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Ronald Golias

ator e comediante brasileiro (1929–2005) Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Ronald Golias
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José Ronald Golias (São Carlos, 4 de maio de 1929São Paulo, 27 de setembro de 2005) foi um ator e comediante brasileiro, considerado um dos pioneiros da televisão no país.

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Biografia

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Juventude e começo de carreira

Seus pais eram Arlindo Golias, filho de imigrantes portugueses, e Conceição Bragato, filha de imigrantes italianos, ambos de famílias de poucas posses. Por ser fã do ator Ronald Colman, Arlindo incluiu Ronald no registro do filho.

Golias estreou nos palcos aos oito anos de idade, na Escola Dante Alighieri, em São Carlos.[1]

Mudou-se para São Paulo em 1940. Trabalhando como alfaiate e funileiro,[2] começou a praticar natação no Clube Regatas Tietê, onde posteriormente entraria para o grupo "Acqua Loucos", um dos precursores em espetáculos aquáticos no Brasil.[3] Por sugestão de Golias, as apresentações passaram a ter uma parte com diálogos; suas performances com a trupe acabaram por levá-lo a participar do programa Calouros em Cena, da Rádio Cultura.[1][3][4]

Na década de 1950, com o fim dos programas produzidos pela emissora, Golias passou a integrar a equipe de artistas da Rádio Nacional.[3] Foi então que conheceu Manuel de Nóbrega, que em 1957 o convidou a participar do humorístico A Praça da Alegria, que estreara naquele mesmo ano pela TV Paulista.[1][4][5]

Cinema e consagração na TV

Golias despontou para a fama a partir de seu trabalho na Praça da Alegria, interpretando o inquieto Pacífico (do bordão "Ô Cride, fala pra mãe..."), onde tornou-se uma das estrelas da ainda incipiente televisão brasileira.[4] "Cride" no caso era seu amigo em São Carlos, Euclides Gomes dos Santos, que declarou que Golias criou a frase imitando o modo como era chamado por sua mãe para voltar para casa.[6]

Com o sucesso na TV, ele foi convencido por Herbert Richers a entrar para o cinema. A iniciativa a princípio foi complicada, com agenda ocupada na televisão o humorista enfrentou dificuldades em conciliar as gravações. Seu primeiro filme foi a comédia Um Marido Barra-Limpa, de Luís Sérgio Person e produzido em 1957, que, contudo, acabou finalizado por outro diretor e lançado apenas em 1967.[7] Participou também de Os Três Cangaceiros (1959), de Victor Lima, quando contracenou com Ankito e Grande Otelo.[8] Entre seus últimos trabalhos cinematográficos estão O Dono da Bola (1961)[9] e Golias contra o Homem das Bolinhas (1969).[10][11]

Golias dedicou-se a maior parte de sua carreira para a televisão. Trouxe consigo das telas o personagem Carlos Bronco Dinossauro, que acabaria tornando-se um dos destaques da Família Trapo, programa exibido pela TV Record entre 1967 e 1971.[12][13] Contracenando com Jô Soares, Ricardo Corte-Real, Cidinha Campos, Renata Fronzi e Otelo Zeloni, Golias consagrou-se definitivamente como um dos mais célebres humoristas do Brasil.[14]

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Ronald Golias, sem data. Arquivo Nacional.

Trabalhos posteriores

Após o término da Família Trapo em 1971, Golias protagonizou ainda na Record o seriado Bronco Total entre 1972 e 1973, contracenando com Carlos Alberto de Nóbrega.[15]

Em 1979, Golias protagonizou na Globo o seriado Superbronco, adaptação da série Mork & Mindy (protagonizada por Robin Williams) da rede americana ABC.[16][17] O programa foi cancelado, durando apenas 29 episódios, apesar de constar entre os dez programas de maior audiência da televisão brasileira naquele ano.[carece de fontes?]

Na década de 1980 foi para a Bandeirantes, onde estrelou o humorístico Bronco.[18]

Em junho de 1990,[19] passou a integrar o elenco fixo de A Praça É Nossa, no SBT, onde permaneceu 15 anos interpretando personagens como O Profeta, Bronco, Pacífico e Professor Bartolomeu.[5][18][20] Nesse meio tempo, foi protagonista na mesma emissora dos humorísticos A Escolinha do Golias com Nair Bello, SBT Palace Hotel (2002) e Meu Cunhado com Moacyr Franco.[4][21][22]

Doença e morte

Na época da estreia de Meu Cunhado, em abril de 2004, Golias fez uma cirurgia para a implantação de um marcapasso. No mês seguinte voltou a ser internado em razão de um coágulo no cérebro. Seu estado de saúde a partir de então passou a se agravar.[23]

Em 8 de setembro de 2005, Golias foi internado no Hospital São Luiz, em São Paulo. Com quadro de infecção pulmonar, ele morreu dia 27 de setembro em decorrência de uma infecção generalizada. Foi sepultado no Cemitério do Morumbi.[23]

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Homenagens

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Entre abril de 2007 e fevereiro de 2008, o SBT passou a retransmitir A Escolinha do Golias, marcando entre 7 e 10 pontos de média, a Rede Bandeirantes também decidiu repassar o programa Bronco no mesmo ano.

