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Iron Maiden (álbum)
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Iron Maiden é o álbum de estreia homônimo da banda de heavy metal Iron Maiden, lançado em 11 de abril de 1980 pela EMI Records no Reino Unido e pela Harvest e Capitol Records nos Estados Unidos. A versão norte-americana incluiu a canção "Sanctuary", lançada no Reino Unido como single avulso. Em 1998, Iron Maiden foi remasterizado, junto com o restante dos lançamentos da banda anteriores a 1995, e "Sanctuary" foi acrescentada ao álbum em todos os territórios. No entanto, a lista de faixas original foi reutilizada nos relançamentos em vinil de 2014, nos lançamentos digitais de 2015 e nas reedições em CD de 2018. É o único álbum da banda com participação do guitarrista Dennis Stratton.
Embora o Iron Maiden tenha criticado a qualidade da produção do álbum, o lançamento foi recebido com sucesso de crítica e comercial, chegando ao quarto lugar da parada de álbuns do Reino Unido e ajudando a banda a ganhar destaque na Europa continental. Para promover o álbum, a banda realizou as turnês Iron Maiden Tour e Metal for Muthas Tour na Europa, bem como participou de turnês ao lado de Judas Priest (British Steel Tour) e Kiss (Unmasked Tour).
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Antecedentes e gravação
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O Iron Maiden foi formado em 1975 pelo baixista Steve Harris: após a entrada e saída de vários membros, no final de 1978, a formação se estabeleceu com o próprio Harris, o guitarrista Dave Murray, o baterista Doug Sampson e o vocalista Paul Di'Anno.[3] Anteriormente, Harris enviara uma demo para o empresário Rod Smallwood,[4] que estava interessado no grupo e se ofereceu para lançar algumas canções em um EP.[5] O resultado foi The Soundhouse Tapes, lançado em novembro de 1979 com um tiragem de 5000 unidades.[6] Pouco depois, Sampson deixou o grupo devido a problemas de saúde e Clive Burr entrou em seu lugar, junto com outro guitarrista, Dennis Stratton.[7][8]
Em dezembro, a banda entrou nos estúdios Kingsway em Londres e fez uma primeira gravação com o produtor Guy Edwards, mas o grupo o demitiu pela insatisfação com a qualidade da produção.[9] Outro produtor, Andy Scott, foi demitido por insistir que Harris tocasse com palhetas e não com os dedos.[10] Finalmente, Will Malone foi escolhido para produzir o álbum. Em fevereiro de 1980, depois de apenas 13 dias, o Iron Maiden terminou as gravações.[11] O resultado final, ainda que tenha agradado a fãs e críticos do grupo,[12] desagradou a Harris, pela sonoridade crua das canções.[13]
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Canções
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Assim como nos álbuns posteriores do Iron Maiden, Harris foi o principal compositor. Escreveu todas as músicas com exceção de: "Charlotte the Harlot", cujo autor foi Murray; "Remember Tomorrow" e "Running Free" co-escritas por Di'Anno e Harris; e "Sanctuary", a única de autoria dos três.
