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Shas
partido ultraortodoxo Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Shas (em hebraico: ש"ס, abreviação de שומרי - תורה ספרדים, "Federação Sefardita dos Guardiães da Torá") é um partido religioso ultraortodoxo israelense que representa a comunidade sefardita (judeus originários da Península Ibérica e Oriente Médio), criado em 1984. No Knesset eleito em 2009, o Shas ganhou 11 cadeiras e é o quinto maior partido do parlamento.
Os princípios do partido são a conservação da ortodoxia ibero-judaica e a melhora do sistema social do país. O partido não é democrático e as decisões políticas são tomadas pelo rabino Ovadia Yosef, o mentor espiritual do partido. A gestão do partido está a cargo do seu chefe político, Eli Yishai.
O rabino Ovadia Yosef é conhecido por seus pronunciamentos marcados por discriminação e ódio aos não judeus. Em 2001, provocou surpresa e indignação, ao pregar a aniquilação dos árabes, em sermão pronunciado durante as comemorações do início da Páscoa judaica. "É proibido ter piedade deles. Temos que lançar nossos mísseis para aniquilá-los. Eles são diabólicos e malditos", disse o rabino.[1] Em 2010, declarou que os não judeus são jumentos, cuja principal razão de existir é servir aos judeus.[2]
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História
Cerca de metade dos judeus de Israel são sefarditas, tradicionalmente muito ligados à prática religiosa do judaísmo. Desde a independência de Israel, uma parte desse eleitorado contestou a dominação dos aparelhos políticos pelos ashkenazes, apoiando listas étnicas, tais como a Associação Yemenita, a União Sefardita ou o Partido Tami marroquino. De fato, os candidatos sefarditas eram muito raros no conjunto dos partidos políticos. Esses partidos étnicos foram, todavia, efêmeros e raramente duravam mais que uma legislatura.
Parte dos imigrantes sefarditas matriculava seus filhos em escolas ultraortodoxas, o que deu origem a uma população sefardita ultraortodoxa, que em geral votava no Agudat Israel, partido ultraortodoxo de origem europeia. A recusa desse partido em apresentar candidatos sefarditas levou à criação do Shas, em 1984, com o apoio de um dos rabinos mitnagdim mais influentes da época, o rabi Shach.
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Programa político
O Shas se baseia no princípio segundo o qual o Estado de Israel é o Estado do povo judeu. Portanto, o Shas se propõe a zelar pelo respeito à identidade judia em todas as suas decisões. Suas relações com o sionismo, ao qual historicamente sempre teve muitas reservas, assim como todos os haredim, têm se estreitado e, em 2010, o partido anunciou sua intenção de aderir à Organização Sionista Mundial.[3] Na ocasião, um representante do Shas, Yaakov Margi, declarou: "Nós nos definimos como um partido sionista, como judeus praticantes que amam Israel".[3]
Forte opositor da retirada unilateral dos territórios palestinos (2005), o Shas luta pelo fortalecimento dos assentamentos até que um acordo permanente seja alcançado. Apesar de identificado com políticas consideradas de direita em Israel, o partido compôs governos liderados tanto pelo conservador Likud quanto pelo Partido Trabalhista, de centro-esquerda.
O Shas se opõe fortemente a tentativas de diminuir as características religiosas judaicas de Israel, como as propostas de casamento civil e alistamento militar obrigatório para religiosos ortodoxos — bandeiras do Yisrael Beitenu.[4]
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Resultados eleitorais
Eleições legislativas
Referências
- Líder judeu pede extermínio dos árabes. BBC Brasil, 10 de abril de 2001.
- Major rabbi says non-Jews are donkeys, created to serve Jews. Por Khalid Amayreh. thepeoplesvoice.org, 18 de outubro de 2010.
- Consternation surrounds Shas joining Zionist group, por Haviv Rettig Gur. The Jerusalem Post, 28 de maio de 2010.
Ligações externas
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