Programas humorísticos de outras emissoras, como A Turma do Didi de seu amigo Renato Aragão, renderam-lhe homenagens televisivas.[24] Apresentadores de programas de auditório, com destaque para Faustão e Ratinho, ocasionalmente dedicam espaços em seus programas para relembrar e homenagear Ronald Golias, onde fazem questão de demonstrar suas admirações e reverências pessoais a esse gigante da cultura brasileira.

Em 16 de setembro de 2007 a prefeitura de São Carlos inaugurou a praça Ronald Golias em homenagem ao humorista no bairro de cidade Aracy, e em 2016 inaugurou Memorial Casa Ronald Golias na rua Geminiano Costa, 401, na casa onde Golias residiu.[25] A cidade paulista de Serra Negra o homenageia com uma estátua em bronze, em tamanho real, onde está sentado em um banco da praça em frente à prefeitura. A estátua de Golias em Serra Negra (SP) se tornou grande ponto de visitação na cidade, onde locais e turistas vão ao local e posam para fotos ao lado da imagem.[26]

O produtor Rodrigo Rodrigues idealizou um documentário sem fins lucrativos em sua homenagem.[carece de fontes?] Em 2015 foi lançado a biografia Ronald Golias, o Gigante do Humor de Luís Carlos Barbano, que conta a história de Golias através de entrevistas e depoimentos de amigos, familiares e colegas de trabalho.[27][28]

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Trabalhos

Discografia

Discos de 78 rotações
  • (1956) Lágrimas de Amor / Chico Mulato[29]
  • (1957) Trudia / Ai que Humilhação[30]
  • (1957) Festa de Aniversário / O Gozadinho Chegou[31]
  • (1958) Copa do Mundo / Toureiro (Torero)[32]
  • (1958) A Bandolinha / Aguenta Bastiana[33]
  • (1959) Ó Crides / Mi Dimira Muito[34]
  • (1968) Carnaval Copacabana 68 - Noite de Amor / Família Trapo[35]
Disco de vinil ("Long Play")
  • (1960) Bilhetinhos de Jânio (Coletânea de J. Pereira) - Álbum de Manuel de Nóbrega & Ronald Golias com texto humorísticos, pelo selo Continental.[36]
  • (1967) "Côrte Rayol Show" (1967) – Gravado ao vivo, álbum de Agnaldo Rayol e Renato Côrte Real. Ronald faz uma participação na faixa 9 "Diálogo Humorístico", gravadora Copacabana.[37]
  • (1967) Olímpiaaaa - Disco humorístico de Ronald Golias, com 5 faixas. Gravado ao vivo no Teatro da TV Record, gravadora Copacabana.[38]
  • (1968) Ronald Golias
  • (1968) A Escolinha do Golias - Com participação de Carlos Alberto de Nóbrega, Elizabeth de Oliveira e Lúcia Maria Campello de Oliveira. Gravadora Copacabana.[39]
  • (1970) Ronald Golias - Gravadora Copacabana.[40]
  • (1972) Ronald Golias - Gravadora Copacabana.[41]
  • (1974) Ronald Golias - Gravadora Copacabana.
  • (1979) Humor a Quatro.
  • (1980) As Anedotas do Pasquim.[42]

Teatro

  • (1972) Circuito Fechado - Escrito e protagonizado por Golias, estreou no Theatro Serrador.[43]

Filmografia

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Cinema

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Televisão

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Notas

  1. Realizado em 1957 por Luís Sérgio Person, porém foi lançado somente em 1967 com cenas adicionais e créditos de direção a Renato Grechi
  2. O Programa foi exibido pela TV Paulista, TV Record e TV Globo

