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Rio Choruque
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O rio Choruque (em turco: Çoruh), também chamado Choroqui (em georgiano: ჭოროხი, Čo'roχi) e Choroque (em armênio: Ճորոխ, Čoroχ; em azeri: Çorox), é um rio binacional do planalto Armênio, que flui pela Geórgia e Turquia.
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Nome
O historiador grego Xenofonte chamou o rio pelo nome Harpaso (Harpasus; Ἅρπασος, Hárpasos). Outras fontes clássicas mencionaram-no como Fásis (Φάσις, Phásis), Voas (Βοάς) e Acampsis (Acampsis; Άκαμψις, Akampsis). O primeiro a mencioná-lo com seu nome atual foi João Mamicônio (século VII). Aristaces de Lastiver menciona-o como Soroque (Ծորոխ, Coroχ). É possível que esse nome derive de cor (ծոր) e ułχ (ուղխ), palavras que significam "escorrer" ou "fluir com força", o que implica que sua forma original era Sorulque (Ծոուղխ, Corułχ), "rio que corre".[1]
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Geografia
O Choruque pertence à bacia do mar Negro. Tem comprimento total de 438 quilômetros, dos quais 26 quilômetros situam-se no interior da Geórgia. Sua bacia cobre 22 mil quilômetros quadrados. Enche-se na primavera e sua vazão anual é de cerca de cinco bilhões de metros cúbicos. Recebe pela margem direita o rio Oltu (com o afluente Tortum) e, no seu curso inferior, o Axara. Pela margem esquerda, os rios Barcal e Balacor. Atravessa florestas e gargantas, sendo de correnteza rápida; há uma cachoeira de 50 metros em Tortum.[1]
O Choruque nasce nas encostas setentrionais das montanhas de Anaíta, fluindo inicialmente para oeste; perto da cidade de Baiburte descreve um arco, voltando-se primeiro para nordeste, depois diretamente para norte, e deságua no mar Negro. Corre entre os montes Cachecar, através de vales profundos e sinuosos, cortando as montanhas Pônticas. Perto de Batumi, divide-se em braços e entra no mar Negro.[1]
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História
O Choruque era o maior rio da histórica província de Taique, do Reino da Armênia. Alguns tentaram identificá-lo ao Pisom mencionado na Bíblia. Uma tradição popular conta que um santo viajava montado num jumento ao longo do rio; o animal, assustado pelo barulho das águas, fugiu em direção a uma moita de amoreiras. O santo amaldiçoou-o, dizendo: "De agora em diante, que o Choruque não tenha voz, nem o jumento dê cria, nem a amora dê fruto."[1]
Segundo Estrabão e Plínio, o Velho, era navegável e possuía 120 pontes sobre ele. Muitas dessas pontes ainda existiam em tempos recentes, nas regiões de Baiburte, Ispir, Iussufeli e outras. Na bacia do rio há jazidas de ouro e prata, e partículas de ouro misturadas à areia — o que se associa à lenda do velocino de ouro dos argonautas. Em 1023, o católico Pedro I Guetadarse (r. 1019–1058), indo ao encontro do imperador Basílio II (r. 976–1025), celebrou uma cerimônia de bênção das águas sobre esse rio, ocasião em que recebeu o nome Guetadarse (“aquele que atravessou o rio”).[1]
Referências
Bibliografia
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