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Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico

organização económica internacional Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico
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Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (português brasileiro) ou Económico (português europeu) (OCDE; em francês: Organisation de coopération et de développement économiques, OCDE) é uma organização econômica intergovernamental com 38 países membros,[1] fundada em 1961 para estimular o progresso econômico e o comércio mundial.

Factos rápidos Tipo, Fundação ...

É um fórum de países que se descrevem comprometidos com a democracia e a economia de mercado, oferecendo uma plataforma para comparar experiências políticas, buscar respostas para problemas comuns, identificar boas práticas e coordenar as políticas domésticas e internacionais de seus membros. A maioria dos membros da OCDE é formada por economias de alta renda com um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) muito alto e consideradas países desenvolvidos. Em 2017, os países membros da OCDE representavam coletivamente 62,2% do PIB nominal global (49,6 trilhões de dólares)[2] e 42,8% do PIB global (54,2 trilhões de dólares internacionais) por paridade de poder de compra.[3] A organização é um observador oficial das Nações Unidas.[4]

Em 1948, a OCDE se originou como a Organização para a Cooperação Econômica Europeia (OCEE),[5] liderada por Robert Marjolin, da França, para ajudar a administrar o Plano Marshall (que foi rejeitado pela União Soviética e seus Estados satélites).[6] Isso seria alcançado alocando a ajuda financeira dos Estados Unidos e implementando programas econômicos para a reconstrução da Europa após a Segunda Guerra Mundial. (Ajuda de reconstrução semelhante foi enviada à República da China, devastada pela guerra, e à Coreia do pós-guerra, mas não com o nome "Plano Marshall".)[7]

Em 1961, a OCEE foi transformada na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico e a adesão foi estendida a países não europeus.[8][9] Sua sede fica no Château de la Muette, em Paris, França.[10] A OCDE é financiada por contribuições dos países membros a taxas variadas e teve um orçamento total de 374 milhões de euros em 2017.[11]

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História

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Perspectiva

Organização para a Cooperação Econômica Europeia

A Organização para a Cooperação Econômica Europeia (OCEE) foi formada em 1948 para administrar a ajuda americana e canadense no âmbito do Plano Marshall para a reconstrução da Europa após a Segunda Guerra Mundial.[12] Iniciou suas operações em 16 de abril de 1948 e teve origem no trabalho realizado pelo Comitê de Cooperação Econômica Europeia em 1947, em preparação ao Plano Marshall. Desde 1949, está sediada no Château de la Muette, em Paris, França. Depois que o Plano Marshall terminou, a OCEE se concentrou em questões econômicas.[5]

Na década de 1950, a OCEE forneceu o quadro de negociações destinadas a determinar condições para a criação de uma área de livre comércio europeia, para reunir a Comunidade Econômica Europeia dos seis e dos outros membros da OCEE em bases multilaterais. Em 1958, uma Agência Europeia de Energia Nuclear foi criada sob a OCEE. No final da década de 1950, com o trabalho de reconstruir a Europa efetivamente terminada, alguns países líderes sentiram que a OCEE havia superado seu objetivo, mas poderia ser adaptada para cumprir uma missão mais global. Seria uma tarefa árdua e, depois de várias reuniões, às vezes violentas, no Hotel Majestic, em Paris, a partir de janeiro de 1960, foi alcançada uma resolução para criar um órgão que tratasse não apenas das questões econômicas europeias e atlânticas, mas elaborasse políticas para ajudar os países menos desenvolvidos. Essa organização reconstituída traria os Estados Unidos e o Canadá, que já eram observadores da OCEE, a bordo como membros efetivos. Também começaria a trabalhar imediatamente para trazer o Japão.[13]

Fundação

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Château de la Muette, a sede da OCDE em Paris.

Após os Tratados de Roma de 1957 para o lançamento da Comunidade Econômica Europeia, a Convenção sobre a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico foi elaborada para reformar a OCEE. A Convenção foi assinada em dezembro de 1960 e a OCDE substituiu oficialmente a OCEE em setembro de 1961. Consistia nos países fundadores europeus da OCEE e nos Estados Unidos e Canadá (três países - Países Baixos, Luxemburgo e Itália - todos membros da OCEE, ratificaram a Convenção da OCDE após setembro de 1961, mas são considerados membros fundadores). Os membros fundadores oficiais são:

Nos 12 anos seguintes, Japão, Finlândia, Austrália e Nova Zelândia também se uniram à organização. A Iugoslávia tinha status de observadora na organização desde o estabelecimento da OCDE até sua dissolução como país. A OCDE criou agências como o Centro de Desenvolvimento da OCDE (1961), a Agência Internacional de Energia (AIE, 1974) e o Grupo de Ação Financeira Internacional.[14]

