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Random Access Memories

album do Daft Punk Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Random Access Memories
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Random Access Memories é o quarto e último álbum de estúdio da dupla francesa de música eletrônica Daft Punk, lançado em 17 de maio de 2013, pela Columbia Records.[1]

Factos rápidos Álbum de estúdio de Daft Punk, Lançamento ...

Sendo o primeiro trabalho inédito do grupo desde Human After All (2005), o álbum conta com colaborações de vários artistas, incluindo Nile Rodgers, Paul Williams, Giorgio Moroder, Pharrell Williams, Todd Edwards, DJ Falcon, Panda Bear e Julian Casablancas. O trabalho no álbum começou a ser desenvolvido na mesma época em que a dupla criava a trilha sonora do filme Tron Legacy, em 2010, sem um único plano de como seria estruturado. Pouco depois que a banda assinou contrato com a gravadora Columbia Records, foi iniciado um gradual lançamento promocional do novo álbum, incluindo outdoors, comerciais de televisão e até séries de internet, como The Collaborators.

O disco possui uma forte influência setentista, principalmente no estilo funk, com diversas passagens que lembram o disco Songs in the Key of Life, de Stevie Wonder, e Off the Wall, de Michael Jackson. É perceptível também a forte influência do musico Giorgio Moroder, principalmente na canção Giorgio by Moroder que utiliza a faixa The Chase da trilha sonora de Midnight Express (1978) como base para a canção em tributo ao musico italiano. Ainda, possui uma forte inclinação para o pop, principalmente nas canções com participação de Pharrell Williams. É o álbum com conteúdo mais diverso da dupla, não primando apenas pela musica eletrônica. A recepção crítica foi em maior parte positiva. O álbum teve seu prêmio no Grammy como o melhor do ano de 2013.[2] O disco também atingiu o primeiro lugar de vendas em diversas paradas ao redor do mundo, incluindo a Billboard 200 dos Estados Unidos, sendo esse um feito inédito na carreira do duo. Em 2020, o álbum foi nomeado pela Rolling Stone como um dos "500 Maiores Álbuns de Todos os Tempos", ficando na 295ª posição.[3]

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Antecedentes

Pouco depois de terminar sua turnê Alive 2006/2007, Daft Punk começou a trabalhar em um novo material em 2008, gravando demos por aproximadamente seis meses. Eles ficaram satisfeitos com as composições, mas insatisfeitos com o uso de samples e loops: Como Thomas Bangalter afirmou, "Poderíamos tocar alguns riffs e outras coisas, mas não mantê-los por quatro minutos seguidos". Daft Punk deixou essas demos de lado e começou a trabalhar na trilha sonora do filme Tron: Legacy.[4] que Bangalter descreveu como "muito humilde".[5]

Para esse álbum, Daft Punk decidiu trabalhar extensivamente com músicos ao vivo: "Queríamos fazer o que costumávamos fazer com máquinas e samplers, mas com pessoas." Evitaram o uso de samples, com exceção da faixa de encerramento "Contact".[6]

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Gravação e produção

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As gravações ocorreram no Henson Recording Studios, Conway Recording Studios e Capitol Studios na Califórnia, Electric Lady Studios em Nova York e Gang Recording Studio em Paris, França. Tendo trabalhado com o tecladista e arranjador Chris Caswell em Tron: Legacy, a dupla o alistou e se conectou com engenheiros e outros músicos para seu próximo álbum.[7] Daft Punk lembrou que desejava evitar os sons mais compactados das baterias eletrônicas em favor das baterias "abertas" das décadas de 1970 e 80[4], que a dupla considera a era mais atraente. Bangalter esclareceu que "não é que não possamos fazer coisas com um som futurístico louco, mas queríamos brincar com o passado". A dupla notou que os músicos da sessão estavam entusiasmados em se reunir no contexto do novo álbum e no prestígio percebido das locações de estúdio.[6][8]

A maior parte das sessões vocais ocorreu em Paris, enquanto as seções rítmicas foram gravadas nos Estados Unidos.[6] O álbum incorpora uma variedade de performances de acompanhamento, incluindo uma seção de sopro, instrumentos de sopro, uma orquestra de cordas e coro.[9][10] As partes orquestrais em particular foram gravadas para quase todas as faixas, mas foram incluídas apenas em algumas músicas no produto final.[11] O uso de tais performers e locais acarretava um grande gasto financeiro, conforme observado por Bangalter: "Houve uma época em que as pessoas que tinham meios para experimentar faziam isso, sabe? É sobre isso que trata este álbum".[9] Ele estimou um custo de mais de um milhão de dólares, mas sentiu que o número não era importante.[12] Bangalter afirmou que as sessões foram financiadas pelo próprio Daft Punk, o que lhes permitiu o luxo de abandonar o projeto se assim o desejassem. Ele também especificou que "há músicas no álbum que chegaram a cinco estúdios ao longo de dois anos e meio".[6]

Daft Punk fez este álbum com a colaboração do escritor e cantor Paul Williams e com o guitarrista da banda Chic, o aclamado produtor Nile Rodgers. Williams mencionou essa colaboração em duas entrevistas, que o projeto estaria em produção desde 2010.[13] Durante uma entrevista com Rodgers, ele disse que se encontraria com a dupla para discutir o próximo álbum.[14] O cantor e compositor Nile Rodgers possui uma participação especial no álbum, tocando guitarra em "Get Lucky".

