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Savana
bioma caracterizado pela vegetação gramínea com árvores e arbustos esparsos Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Savana é um bioma global que abrangem regiões majoritariamente planas, com uma vegetação dominada por plantas gramíneas, com árvores e arbustos distribuídos de maneira esparsa, isolados ou em pequenos grupos[1]. Cobrem, globalmente, cerca de 33 milhões de km² e estão geralmente associadas a um regime natural de fogo, solos pobres em nutrientes e déficits hídricos sazonais[2].
História e conceito
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A palavra portuguesa "savana" provém de "habana", termo da língua taíno (família aruaque), por meio do termo espanhol "savana" (posteriormente "sabana").[3] Dentre os comprovantes bibliográficos mais antigos de seu uso está o livro De orbe novo decades tres (1516), de Petrus Martyr.[4] O termo também foi empregado por Oviedo y Valdés para se referir aos Llanos venezuelanos, em suas obras Sumario de la Natural Historia de las Indias (1526) e Historia General y Natural de las Indias (1535).[5] Mais tarde, o termo seria empregado por Grisebach (1872) e Schimper (1898).[6][7][8][9][3]
A definição de savana varia enormemente entre diferentes autores.[3] Alguns autores (ex., Schimper, 1898) consideram a savana um tipo de campo. Para outros, especialmente franceses e belgas na África (ex., Trochain, 1957), incluem em savana certos tipos de campos. No entanto, no Brasil, tais acepções são pouco comuns, considerando-se as savanas um tipo de vegetação independente.[10]
Na classificação do IBGE (2012), o termo "savana" também é utilizado de modo pouco usual para descrever o cerrado sensu lato (inclusive o campo-limpo-de-cerrado e o cerradão, que são considerados por outros autores como campos e florestas, respectivamente), além de que utiliza o termo "savana estépica" para a caatinga.[11]
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Áreas de savana
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Normalmente, as savanas são zonas de transição entre bosques e prados. A savana é o bioma típico das regiões de clima tropical com estação seca (Aw e As na classificação de Köppen-Geiger). Estas zonas se encontram em diferentes tipos de ecossistemas, e seus tipos são:
Savanas tropicais
Savanas tropicais e subtropicais, são biomas geralmente situados em latitudes tropicais e subtropicais dos cinco continentes. São caracterizadas por:[12]
- água: escassa (semiáridas, etc.)
- temperatura: duas estações - uma quente e seca e outra chuvosa.
- solo: bastante fértil
- plantas: gramíneas; não são frequentes as concentrações de árvores.
- animais: diferentes espécies de mamíferos, pássaros e insetos.
Savanas da África
As savanas da África são o exemplo clássico. Uma das mais famosas é o Serengueti, que fica localizado no Vale do Rift, entre o norte da Tanzânia e o sudoeste do Quênia.
A savana africana é composta por grandes extensões de terra na África, com vegetação de savana temperada herbácea formada por capões de arbustos e árvores menores. A savana tem um clima particular devido às secas prolongadas, que podem ter uma duração de até dez meses, com elevadas temperaturas e umidade do ar desértica. Quando chega a estação das chuvas, devido às suas características, o crescimento da vegetação é extremamente acelerado, mas nestas savanas existem manadas de herbívoros pastejadores (p. ex., a zebra Equus burchelli e o gnu Connochaetes taurinus na África) têm importante influência sobre a vegetação beneficiando as gramíneas e impedindo a regeneração de árvores.[13] Ao cessar das chuvas, a vegetação rasteira seca com a mesma rapidez de seu crescimento, fornecendo palha de fácil combustão, desta forma favorecendo a ocorrência de incêndios espontâneos ou por ação humana, as queimadas. Uma das mais famosas savanas da África é o bioma do Serengueti com árvores baixas, mas em grande número, bastante espinhosas e de folhas reduzidas em tamanho, há a predominância do cacto, da acácia, da palmeira e árvores de grande porte como o baobá, maruleira que aparecem em alguns ecossistemas da savana africana.
A savana africana aparece na região fronteiriça entre a floresta mais densa e o deserto nos trópicos, ocupando uma faixa bastante grande do continente africano desde leste a oeste, do Sudão aos Grandes Lagos. A fauna[14] da savana africana é composta por mamíferos herbívoros de grande porte (como o búfalo, a girafa, o rinoceronte e o elefante), mamíferos herbívoros (como a zebra, o impala, o gnu e antílopes), mamíferos felinos predadores (como o leão, o leopardo e o guepardo), mamíferos canídeos (como o mabeco e chacal), aves (como o falcão, a águia, o abutre e o avestruz).
Savanas do Brasil e América do Sul
Distribuição dos tipos de vegetação original do Brasil, distribuídos entre as regiões biogeográficas (IBGE, 2004).[nota].

O Cerrado é a principal savana da sul-americana e o domínio fitogeográfico que representa este bioma no Brasil, sendo reconhecido pela alta riqueza de espécies e variedade de fitofisionomias[15]. Do ponto de vista florístico, abriga cerca de 14.129 espécies de angiospermas, das quais 7.578 são endêmicas (aprox. 53%)[16]. O elevado endemismo e as crescentes ameaças permitem a classificação do Cerrado como hotspot de biodiversidade[17].
Popularmente, as formações savânicas brasileiras recebem diferentes denominações, tais como cerrado (Brasil Central), lavrado (Roraima)[18] e campos gerais/campina (Paraná)[19]. Destaca-se que esses nomes não constituem tipologia científica, apenas designações locais, e que termos como tabuleiro, chapada e agreste, também observados, referem-se a feições geomorfológicas ou regiões climáticas, não sendo sinônimos de “savana”.