Alargamento à Europa Central

Após as revoluções de 1989, a OCDE começou a ajudar os países da Europa Central (especialmente o Grupo de Visegrado) a preparar reformas na economia de mercado. Em 1990, foi criado o Centro de Cooperação com Economias Europeias em Transição (agora sucedido pelo Centro de Cooperação com Não Membros) e, em 1991, foi lançado o programa "Parceiros em Transição" para o benefício da Tchecoslováquia, Hungria e Polônia.[14][15] Este programa também incluiu uma opção de associação para esses países.[15] Como resultado disso, a Polônia,[16] a Hungria, a República Tcheca e a Eslováquia, bem como o México e a Coreia do Sul se tornaram membros da OCDE entre 1994 e 2000.[17]

Reforma e novo alargamento

Nos anos 1990, vários países europeus, agora membros da União Europeia (UE), expressaram sua disposição de ingressar na organização. Em 1995, o Chipre solicitou a adesão, mas, segundo o governo cipriota, foi vetado pela Turquia.[18] Em 1996, a Estônia, a Letônia e a Lituânia assinaram uma declaração conjunta expressando sua disposição de se tornarem membros plenos da OCDE.[19] A Eslovênia também solicitou a adesão no mesmo ano.[20] Em 2005, Malta solicitou a adesão à organização.[21] A UE está fazendo lobby pela admissão de todos os seus Estados membros.[22] A Romênia reafirmou em 2012 sua intenção de se tornar membro da organização por meio da carta endereçada pelo primeiro-ministro romeno Victor Ponta ao secretário-geral da OCDE, José Ángel Gurría.[23] Em setembro de 2012, o governo da Bulgária também confirmou que solicitará a adesão plena ao Secretariado da OCDE.[24]

A OCDE estabeleceu um grupo de trabalho chefiado pelo embaixador Seiichiro Noboru, para elaborar um plano para o alargamento com não membros. O grupo de trabalho definiu quatro critérios nos quais é necessário o preenchimento completo: "afins", "participante significativo", "benefício mútuo" e "considerações globais". As recomendações do grupo de trabalho foram apresentadas na reunião do Conselho Ministerial da OCDE em 13 de maio de 2004.[14] Em 16 de maio de 2007, o Conselho Ministerial da OCDE decidiu iniciar discussões de adesão com Chile, Estônia, Israel, Rússia e Eslovênia e fortalecer a cooperação com Brasil, China, Índia, Indonésia e África do Sul através de um processo de maior envolvimento.[25] Chile, Eslovênia, Israel e Estônia tornaram-se membros efetivos em 2010.[26] Em março de 2014, a OCDE interrompeu as negociações de adesão com a Rússia em resposta ao seu papel na crise da Crimeia em 2014.[27][28]

Em 2013, a OCDE decidiu iniciar conversações com a Colômbia e a Letônia. Em 2015, iniciou negociações com a Costa Rica e a Lituânia.[29] A Letônia tornou-se membro titular em 1 de julho de 2016 e a Lituânia em 5 de julho de 2018.[30][31] A Colômbia assinou o acordo de adesão em 30 de maio de 2018[32] e tornou-se membro titular em 28 de abril de 2020.[33]

Outros países que manifestaram interesse em participar da OCDE são Argentina, Peru,[34] Malásia,[35] Brasil[36] e Croácia.[37]

Em 25 de fevereiro de 2022, devido a invasão militar da Ucrânia pela Rússia, a organização encerrou seu escritório no território russo e cortou quaisquer laços com políticos e representantes russos, encerrando assim definitivamente a participação do país no grupo.[38]

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Países membros

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Existem presentemente 38 membros da OCDE.[39] Destes 38, Colômbia, México, Turquia e Costa Rica são descritos como economias de renda média alta do Banco Mundial. Os membros restantes são descritos como economias de renda alta.[40][41]

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  • a O índice de Estados frágeis não fornece números para Israel em si, mas fornece uma média (76,5) para "Israel e Cisjordânia".
  • b Total da OCDE usado para os indicadores 1 a 3; média ponderada da OCDE usada para o indicador 4; média não ponderada da OCDE usada para os indicadores 5 a 13.
Nota: as cores indicam a posição global do país no respectivo indicador. Por exemplo, uma célula verde indica que o país está classificado nos 25% superiores da lista (incluindo todos os países com dados disponíveis).
Quartil superior Quartil superior-médio Quartil médio-baixo Quartil baixo

Membros em potencial

Mais informação País, Área(km2) 2017 ...
Quartil superior Quartil superior-médio Quartil médio-baixo Quartil baixo
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Ver também