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Composição

Bangalter descreveu o título do álbum como encapsulando o interesse de Daft Punk no passado, referindo-se tanto à tecnologia de memória de acesso aleatório quanto à experiência humana: "Estávamos traçando um paralelo entre o cérebro e o disco rígido - a maneira aleatória como as memórias são armazenadas".[6] Daft Punk sentiu que, embora a tecnologia atual permita uma capacidade ilimitada de armazenar material gravado, o conteúdo produzido por artistas contemporâneos diminuiu em qualidade. Seu objetivo era, portanto, maximizar o potencial de armazenamento infinito, registrando uma grande quantidade de elementos. A dupla apontou o processo como uma inspiração adicional para o título do álbum, na medida em que buscavam fazer conexões fora da série aleatória de ideias.[15]

Recepção

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Mais informação Críticas profissionais, Pontuações agregadas ...

Random Access Memories foi amplamente aclamado pela crítica. No Metacritic, que atribui uma classificação média ponderada de 100 às resenhas dos críticos convencionais, o álbum obteve uma pontuação média de 87, com base em 47 resenhas. O álbum teve pontuação mais alta do que qualquer outro álbum da dupla.[16]

A revista Q se referiu ao disco como "por alguma margem o melhor álbum do Daft Punk em uma carreira que já redefiniu a dance music pelo menos duas vezes. É, em suma, uma explosão mental".[25] O The Independent afirmou: "Random Access Memories dá vida à música segura que domina as paradas de hoje, com sua ambição absoluta ... É uma jornada emocionante e que, apesar de todas as voltas musicais, tem os pés plantados na pista de dança".[26] Melissa Maerz da Entertainment Weekly chamou-o de "um álbum de fones de ouvido em uma era de singles de rádio; uma bravura ao vivo que se destaca contra o girar de botões pro forma; um ataque jazzístico da batida house básica; uma colaboração completa em um momento em que o superstar DJ está sozinho". Ela concluiu sua análise dizendo que "se a EDM está transformando humanos em robôs, Daft Punk está trabalhando duro para fazer o robô pop parecer humano novamente".[19]

Random Access Memories venceu o Grammy Awards 2014 nas três categorias a que foi indicado: "Álbum do Ano", "Melhor Álbum de Dance/Eletrônica" e "Melhor Produção de Álbum, não clássico", enquanto seu primeiro single, "Get Lucky", com Pharrell Williams, llevou a melhor nas categorias "Gravação do Ano" e "Melhor Performance de pop em duo ou grupo".[2]

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Desempenho comercial

Random Access Memories estreou na primeira posição na parada de álbuns da França, com vendas de 195.013 cópias na primeira semana, sendo o primeiro trabalho do duo a atingir a ponta das tabelas em seu país de origem.[27] O álbum também estreou em primeiro lugar no Reino unido, tendo vendido 165.091 cópias na semana de lançamento no país.[28] O mesmo desempenho se repetiu nos Estados Unidos, com o álbum tendo liderado a Billboard 200, vendendo 339.000 cópias em sua semana de estreia.[29]

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Lista de faixas

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Todas as faixas produzidas por Thomas Bangalter e Guy-Manuel de Homem-Christo.[1][30][31]

Mais informação – Edição padrão, N.º ...
Mais informação – Faixa bônus da edição japonesa, N.º ...
Mais informação – Faixas bônus do box deluxe, N.º ...

Notas

  • "Contact" contém uma amostra de "We Ride Tonight", escrita por Garth Porter, Tony Mitchell e Daryl Braithwaite, e interpretada por The Sherbs; e um trecho da missão Apollo 17, realizada por Eugene Cernan, cortesia da NASA.[34]
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Desempenho nas paradas

Paradas semanais

Paradas (2013) Melhor
posição
Alemanha (Offizielle Top 100)[35] 1
Austrália (ARIA Charts)[36] 1
Austrália (ARIA Dance Albums)[37] 1
Áustria (Ö3 Austria Top 40)[38] 1
Bélgica (Ultratop 50 Flandres)[39] 1
Bélgica (Ultratop 40 Valônia)[40] 1
Canadá (Canadian Albums Chart)[41] 1
Coreia do Sul (Gaon Album Chart)[42] 5
Croácia (HDU International Albums)[43] 1
Dinamarca (Hitlisten)[44] 1
Escócia (Scottish Albums Chart)[45] 1
Espanha (PROMUSICAE)[46] 1
Estados Unidos (Billboard 200)[47] 1
Estados Unidos (Billboard Top Dance/Electronic Albums)[48] 1
Estônia (Raadio 2)[49] 4
Finlândia (IFPI)[50] 1
França (SNEP)[51] 1
Grécia (IFPI)[52] 3
Holanda (Mega Charts)[53] 2
Hungria (MAHASZ)[54] 1
Irlanda (IRMA)[55] 1
Itália (FIMI)[56] 1
Japão (Oricon)[57] 3
México (AMPROFON)[58] 1
Noruega (VG-lista)[59] 1
Nova Zelândia (RMNZ)[60] 1
Polônia (ZPAV)[61] 4
Portugal (AFP)[62] 1
Reino Unido (UK Albums Chart)[63] 1
República Tcheca (ČNS IFPI)[64] 1
Suécia (Sverigetopplistan)[65] 2
Suíça (Schweizer Hitparade)[66] 1

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