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Joaquim Pimenta de Castro
político português (1846-1918) Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Joaquim Pereira Pimenta de Castro (Monção, Pias, 5 de novembro de 1846 – Lisboa, 14 de maio de 1918) foi um oficial militar, engenheiro e político português que se tornou brevemente Ministro da Guerra de Portugal, em 1911, e Presidente do Ministério em 1915, quando foi deposto do poder por um movimento militar liderado por Álvaro de Castro. Em seguida, retirou-se da política e escreveu um livro defendendo sua administração, morreu pouco tempo depois em Lisboa.
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Biografia
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Perspectiva
Joaquim Pimenta de Castro nasceu em 5 de outubro de 1846, em Pias, Monção. Era o quinto dos dezasseis filhos de Joaquim Pereira Pimenta de Castro, 6º morgado da Casa de Pias e 8º dos Pimentas e de D. Joana Cleofa Pereira de Castro Sousa Morim, administradora dos vínculos da Quinta do Crasto, em Valença, Quinta do Passadouro em Arcos de Valdevez e da Casa Alta em Ponte de Lima.
Iniciou sua carreira militar em 1867, graduando-se mais tarde em Matemática pela Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra.[1] Em 1874 foi capitão, atingindo o posto de general de brigada e em 1908 foi nomeado comandante da 3.ª Região Militar, no Porto.[1]
Foi ainda ajudante de campo de D. Manuel II, tendo também ocupado outros cargos administrativos a nível regional.[1]
Após a proclamação da República a 5 de outubro de 1910, foi ministro da Guerra,[2] por apenas dois meses, em 1911, tendo-se demitido do cargo devido a uma das incursões monárquicas de Henrique de Paiva Couceiro.
Como independente, foi escolhido pelo Presidente Manuel de Arriaga para ser presidente do Ministério (atual primeiro-ministro),[3] que governaria sem o parlamento, onde o Partido Democrático, liderado por Afonso Costa tinha a maioria. O seu governo, com o apoio do Partido Republicano Evolucionista e da União Republicana, e também de facções militares conservadoras, ficou no poder de 28 de Janeiro a 14 de Maio de 1915.
Tornou-se apegado pelo cargo e sob um governo "ditatorial" Pimenta de Castro destituiu o seu gabinete[4] e foi retirado do poder por um movimento militar a 14 de Maio de 1915 liderado por Álvaro de Castro,[5] com o apoio do Partido Democrático, que causou também a demissão do Presidente Manuel de Arriaga, sendo substituído pouco tempo depois em eleições por Teófilo Braga. Fruto do descontentamento popular face ao seu governo, na madrugada daquele dia desencadeou-se um grande alvoroço nas ruas de Lisboa.[4]
Retirou-se então da vida política, dedicando-se à escrita de um livro em sua defesa pessoal e justificando o seu governo, intitulado A Afrontosa Dictadura.[1] Joaquim Pimenta de Castro morreu em Lisboa a 14 de maio de 1918, recebendo muitos títulos políticos e militares, tendo sido sepultado no Cemitério dos Prazeres.[6]
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Referências
- «Pimenta de Castro». Porto Editora. Infopédia. Consultado em 5 de outubro de 2013
- Silva, Armando Malheiro da (2006). História de uma vida. [S.l.]: Imprensa da Univ. de Coimbra. ISBN 9728704534
- Dias Santos, Miguel (2010). A contra-revolução na I República, 1910-1919. [S.l.]: Imprensa da Univ. de Coimbra. ISBN 9892600762
- «Revolta de 14 de maio de 1915». Porto Editora. Infopédia. Consultado em 5 de outubro de 2013
- Matos, Norton (2005). Memórias e Trabalhos da Minha Vida, Volume 1. [S.l.]: Imprensa da Univ. de Coimbra. ISBN 9728704305
- «Livro de registo de óbitos da 4.ª Conservatória do Registo Civil de Lisboa (1918-05-04/1918-09-18)». digitarq.arquivos.pt. Arquivo Nacional da Torre do Tombo. p. 11, assento 836
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