Referências

  1. «About the OECD - OECD». www.oecd.org (em inglês). Consultado em 27 de agosto de 2020
  2. «Organisation for European Economic Co-operation». OECD. Consultado em 29 de novembro de 2011
  3. «The Economic Cooperation Authority». Marshallfoundation.org. Consultado em 30 de maio de 2013. Cópia arquivada em 17 de fevereiro de 2007
  4. «What is the OECD? Definition and Meaning». marketbusinessnews.com. Consultado em 6 de dezembro de 2017
  5. «Organisation for European Economic Co-operation». OECD. Consultado em 6 de dezembro de 2017
  6. «Getting to the OECD». OECD. Consultado em 28 de abril de 2016
  7. «Member Countries' Budget Contributions for 2017». OECD. Consultado em 5 de julho de 2018
  8. Christopher, Warren (1998). In the stream of history: shaping foreign policy for a new era. [S.l.]: Stanford University Press. p. 165. ISBN 978-0-8047-3468-4
  9. «A majestic start: How the OECD was won, in OECD Yearbook 2011». OECD Observer. Consultado em 30 de maio de 2013
  10. «History of relations between Slovenia and the OECD». Ministério das Relações Exteriores da Eslovênia. Consultado em 31 de outubro de 2010 [ligação inativa]
  11. «The Czech Republic in the OECD». Permanent Delegation of the Czech Republic to the OECD
  12. «A vision for Poland: Joining the world's most advanced». OECD. 23 de novembro de 2006. Consultado em 3 de agosto de 2013
  13. «South Korea joins OECD». Chicago Tribune. 25 de outubro de 1996. Consultado em 3 de agosto de 2013
  14. «International Organisations – Turkey's attempts to exclude Cyprus' membership». Cyprus Ministry of Foreign Affairs. Setembro de 2010. Consultado em 4 de novembro de 2011. Cópia arquivada em 16 de setembro de 2011
  15. «Ministry of Foreign Affairs of Latvia: Co-operation between the OECD and Latvia». Ministry of Foreign Affairs of Latvia. 19 de dezembro de 2006. Consultado em 4 de novembro de 2011
  16. «Slovenia and the OECD». OECD. Consultado em 31 de março de 2012
  17. «Malta applies to join OECD as full member». Maltamedia. 24 de setembro de 2005. Consultado em 4 de novembro de 2011
  18. Beatty, Andrew. «EU gives ground in OECD membership battle». European Voice. Consultado em 30 de maio de 2013
  19. «Romania's candidacy for OECD membership» (Nota de imprensa). Romanian Ministry of Foreign Affairs. Consultado em 30 de maio de 2013
  20. «Bulgarian Govt to Confirm OECD Membership Bid». Novinite. 25 de setembro de 2012. Consultado em 25 de setembro de 2012
  21. «Chile's accession to the OECD». OECD. 7 de maio de 2010. Consultado em 7 de maio de 2010
  22. «Statement by the OECD regarding the status of the accession process with Russia & co-operation with Ukraine» (Nota de imprensa). OECD. 13 de março de 2014. Consultado em 5 de julho de 2018
  23. «OECD halts membership talks with Russia». Ledger-Enquirer. 13 de março de 2014. Consultado em 5 de julho de 2018. Cópia arquivada em 13 de março de 2014
  24. «Global OECD boosted by decision to open membership talks with Colombia and Latvia with more to follow» (Nota de imprensa). OECD. 30 de maio de 2013. Consultado em 12 de julho de 2013
  25. «Latvia becomes full-fledged OECD member». LETA. 1 de julho de 2016. Consultado em 4 de julho de 2016
  26. «Lietuva tapo 36-ąja EBPO nare» [Lithuania became the 36th member of the OECD]. Verslo Žinios. 5 de julho de 2018. Consultado em 5 de julho de 2018
  27. «OECD countries agree to invite Colombia as 37th member» (Nota de imprensa). OECD. 25 de maio de 2018. Consultado em 3 de junho de 2018
  28. «Colômbia se torna o 37º país membro da OCDE» (Nota de imprensa). g1.globo.com. 28 de abril de 2020. Consultado em 30 de abril de 2020
  29. «Peru eager to become an OECD member». Andina.com.pe. 15 de novembro de 2012. Consultado em 30 de maio de 2013
  30. «Brazil Is Seeking to Join the OECD Despite Its Political Crisis». Fortune. 31 de maio de 2017. Consultado em 22 de janeiro de 2018
  31. «Country Groups. High-income OECD members». The World Bank. Consultado em 23 de janeiro de 2009
  32. «Country Groups. High-income economies». The World Bank. Consultado em 10 de maio de 2010
  33. «2019 Human Development Report» (PDF). United Nations Development Programme. 2019. Consultado em 9 de dezembro de 2019
  34. «Global Data | Fragile States Index». The Fund for Peace. 23 de abril de 2018
  35. «Rule of Law Index 2017-2018». World Justice Project. 31 de janeiro de 2018
  36. «Global Peace Index 2018». Vision of Humanity. 6 de junho de 2018
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Ligações externas

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