Para a classificação técnico-científica, o IBGE (2012) adota a classe Savana com quatro subtipos:
- Savana (Cerrado);
- Savana Florestada (Cerradão);
- Savana Arborizada (Campo Cerrado, Cerrado Ralo*, Cerrado Típico e Cerrado Denso);
- Savana Parque (Campo-Sujo-de-Cerrado, Cerrado-de-Pantanal, Campo-de-Murundus ou Covoal e Campo Rupestre);
- Savana Gramíneo-Lenhosa (Campo-Limpo-de-Cerrado).
Em paralelo, Ribeiro & Walter organizam as fitofisionomias do Cerrado em três grupos: formações florestais (cerradão, mata ciliar, mata de galeria, mata seca), formações savânicas (cerrado sensu stricto/sentido restrito (ralo, típico, denso), parque de cerrado, palmeiral, vereda) e formações campestres (campo sujo, campo limpo, campo rupestre)[3].
Mesmo não sendo classificados como “savana” em sentido estrito, as formações campestres e florestais integram o Cerrado sensu lato/sentido amplo, uma vez que compõem um contínuo fisionômico intimamente relacionado por fatores edáficos e hidrológicos (solos ácidos e distróficos, variações arenosas/ferruginosas, lençol freático); por compartilharem algumas espécies, conhecidas como “oligárquicas” e recorrentes em múltiplas fisionomias; e serem modeladas, em maior ou menor grau, por sazonalidade climática e regimes de fogo, formando um mosaico paisagísticos de comunidades[3]. Além disso, nota-se a alta frequência de algumas espécies, que repetem-se em todas essas fitofisionomias e funcionam como bioindicadoras de áreas de Cerrado[20]. Essas espécies receberam a alcunha de "oligárquicas" e distribuem-se por toda a extensão contínua do domínio[20][21].
O Cerrado é característico da região Centro-Oeste do Brasil, sendo predominante nos “chapadões centrais”[22]. Apesar disso, é possível encontrar elementos típicos de sua flora (espécies oligárquicas) em meio a outros domínios, tais como Amazônia (ex: Lavrado de Roraima[18] e áreas abertas em Alter do Chão[23] e Monte Alegre, no Pará[24], além de porções no Amapá[25]) e Caatinga (algumas áreas do Ceará[26][27][28], Paraíba[29], Pernambuco[29], Piauí[30] e Bahia[29]).

Essas regiões são identificadas por sua fitofisionomia e flora distintas do ambiente circundante. Na Amazônia, os encraves de Cerrado receberam a alcunha de "savanas amazônicas" e constituem um grupo florístico coeso, mas distinto dos cerrados centrais[24]. De forma similar, as formações savânicas do Nordeste do Brasil possuem uma identidade própria em termos de grupos de espécies, sendo reconhecidas por "savanas da caatinga"[26]. Cabe ressaltar que Campinarana não é sinônimo de savana, tratando-se de um conjunto próprio de formações sobre areias brancas, reconhecido pelo IBGE como classe distinta.
Fora do território brasileiro, ocorrem outras formações savânicas neotropicais que são florística e ecologicamente distintas do Cerrado brasileiro, tais como os Llanos (Venezuela e Colômbia)[31], os Llanos de Moxos (Bolívia) e extensões do Planalto das Guianas, incluindo a Gran Sabana (Venezuela)[32]. Essas paisagens variam em solos, regime de inundação e fogo e composição florística.
Savanas temperadas
Savanas temperadas, biomas localizados em latitudes médias dos cinco continentes, caracterizadas por possuírem um clima de verão mais húmido e invernos mais secos:
- água: semiáridas
- temperatura: uma estação temperada e uma mais quente. Invernos frios.
- solo: fértil
- plantas: gramíneas
- animais: mamíferos, pássaros, répteis e insetos.
Savanas mediterrâneas
Savanas mediterrâneas, são biomas localizados em latitudes médias, em regiões com clima mediterrâneo.
Se caracterizam por:
- água: semiáridas
- solo: pobre
- plantas: vegetação endémica constituída pelos denominados "chaparral", "matorral", "maquis" ou "garrique" (dependendo do país): arbustos perenes do tipo sclerophylla e pequenas árvores. Este tipo de savana é um dos mais ameaçados do planeta, pois tem sofrido grande degradação e perda de habitats devido a cortes excessivos para obtenção de lenha, excesso de pastoreio, conversões agrícolas, urbanização e introdução de espécies exóticas.
Savanas pantanosas
Savanas pantanosas, são ecossistemas localizados em regiões tropicais e subtropicais dos cinco continentes, com frequentes inundações.
Se caracterizam por:
- água: muito húmidas
- clima: tropical
- solo: rico
Savanas montanhosas
Savanas montanhosas se encontram em altitudes elevadas (zonas alpinas e sub-alpinas) em diferentes regiões do planeta. Se caracterizam por terem evoluído de forma isolada devido às condições climáticas em determinadas altitudes e, frequentemente, albergam muitas espécies endêmicas. As plantas características destes habitats mostram adaptações tais como: estruturas em forma de roseta, superfícies cerosas e folhas pubescentes e árvores de pequeno porte.
Galeria
- Parque Nacional de Tarangire, na Tanzânia.
- Savana no leste da Guiné.
- Savana em Houet, Burkina Faso.
- Fauna da savana africana: elefante
- Fauna da savana africana: leão
- Onça-pintada, um felídeo típico da savana brasileira.
- Fauna da savana africana: aardvark
- Lobo indiano, um canídeo típico da savana indiana.
- Fauna da savana africana: mabeco
Ver também
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Referências
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