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Heliconiínos

tribo da ordem Lepidoptera Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Heliconiínos
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Heliconiínos (cientificamente denominados Heliconiini; ex família Heliconidae[5][6][7]) são uma tribo de insetos da ordem Lepidoptera, família Nymphalidae e subfamília Heliconiinae[3], classificada por William John Swainson no ano de 1822[4] e quase exclusivamente restrita à região neotropical das Américas.[8] São mais ou menos cem espécies catalogadas de borboletas; quatro também encontradas no sul dos Estados Unidos, duas destas dentro de seu principal gênero, Heliconius.[6][9] Suas envergaduras variam entre cinco e dez centímetros.[6]

Factos rápidos Heliconiini, Classificação científica ...
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Características principais de borboletas Heliconiini

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Perspectiva

As espécies desta tribo, em seu estágio de lagarta, se alimentam de plantas trepadeiras do gênero Passiflora (família Passifloraceae)[6][7][8] e algumas são reconhecidas pragas agrícolas de maracujás cultivados.[2] Os adultos estão protegidos da predação por seus fluidos corporais nauseabundos, que os tornam impalatáveis[6], proporcionando-lhes, principalmente nos gêneros Eueides, Neruda, Heliconius e Laparus[3][4], um formato de asas estreito e um voo lento. Por tais propriedades, as espécies e subespécies adquirem uma coloração de advertência, ou aposemática, combinando o negro com o vermelho, laranja, amarelo e azul. Tais combinações se tornam um modelo, através de seleção natural, para outras espécies e subespécies de um mesmo gênero ou para espécies de gêneros e famílias distintos, tornando esta tribo de difícil identificação[6] e intensamente envolvida em padrões de mimetismo.[4][7]

Outro pequeno grupo de Heliconiini se caracteriza por apresentar a predominância de um forte amarelo ou laranja (com ou sem manchas prateadas) sobre suas asas, incluindo as espécies Agraulis vanillae, Dryadula phaetusa, Dryas iulia, Eueides aliphera, Eueides lybia e o gênero Dione. Outro grupo menor reúne as espécies do gênero Philaethria, com padrões de asas em verde ou verde-azulados[6] que só podem lhes fazer ser confundidas com o seu mímico, Siproeta stelenes (Nymphalidae; Nymphalinae).[10]

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Dimorfismo sexual

O dimorfismo sexual pouco ocorre nesta tribo, com exceção da rara Heliconius nattereri, da região sudeste do Brasil, em que machos e fêmeas apresentam diferentes colorações em suas asas[7], e de Eueides pavana[11], cujos machos e fêmeas imitam borboletas do gênero Actinote.[12][13][14]

Ovo, lagarta e crisálida

Os ovos são em forma peculiar de fuso ou em forma de garrafa e são colocados isoladamente. As lagartas são espinescentes e as crisálidas ficam suspensas, com a cabeça para baixo, nos caules de sua planta-alimento.[6] Às vezes elas são dotadas de compridos cornos.[8]

Habitat, hábitos e alimentação do adulto

Na América neotropical estas borboletas são encontradas em uma ampla variedade de habitats, da densa floresta primária até florestas secundárias e ambientes antrópicos, como campos, pastos ou parques e jardins de cidades.[7] Se alimentam do néctar de flores[4][15] e, mais raramente, de pólen[16] ou esterco fresco de mamíferos.[17] Em muitos casos elas voam em grupos nas clareiras ou para reunir-se em arbustos, onde passam a noite.[6]

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Gêneros de Heliconiini

De acordo com Markku Savela[3], Paul Smart, TOLWEB.

