graham Greene (Berkhamsted, 2 de outubro de 1904 – Vevey, 3 de abril de 1991), mais conhecido como Graham Greene, foi um jornalista e escritor britânico, com uma obra composta de romances, contos, peças teatrais e críticas de literatura e de cinema.
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Biografia
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Formou-se na Universidade de Oxford, e começou sua carreira como jornalista trabalhando como repórter e subeditor do The Times. Publicou cerca de 60 romances.
Ao longo de sua vida, Greene esteve em vários países bem distantes da Inglaterra, aos quais ele se referia como lugares selvagens e remotos do mundo. Em 1935, visitou a África (especialmente Serra Leoa e Libéria), onde, além de buscar material para seus artigos do Times e para um futuro livro (Journey Without Maps), também prestou serviços à Anti-Slavery and Aborigines' Protection Society [1][2]
As viagens o levaram a ser recrutado pelo MI6, o serviço secreto britânico, por meio de sua irmã, Elisabeth, que trabalhava para a organização, e ele foi enviado para Serra Leoa durante a Segunda Guerra Mundial.[3] Assim, de 1941 a 1943, ele trabalhou para a inteligência britânica, em Freetown. Muitos de seus romances, a partir de então, tiveram como tema ou pano de fundo a espionagem. Kim Philby (que posteriormente descobriu-se ser um agente duplo, ao serviço da KGB) era seu supervisor no MI6 e seu amigo.[4][5] Posteriormente, Greene escreveria o prefácio do livro de memórias de Philby, My Silent War (1968).
Em seus romances, o escritor retrata pessoas que encontrou e lugares onde viveu. Deixou a Europa pela primeira vez aos 30 anos de idade, em 1935, rumo à Libéria. Essa viagem seria a inspiração para o livro Journey Without Maps.[6] Sua viagem ao México em 1938, para observar os efeitos da campanha anticatólica do governo, que promovia a secularização forçada, foi paga pela editora Longman[7] e assunto de dois livros.
O seu primeiro livro de sucesso foi Stamboul Train (1932). Dentre outras obras, incluem-se O Poder e a Glória (1940), Our Man in Havana (1958, "Nosso homem em Havana"br e "O Nosso Agente em Havana"pt) e O Fator Humano (1978). Muitas de suas obras foram transformadas em filmes, como por exemplo O Ídolo Caído. Suas obras falam muito de situações políticas de países pouco conhecidos e aos quais viajava frequentemente, como Cuba e Haiti.
Outra temática frequente em sua obra é a religião. Tendo se convertido ao catolicismo em 1926, os dilemas morais e espirituais de sua época eram representados por intermédio de suas personagens. Graham Greene era considerado o maior 'escritor católico' da Grã-Bretanha, apesar de sua resistência em ser retratado dessa maneira.
Existem peças teatrais de sua autoria, como "O amante complacente" (The Complaisant Lover), 1959, publicado no Brasil em 1966 pela Editora Itatiaia, "O galpão do jardim" (The potting shed — 1956–1957), "O living room" (The linving room), 1958, "Esculpindo uma estátua", em espanhol Tallando una estatua (Carving a statue), 1964.
Foi também autor de quatro livros infantis: O Pequeno Comboio (1946), O Pequeno Carro de Bombeiro (1950), O Pequeno Ônibus a Cavalos (1952) e O Pequeno Rolo Compressor a Vapor (1953).
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Greene e Shirley Temple
Em 1937, Greene era editor da revista literária britânica Night and Day e escreveu uma crítica sobre o filme Wee Willie Winkie (1937), estrelado por Shirley Temple, então com oito anos. O texto assinalava a coqueteria da pequena atriz e o efeito que ela provocava entre homens de meia idade e clérigos. Em consequência desse comentário, Greene foi alvo de um processo judicial movido pela Twentieth Century Fox.[8] Temendo ser preso, o escritor refugiou-se no México, país que não permitia a extradição — e que inspiraria seu livro The Power and the Glory. Afinal, a justiça decidiu em favor do estúdio — concordando com o advogado dos demandantes, que se referiram à resenha de Greene como "uma das calúnias mais horríveis que se pode imaginar". Assim, foi fixada uma indenização de 3 500 libras, das quais £ 500 saíram do bolso de Greene. O restante foi pago pela revista.[9]
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Obras
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Perspectiva
Coletâneas publicadas em Português
A obra A obra ensaios católicos[13] possui a seguinte divisão:
A obra Uma sensação de realidade[14] possui a seguinte divisão:
A obra Os melhores contos de Graham Greene[15], possui a seguinte divisão:
A obra Reflexões[16] possui a seguinte divisão:
A obra A última palavra[17] possui a seguinte divisão:
A obra Santos e pecadores: ensaios escolhidos[21] possui a seguinte divisão:
Coletâneas publicadas em Espanhol
A obra Un mundo propio: diario de sueños[22] possui a seguinte divisão:
A obra La defensa[23] possui a seguinte divisão:
Coletâneas publicadas em Inglês
A obra The lost childhood and other essays[24] possui a seguinte divisão:
Observação: No quadro "Obras", as informações quanto ao título em português e nome do(a) tradutor(a) foram pesquisadas em exemplares dos próprios livros ou ainda em registros disponibilizados on-line pela Biblioteca Nacional do Brasil, seja da Biblioteca Nacional de Portugal.