"Running Free" foi publicada como single em 23 de fevereiro de 1980 e alcançou a trigésima quarta posição no UK Singles Chart.[14] A banda interpretou a canção ao vivo no programa de TV Top of the Pops, onde foi o primeiro grupo desde o The Who (em 1972) a tocar de verdade, em vez de usar playback.[15] Di'Anno, que escreveu a letra, a descreve como "uma canção autobiográfica, mas é claro que eu nunca passei a noite numa cadeia em Los Angeles. Trata-se de você ter 16 anos e correr solto e livre. Ela é da minha época de skinhead".[16] De acordo com o colaborador da Classic Rock e Metal Hammer Dave Ling, "Sanctuary" foi composta pelo guitarrista Rob Angelo, membro do grupo em 1977, que recebeu 300 libras para ceder os direitos da música.[17] A canção "Sanctuary" foi publicado em 7 de junho e chegou a posição vinte e nove do UK Singles Chart.[14] Sua capa trazia Eddie, mascote do grupo, que empunhava uma faca e inclinava-se sobre o corpo de Margaret Thatcher, o que gerou publicidade para o público na imprensa britânica.[18] O gerente da banda, Rod Smallwood, utilizou o nome da música para sua gravadora.[19]
Embora "Strange World" fora atribuída unicamente a Harris, Paul Day, vocalista original da banda entre 1975 e 1976, afirmou que também contribuiu com ela.[20]
"Charlotte the Harlot", única composição solo de Dave Murray no Iron Maiden,[12] é a primeira de quatro músicas dedicadas a uma prostituta fictícia chamada "Charlotte", apesar do próprio guitarrista garantir que "é baseada em uma história real".[21] Com mais de sete minutos de duração,
"Phantom of the Opera" é uma das faixas favoritas de Steve.[11] Por sua vez, "Transylvania" é a única canção instrumental do disco.
"Phantom of the Opera" e "Iron Maiden" são músicas presentes em quase todas as turnês da banda, sendo que a última conta com a presença de Eddie the Head no palco.[22] Todas as canções, com exceção de "Strange World" e a instrumental "Transylvania", já foram cantadas pelo atual vocalista Bruce Dickinson em álbuns ao vivo e coletâneas.[1]
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Lançamento
Iron Maiden foi lançado no Reino Unido em 14 de abril de 1980 via EMI, em formato LP e cassete,[2][23] e alcançou as posições #4 e #10 na UK Albums Chart e nas paradas francesas. Em março foi publicado no mercado dos EUA, desta vez pelos rótulos Harvest e Capitol.[24][25] Contudo, não chegou às paradas da Billboard 200, marca alcançada nos álbuns seguintes da banda.[26]
O álbum foi relançado em CD em 1987 pela EMI na Europa,[27] e pela Capitol na América do Norte no ano seguinte.[28] Em 1995, foi divulgada uma edição limitada com um segundo CD que inclui raridades e faixas ao vivo.[29] A versão remasterizada de 1998 veio acompanhada de um catálogo do grupo.[30] Desta vez, a Sanctuary foi a responsável pela distribuição nos Estados Unidos. Esta edição também inclui uma capa diferente da original, mas feita pelo mesmo artista; Derek Riggs.[31] Para comemorar a turnê Maiden England World Tour, em 2012 a EMI lançou uma edição limitada dos oito primeiros trabalhos da banda em vinil colorido.[32]
Recepção
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Quando saiu à venda em 1980, o álbum obteve boas avaliações da crítica musical. Geoff Barton, em sua resenha para a revista Sounds, escreveu: "Heavy metal dos anos 80, com velocidade estonteante e ferocidade desenfreada que faz com que a maioria das músicas de rock pesado dos anos 60 e 70 pareçam preguiçosas e fúnebres em comparação".[12] Malcolm Dome do Record Mirror qualificou o álbum com uma nota de cinco estrelas (5/5), comentou que "cumpre todas as expectativas" e mencionou-o como um dos melhores trabalhos da década.[34]
Com o passar dos anos, Iron Maiden continua recebendo bons comentários da crítica. Steve Huey do Allmusic descreveu-o como "um marco" e adicionou: "Não há um trabalho melhor que o álbum de estreia do Iron Maiden para ver como o punk e o rock progressivo influenciaram a nova onda do heavy metal britânico". Huey pontuou o álbum com quatro estrelas e meia de cinco.[1] Em sua resenha para a BBC Music, Tim Nelson elogiou o disco e escreveu: "Iron Maiden é a pura expressão do sonho de todos os fãs de metal; ruído rápido, furioso e divertido".[33] Mike Stagno do Sputnikmusic o descreveu como "um dos discos de estreia mais importantes do mundo do heavy metal" e comentou que "contém a crueza e a agressividade que definem os primeiros anos da banda".[35]
