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Oiá
entidade das religiões de matrizes africanas Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Oiá[1] (em iorubá: Oyá),[2] também chamada Iansã, é uma das principais divindades femininas do panteão iorubá. É o orixá dos ventos, raios e tempestades, sendo a única capaz de controlar os Eguns (espíritos dos mortos), poder que lhe foi concedido por Obaluaiê.
Mitologia e lendas
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Perspectiva
Sua denominação provém do nome do rio na Nigéria, onde seu culto é realizado, atualmente chamado de rio Níger. É uma divindade do fogo, como Xangô, mas também é relacionada ao elemento ar, regendo os raios. É uma das divindades que, ao lado de Airá e Afefê Icu[3] (o vento da morte), domina os ventos.
Costuma ser reverenciada antes de Xangô, como o vento personificado que precede a tempestade. Assim como a Orixá Obá, Oiá também está relacionada ao culto dos mortos, onde recebeu de Xangô a incumbência de guiá-los a um dos nove céus de acordo com suas ações. Para assumir tal cargo recebeu do feiticeiro Oxóssi uma espécie de eruquerê especial, chamado de Eruexim, com o qual estaria protegida dos Eguns.
O nome Iansã trata-se de um título que Oiá recebeu de Xangô, que faz referência ao entardecer. Iansã quer dizer A mãe do céu rosado ou A mãe do entardecer. Era como ele a chamava pois dizia que ela era radiante como o entardecer.
É saudada como "Iyá-mésàn-òrun" (Mãe dos nove céus).[4]
Domínio sobre os mortos
Oiá obteve o domínio sobre os mortos após dançar para Obaluaiê. Comovido por sua compaixão e coragem, ele lhe concedeu autoridade sobre os Eguns. Essa lenda reforça sua ligação com a morte e com os processos de transição espiritual.
Os nove filhos
Após enfrentar dificuldades com a infertilidade, Oiá consultou um babalawo, que lhe recomendou um sacrifício com 18 mil búzios, tecidos coloridos e carne de carneiro. O ritual resultou no nascimento de nove filhos, o que lhe rendeu o título de Iansã — "Mãe dos Nove".
Rituais secretos
Uma narrativa conta que Oiá liderava rituais secretos das mulheres na floresta, usando um macaco disfarçado para assustar os homens. Quando Ogum descobriu, os homens retomaram o culto, mas ainda reconheceram Oiá como sua fundadora, chamando-a de Oiá Igbalé.
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Caminhos de Oiá
Diz-se que Oiá manifesta-se em 23 avatares ou caminhos, entre eles:
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Arquétipo
Acredita-se que suas filhas, ou mulheres que tenham Iansã próximo de si na Terra, são mulheres sensuais, ousadas, falam o que pensam e sofrem muito, especialmente no amor. São mulheres que batalham, trabalham incansavelmente, são guerreiras, lutam como peões. Geralmente essas mulheres cuidam de tudo sozinhas, até dos filhos.
Oya na diáspora
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Brasil
Os devotos costumam lhe oferecer sua comida favorita, o àkàrà (acarajé), ekuru e abará.
O acarajé, um bolinho frito feito com feijão-fradinho moído e temperos, é tanto uma comida ritual quanto uma iguaria típica da Bahia. Em rituais, uma versão simples e sem tempero é oferecida à Oiá, enquanto a versão recheada é vendida nas ruas. Também são comuns as oferendas de berinjela, chocolate amargo, amoras e certos pudins.
No candomblé a cor utilizada para representá-la é o marrom, ainda que seja mais identificada com a cor rosa. No Brasil houve uma grande distorção com relação às suas regências e origens.
Inhansã ou Oiá, como é também chamada no Brasil, é uma divindade da Mitologia iorubá associada aos ventos e às águas, sendo companheira de Xangô, o senhor dos raios e tempestades.
É saudada como "Iya mesan lorun", título referente à incumbência recebida como guia dos mortos. Iansã é associada à sensualidade, dos Orixás femininos é uma das mais guerreiras e imponentes.
Sete folhas mais usadas para Oiá
Salvador
Em Salvador, Oiá ou Iansã é sincretizada com Santa Bárbara, que é madrinha do Corpo de Bombeiros e padroeira dos mercados. É homenageada no dia 4 de dezembro na Festa de Santa Bárbara da Igreja Católica. É um grande evento sincrético, composto de missa, procissão feita por católicos e praticantes do Candomblé,[5] além das festas nos terreiros, o caruru de Iansã, samba de roda e apresentação de grupos de capoeira e maculelê.
Cuba
Oiá é sincretizada na Santeria cubana com imagens católicas de Nossa Senhora da Candelária ou Nossa Senhora da Anunciação e Santa Teresa.
Haiti
Na Santeria haitiana, Obaluaiê e Oiá são os patronos da loucura. [6]
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Ver também
Galeria
- Escultura de Iansã no Parque da Catacumba, Rio de Janeiro
- Quartel dos Bombeiros em Salvador, sob proteção de Santa Bárbara/Iansã
- Acarajé, alimento ritual associado a Iansã
Referências
- «A Bahia de Santa Bárbara». Consultado em 22 de julho de 2007. Arquivado do original em 22 de novembro de 2005
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Ligações externas
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