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Partido do Progresso / Movimento Federalista Português

partido político de direita em Portugal Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Partido do Progresso / Movimento Federalista Português
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 Nota: Para outros significados, veja Partido do Progresso.

O Partido do Progresso (PP / MFP)[1] foi um partido político de direita, em Portugal, que nasceu a 6 de maio de 1974, no seio do Movimento Federalista Português (MFP) após o golpe do 25 de Abril. Seria ilegalizado na sequência da manifestação da Maioria Silenciosa a 28 de Setembro de 1974.

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Origem e Membros

Este partido inicialmente tenta mobilizar apoio dos que pretendem a continuação da união de Portugal ao Ultramar, o seu integracionismo de modo federalista, invocando a aplicação das teses do livro do general António de Spínola, Portugal e o Futuro.[2][3] Será depois do discurso do mesmo general Spínola de 27 de junho, reconhecendo o direito das colónias à independência, alterando o primitivo programa do MFA de 25 de abril de 1974, que o grupo passa a designar-se Partido do Progresso.[4]

Era presidido pelo Professor Doutor Fernando Pacheco de Amorim[5] e teve entre os principais aderentes os "nacionalistas revolucionários" ligados à Cooperativa Cidadela, ativa em Coimbra e Porto e que era dirigida por José J. Sampaio Nora; o Comité Nacional de Ação Revolucionária (CNAR) do Porto, dirigido por Fernando José Allegro; membros da Associação Programa, como José Vale de Figueiredo; monárquicos da Liga Popular Monárquica e ex-membros da ANP.[6] Nesses constam como mais ativos José Miguel de Alarcão Júdice, Nuno Cardoso da Silva, Luís de Oliveira Dias, José da Costa Deitado,[2] Diogo Miranda Barbosa, Francisco Caldeira Cabral[7] e Luís Sá Cunha.[8]

Como consultor teriam Clifton White, diretor de campanhas políticas como às presidenciais norte-americanas de Barry Goldwater em 1964, de nomeação republicana de Ronald Reagan em 1968 e de Jesse Helms ao senado em 1972.[9]

O Partido do Progresso seria financiado pelo BESCL (antecessor do BES).[9]

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Atividades

Para se apresentar às primeiras eleições nacionais fez uma coligação eleitoral com o Partido Liberal (PL) e o Partido Trabalhista Democrático Português (PTDP), denominada Frente Democrática Unida (FDU). E que, na sequência da chamada Crise Palma Carlos,[10] eles mais o Movimento Popular Português (MPP), no dia 10 de julho, apresentam ao Presidente da República uma resolução conjunta para denunciar o isolamento a que estão obrigados, quer em termos de expressão através dos meios de comunicação, quer em termos de representação no Governo provisório.[8]

Ainda em Junho o MFP e o PL constituem a Fundação para a Difusão de Conhecimentos Políticos, Sociais e Económicos (DICOPSE). Entre os seus objectivos está a publicação da revista Bandarra e a realização de actividades de apoio a organizações de direita.[10]

Tinha como órgão informativo um jornal, designado por Tribuna Popular, cujo diretor era Joaquim Miguel Seabra Ferreira[11] e iniciado a 24 de julho.[2]

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Ilegalização

Este pouco depois foi proibido e perseguido a seguir à manifestação conhecida pela maioria silenciosa, gorada a 28 de setembro do mesmo ano, apesar de ser um dos seus críticos a que chamou à mesma um acto de "oportunismo aventureiro ou total irrealismo".[12]

Na sua sede, três andares num prédio na Av. Infante Santo, militares do COPCON encontram a 2 de outubro de 1974 um arsenal de:[9]

  • 200 pistolas-metralhadoras;
  • 600 mil munições diversas;,
  • 5500 granadas;
  • dezenas de outras armas;
  • máscaras de gás, correntes, matracas e barras de ferro;
  • centenas de garrafas para se tornarem em cocktails de molotov.

Mesmo após a ilegalização continuaria a receber financiamento do BESCL.[9]

Referências

  1. Com base na rede da Associação Programa e na alternativa federalista, que tinha já entusiasmado alguns dos líderes do nacionalismo revolucionário estudantil (que pretendia a criação de um Ultramar Português com base numa federação de países de expressão portuguesa, contra a ideia colonialista de Oliveira Salazar e depois de Marcelo Caetano), esta componente funda, logo no dia 26 de abril, o Movimento Federalista Português (MFP). Apresentado oficialmente no dia 4 de maio de 1974, é um dos primeiros movimentos políticos que se constitui, demonstrando assim a capacidade operativa dos seus animadores. Com núcleos em várias localidades do Centro-Norte de Portugal, o MFP estreita contactos com os movimentos da África lusófona favoráveis à manutenção de laços com a Metrópole portuguesa, nomeadamente a Associação Cívica Pró-Angola, a Frente Nacionalista Angolana, o Movimento Federalista de Moçambique, Movimento Federalista de Timor, a Liga Popular dos Guinéus e a União Democrática de Cabo Verde. - As Direitas Radicais na Transição Democrática Portuguesa (1974-1976), Riccardo Marchi, Ler História, nº 63, 2012, posto online no dia 09 Abril 2015, consultado no dia 13 Dezembro 2016
  2. Carvalho, Miguel (2017). Quando Portugal ardeu. Histórias e segredos da violência política no pós-25 de Abril. [S.l.]: Oficina do Livro.
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Ligações externas

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