Referências

  1. Júlio, Mário (8 de maio de 1965). Domingos, Anselmo, ed. «Não Pára». Revista do Rádio (816). Rio de Janeiro. p. 41. Consultado em 26 de junho de 2020
  2. Costalima, Epaminondas (25 de dezembro de 1954). Domingos, Anselmo, ed. «Ronald Golias trocou tudo pelo rádio». Revista do Rádio (276). Rio de Janeiro. pp. 40–41. Consultado em 26 de junho de 2020
  3. «Saiba mais sobre o comediante Ronald Golias». Ilustrada. Folha de S.Paulo. 27 de setembro de 2005. Consultado em 16 de junho de 2020. Cópia arquivada em 4 de março de 2016
  4. «Praça da Alegria». Memória Globo. Grupo Globo. Consultado em 16 de junho de 2020
  5. Piovezan, Stefhanie (7 de junho de 2015). «Cride, inspiração para Golias e Titãs, morre em São Carlos, SP, aos 88 anos». G1 São Carlos e Araraquara. G1. Grupo Globo. Consultado em 16 de junho de 2020. Cópia arquivada em 4 de março de 2016
  6. «O Homem que Roubou a Copa do Mundo». Filmografia Brasileira. Cinemateca Brasileira. Consultado em 16 de junho de 2020
  7. «Os Três Cangaceiros». Filmografia Brasileira. Cinemateca Brasileira. Consultado em 16 de junho de 2020
  8. «O Dono da Bola». Filmografia Brasileira. Cinemateca Brasileira. Consultado em 16 de junho de 2020
  9. «Golias contra o Homem das Bolinhas». Filmografia Brasileira. Cinemateca Brasileira. Consultado em 16 de junho de 2020
  10. Piovezan, Stefhanie (7 de junho de 2015). «Cride, inspiração para Golias e Titãs, morre em São Carlos, SP, aos 88 anos». G1 São Carlos e Araraquara. G1. Grupo Globo. Consultado em 16 de junho de 2020. Cópia arquivada em 16 de junho de 2020
  11. Drauzio Varella. «Jô Soares e o sucesso da Família Trapo». Portal Drauzio Varella. UOL. Consultado em 25 de junho de 2020
  12. Xavier, Nilson. «A Família Trapo». Teledramaturgia. Consultado em 25 de junho de 2020
  13. «"A Família Trapo"». O Globo. Grupo Globo. Consultado em 16 de junho de 2020 [ligação inativa]
  14. «Ronald Golias, a cara do riso na televisão». Acervo. O Globo. 18 de abril de 2019. Consultado em 17 de junho de 2020
  15. «Super Bronco». Memória Globo. Grupo Globo. Consultado em 16 de junho de 2020
  16. Castro, Thell de (19 de julho de 2015). «Em 1979, Globo fracassou ao copiar série americana sem dar crédito». Memória da TV. Notícias da TV. UOL. Consultado em 26 de junho de 2020
  17. «Ronald Golias». Biografias. UOL Educação. Universo Online. 21 de novembro de 2005. Consultado em 16 de junho de 2020. Cópia arquivada em 15 de março de 2016
  18. O Dia (17 de junho de 1990). «Ronald Golias estreia no SBT». Memória da TV. Consultado em 17 de junho de 2022
  19. Zorzi, André Carlos (4 de maio de 2019). «Ronald Golias nascia há 90 anos; relembre sua trajetória na TV». E+ Estadão. O Estado de S. Paulo. Consultado em 17 de junho de 2020
  20. On Line Editora (2017). Almanaque do SBT – 35 Anos. [S.l.]: On Line Editora. p. 172. ISBN 9788543218946
  21. On Line Editora (2017). Almanaque do SBT – 35 Anos. [S.l.]: On Line Editora. p. 267. ISBN 9788543218946
  22. Romeu, Gabriela (6 de janeiro de 2006). «Renato Aragão diz ser "vietcongue contra americanos"». Ilustrada. Folha de S.Paulo. Consultado em 16 de junho de 2020. Cópia arquivada em 12 de setembro de 2017
  23. «Prefeitura inaugura "Casa Ronald Golias"». Prefeitura Municipal de São Carlos. 7 de março de 2016. Consultado em 4 de julho de 2019. Cópia arquivada em 4 de julho de 2019
  24. «TBT: Ronald Golias, um dos maiores comediantes do país, relembre!». Variedades. SBT. 21 de fevereiro de 2018. Consultado em 17 de junho de 2020
  25. Moreira, Rene (29 de abril de 2015). «Novo livro traz a história do humorista Ronald Golias». Cultura. O Estado de S. Paulo. Consultado em 17 de junho de 2020
  26. Barbano, Luís Carlos (2015). Ronald Golias, o Gigante do Humor. Rio de Janeiro: RiMa. 350 páginas. ISBN 9788576563129
  27. «78 RPM». Instituto Memória Musical Brasileira. Consultado em 17 de junho de 2020
  28. «78 RPM». Instituto Memória Musical Brasileira. Consultado em 17 de junho de 2020