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Galeria de fotos

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Fotos de mímicos de Heliconiini

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Referências

  1. Zhang, Jing; Cong, Qian; Shen, Jinhui; Opler, Paul A.; Grishin, Nick V. (5 de novembro de 2019). «Changes to North American butterfly names» (PDF) (em inglês). The Taxonomic Report of the International Lepidoptera Survey. Volume 8 Number 2 (ZOBODAT). p. 5. 11 páginas. Consultado em 26 de novembro de 2021
  2. Fancelli, Marilene; Mesquita, Antonio Lindemberg Martins. «Sistemas de Produção Maracujá - Pragas / Pragas do Maracujazeiro». Centro de Informações Tecnológicas e Comerciais para Fruticultura Tropical / EMBRAPA. 1 páginas. Consultado em 26 de dezembro de 2017
  3. Savela, Markku. «Heliconiinae» (em inglês). Lepidoptera and some other life forms. 1 páginas. Consultado em 26 de dezembro de 2017
  4. Beltrán, Margarita; Jiggins, Chris; Wahlberg, Niklas; Brower, Andrew V. Z. (2013). «Heliconiini Swainson, 1822» (em inglês). Tree of Life Web Project. 1 páginas. Consultado em 26 de dezembro de 2017
  5. CARRERA, Messias (1980). Entomologia Para Você 5ª ed. São Paulo, Brasil: Nobel. p. 145. 185 páginas. ISBN 85-213-0028-X
  6. SMART, Paul (1975). The Illustrated Encyclopaedia of the Butterfly World, In Colour. Over 2.000 species reproduced life size (em inglês). London: Salamander Books Ltd. p. 180-187. 274 páginas. ISBN 0-86101-101-5
  7. D'ABRERA, Bernard (1984). Butterflies of South America (em inglês). Australia: Hill House. p. 91-106. 255 páginas. ISBN 0-9593639-2-0
  8. GOODDEN, Robert (1977). O Mundo Maravilhoso das Borboletas e Mariposas 1ª ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico S/A - indústria e comércio. p. 58-60. 96 páginas
  9. As quatro espécies citadas para o sul dos Estados Unidos são Agraulis vanillae, Dryas iulia, Heliconius charithonia e Heliconius erato ssp. petiverana; com Dryadula phaetusa aparecendo apenas ocasionalmente (SMART, Paul; Op. cit., p.264.).
  10. «Siproeta stelenes meridionalis (Fruhstofer, 1909)» (em inglês). Lepidoptera Brasiliensis. 1 páginas. Consultado em 26 de dezembro de 2017
  11. JIGGINS, Chris D. (2017). The Ecology and Evolution of Heliconius Butterflies (em inglês). Reino Unido: Oxford University Press - Google Books. ISBN 978-0-19-956657-0. Consultado em 26 de dezembro de 2017
  12. «Eueides pavana (Ménétriés, 1857)» (em inglês). Lepidoptera Brasiliensis. 1 páginas. Consultado em 26 de dezembro de 2017
  13. Pinedo, Cesar (24 de setembro de 2007). «Heliconius charitonia L.» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 26 de dezembro de 2017
  14. Hoskins, Adrian. «Zebra Longwing - Heliconius charithonia (Linnaeus, 1767)» (em inglês). Learn about butterflies. 1 páginas. Consultado em 5 de janeiro de 2018
  15. Brower, Andrew V. Z.; Beltrán, Margarita (2011). «Philaethria Billberg, 1820» (em inglês). Tree of life web project. 1 páginas. Consultado em 5 de janeiro de 2018
  16. SMART, Paul (Op. cit., p.264.).
  17. Savela, Markku. «Heliconius erato» (em inglês). Lepidoptera and some other life forms. 1 páginas. Consultado em 26 de dezembro de 2017
  18. Savela, Markku. «Heliconius melpomene» (em inglês). Lepidoptera and some other life forms. 1 páginas. Consultado em 26 de dezembro de 2017
  19. Brower, Andrew V. Z. (3 de maio de 2009). «Eresia lansdorfi (Godart, 1819)». Tree of Life Web Project. 1 páginas. Consultado em 26 de dezembro de 2017
  20. SMART, Paul (Op. cit., pp.78-79.).
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