Após sua publicação, Iron Maiden já apareceu em várias listas dos melhores álbuns de heavy metal. Assim sendo, a revista Kerrang! qualificou-o para a posição nove dos melhores álbuns britânicos de rock.[36] Por sua vez, os leitores do Mojo posicionaram-o entre as "cem gravações que mudaram o mundo".[37] A revista Terrorizer incluiu-o entre os melhores álbuns da década de 1980.[38] Em 2008 foi incluído no livro 1001 discos que você precisa ouvir antes de morrer junto a outro trabalho do grupo,[39] The Number of the Beast.[40] Em 2017, foi eleito o 13º melhor álbum de metal de todos os tempos pela revista Rolling Stone.[41]
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Versões cover
As músicas do disco, em sua maior parte graças a álbuns tributo, tem sido regravadas por variados grupos e artistas dentro do gênero do heavy metal. "Prowler" foi interpretada por Black Tide no álbum tributo Maiden Heaven e pelo Blind Guardian em uma de suas primeiras demos.[42][43] Por sua vez, entre as bandas que regravaram "Remember Tomorrow", encontram-se Metallica,[42] Crowbar,[44] Anthrax e Opeth.[45][46] "Running Free" recebeu covers dos grupos alemães Grave Digger e Iron Savior para os álbuns tributo A Tribute to the Beast e Slave to the Power, respectivamente.[47][44]

A faixa instrumental "Transylvania" foi interpretada por Iced Earth em seu álbum Horror Show e por Absu em sua homenagem para A Call to Irons.[48][46] A canção "Strange World" ganhou cover dos espanhóis Mägo de Oz no tributo Transilvania 666 e "Charlotte the Harlot" regravada pelos também ibéricos do Lujuria, para o mesmo disco.[49] Por outro lado, Tankard e Trivium realizaram sua versões da faixa que encerra o LP, "Iron Maiden".[45][42]
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Turnê promocional
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Em 7 de março, a banda começou a turnê British Steel Tour como suporte do Judas Priest. Após realizar as atuações britânicas nesse mesmo mês, o grupo embarcou em sua própria excursão europeia para promover o álbum.[50]
O resultado foi a Iron Maiden Tour, começando em 1 de abril de 1980 e terminando, mais de cem concertos depois, em 21 de dezembro no Rainbow Theatre de Londres.[51] Ao fim das atuações na Grã Bretanha, a banda deslocou-se para a Bélgica para realizar o primeiro show fora de seu país de origem.[50] Em setembro iniciaram a parte europeia da tour, na qual abriram show para os norte-americanos do Kiss, que estava promovendo o álbum Unmasked. Durante dois meses, o Iron Maiden atuou na Itália, Alemanha, França, Suíça, Países Baixos, Suécia, Dinamarca, Noruega e novamente na Bélgica. O concerto de 13 de outubro na Noruega, realizado em Drammen, foi o último com Dennis Stratton.[52] O guitarrista foi despedido pouco depois por diferenças musicais e foi substituído pelo membro do Urchin, Adrian Smith.[11] Sua estreia ocorreu na última parte da tour, que terminou no Rainbow Theatre em 21 de dezembro. Este show foi gravado e divulgado em maio de 1981 em VHS sob o título Live at the Rainbow.[53]
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Lista de faixas
Todas as faixas foram escritas por Steve Harris, exceto onde indicado.[2][25][29][31]
Notas
- Nos lançamentos remasterizados de 1998, a coda de "Phantom of the Opera" foi removida e a introdução de "Strange World" foi transferida para o final de "Transylvania".
- O disco bônus da versão norte-americana da reedição de 1995 exclui "Sanctuary", uma vez que já estava presente na lista de faixas principal.
- "I've Got the Fire" é um cover da canção de mesmo nome (1974) da banda norte-americana Montrose.
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Créditos
Performance nas paradas musicais
Álbum
Singles
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