  29. «78 RPM». Instituto Memória Musical Brasileira. Consultado em 17 de junho de 2020
  30. «78 RPM». Instituto Memória Musical Brasileira. Consultado em 17 de junho de 2020
  31. «78 RPM». Instituto Memória Musical Brasileira. Consultado em 17 de junho de 2020
  32. «78 RPM». Instituto Memória Musical Brasileira. Consultado em 17 de junho de 2020
  33. «Ronald Golias – Carnaval Copacabana 68 (1968)». www.toque-musicall.com. Consultado em 17 de dezembro de 2021
  34. «Bilhetinho de Jânio - Manoel da Nóbrega e Ronald Golias». Instituto Memória Musical Brasileira. Consultado em 17 de junho de 2020
  35. «Côrte Rayol Show - Agnaldo Rayol e Renato Côrte Real». Instituto Memória Musical Brasileira. Consultado em 17 de junho de 2020
  36. «Olimpiaaaa». Instituto Memória Musical Brasileira. Consultado em 17 de junho de 2020
  37. «A Escolinha do Golias». Instituto Memória Musical Brasileira. Consultado em 17 de junho de 2020
  38. «Ronald Golias». Instituto Memória Musical Brasileira. Consultado em 17 de junho de 2020
  39. «Ronald Golias». Instituto Memória Musical Brasileira. Consultado em 17 de junho de 2020
  40. «Exposição 'O Pasquim 50 anos' resgata o humor e a inteligência do ícone de resistência à ditadura». São Paulo São. 20 de dezembro de 2019. Consultado em 17 de junho de 2020
  41. «Circuito Fechado». Enciclopédia Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. Itaú Cultural. Consultado em 17 de junho de 2020
  42. «Vou Te Contá...». Filmografia Brasileira. Cinemateca Brasileira. Consultado em 16 de junho de 2020
  43. «Tudo Legal». Filmografia Brasileira. Cinemateca Brasileira. Consultado em 16 de junho de 2020
  44. «O Homem que Roubou a Copa do Mundo». Filmografia Brasileira. Cinemateca Brasileira. Consultado em 16 de junho de 2020
  45. «Golias contra o Homem das Bolinhas». Filmografia Brasileira. Cinemateca Brasileira. Consultado em 16 de junho de 2020
  46. Dicionário da TV Globo: Programas de dramaturgia & entretenimento. Rio de Janeiro: Zahar. 2003. pp. 661–662. ISBN 9788571107229. LCCN 2004342024. Consultado em 16 de junho de 2020
  47. Mugnaini Júnior, Ayrton (2002). Adoniran: Dá Licença de Contar. [S.l.]: Editora 34. 242 páginas. ISBN 9788573262537
  48. Xavier, Nilson. «Quatro Homens Juntos». Teledramaturgia. Consultado em 16 de junho de 2020
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  50. Xavier, Nilson. «Ceará Contra 007». Teledramaturgia. Consultado em 16 de junho de 2020
  51. Soares, Jô; Suzuki Jr., Matinas (2017). O livro de Jô - Volume 1: Uma autobiografia desautorizada. [S.l.]: Companhia das Letras. 385 páginas. ISBN 9788543811123
  52. Xavier, Nilson. «Mãos ao Ar». Teledramaturgia. Consultado em 16 de junho de 2020
  53. Domingos, Anselmo, ed. (8 de janeiro de 1966). «São Paulo». Revista do Rádio (851). Rio de Janeiro. p. 36. Consultado em 17 de junho de 2020
  54. Castro, Thell de (22 de maio de 2016). «Oscar da TV, Troféu Imprensa já premiou a mais bela, mas perdeu relevância». Memória da TV. Notícias da TV. UOL. Consultado em 26 de junho de 2020
  55. Maron, Alexandre (27 de dezembro de 1998). «Record recupera memória aos 45». TV Folha. Folha de S.Paulo. Consultado em 16 de junho de 2020. Cópia arquivada em 17 de junho de 2020
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  57. Santana, André (2018). «Há 31 anos, Ronald Golias estrelava o humorístico Bronco na Band». Observatorio da TV. Consultado em 26 de junho de 2020
  58. Xavier, Nilson. «A Família Trapo». Teledramaturgia. Consultado em 26 de junho de 2020
  59. «Golias e Hebe brincam novamente de Romeu e Julieta». Tevê. Gazeta Digital. 21 de Setembro de 2003. Consultado em 16 de junho de 2020
  60. «Moacyr Franco fará comédia com Golias». TV Folha. Folha de S.Paulo. 9 de março de 2003. Consultado em 17 de junho de 2020
  61. «SBT prepara humorístico com Ronald Golias e Moacyr Franco». TV Folha. Folha de S.Paulo. 12 de novembro de 2000. Consultado em 17 de junho de 2020
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