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Referências
- Butcher, Tim Chasing the Devil: The Search for Africa's Fighting Spirit , p. 6 (carta de um funcionário do Ministério das Relações Exteriores, sobre o plano de Graham Greene de visitar a Libéria, 20 de dezembro de 1934).
- On Reading Graham Greene in Liberia in a Time of Ebola. Por Brian Castner. Los Angeles Review of Books, 20 de fevereiro de 2015.
- Christopher Hawtree. "A Muse on the tides of history: Elisabeth Dennys". The Guardian, 10 de fevereiro de 1999.
- Robert Royal (novembro de 1999). «The (Mis)Guided Dream of Graham Greene». First Things. Consultado em 2 de junho de 2010
- «BBC – BBC Four Documentaries – Arena: Graham Greene». BBC News. 3 de outubro de 2004. Consultado em 2 de junho de 2010
- Butcher, Tim (2010). «Graham Greene: Our Man in Liberia». History Today Volume: 60 Issue: 10. Consultado em 13 de novembro de 2019.
insisted this trip, his first to Africa and his first outside Europe
- Graham Greene, Uneasy Catholic. Times Literary Supplement, 22 de agosto de 2006.
- Was Graham Greene right about Shirley Temple? Por Alexander Chancellor. The Spectator, 22 de fevereiro de 2014.
- What Was the Deal With Graham Greene Calling Shirley Temple "a Fancy Little Piece"? Por L.V. Anderson. Slate, 12 de fevereiro de 2014.
- Consta que seria o nº 3 da Coleção Máscaras, da Editora Itatiaia, conforme página 5 no nº 1 dessa coleção, O galpão do jardim, do mesmo Graham Greene - não tendo sido localizado nenhum exemplar para conferir, e, nos registros da Biblioteca Nacional consta que o nº 3, da Coleção máscaras, da Editora Itatiaia é Oh! Oh! Oh! Minas Gerais, de Jonas Bloch e Jota Dângelo, de modo a levar à conclusão que não chegou a ser publicado naquela oportunidade
- Greene, Graham, A última palavra e outras histórias, Editora Record, Rio de Janeiro-São Paulo: 1990, p. 4
- «God beneath the banalities». The Guardian. 24 de dezembro de 2005. Consultado em 17 de maio de 2017
- Ática, Lisboa, 1959, 96 p., Tradução de João Albuquerque
- Editora Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, tradução de Fernando de Castro Ferro, na série [Biblioteca do Leitor Moderno], volume 46, 1964
- Editora Arcádia, Lisboa/Portugal, tradução de Ana de Freitas, na Coleção Antologias, volume 7
- ISBN 978-0000-17099-6, Record, Rio de Janeiro, tradução de Waltensir Dutra, 1993
- ISBN 85-01-04463-6, Record, Rio de Janeiro/São Paulo, tradução de Raffaella de Filippis, 1995
- Foi transformado em filme com o título Went the Day Well? (No Brasil Quarenta e oito horas), em 1942, pelo cineasta brasileiro Alberto Cavalcanti (1897-1982), segundo nota da tradução no prefácio da obra, bem como nas "orelhas" do livro, assinadas por João Domenech Oneto
- Publicado antes também em Nineteen stories, de 1947, segundo o prefácio do livro
- Publicado originalmente em 1929 no Oxford Outlook
- Livros do Brasil, Lisboa/Portugal, tradução de Miguel Freitas da Costa, 2019
- Perfil Libros Bitácora, Buenos Aires/Argentina, tradução de Carlos Gamerro, 1998, 98 p.
- ISBN: 848130073X, pela Colección 'Las novelas del verano' do jornal El Mundo e pela revista Unidad, volume 37, Madrid. 1998, 95 p., Traducción de Jorge Casellas, Antonio Padilla, Carles Serrat.
- Penguim, Austrália, 1962, 231 p.
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