Ásatrú
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Ásatrú (pronúncia: aʊsatruː Audio (BR)ⓘ), que em islandês moderno significa "fé" ou "crença nos deuses" é o movimento religioso neopagão germânico moderno que busca resgatar as crenças e religiosidades pré-cristãs dos povos germânicos que habitavam países do norte europeu, em especial a Islândia, onde foram preservados os poemas da Edda em verso, e o manual de poesia islandesa medieval conhecido como Edda em Prosa, nos quais parte da mitologia germânica tardia da Escandinávia e Islândia foi preservada.[1] Tais livros são as principais fontes dos praticantes da Ásatrú na Islândia.[2]
A origem do Ásatrú reside no Romantismo do final do século XIX/começo do século XX que glorificava as sociedades pré-cristãs da Europa Germânica. Grupos "völkisch" (percepção étnica sobre a fé) que veneravam divindades destas sociedades apareceram na Alemanha e na Áustria durante as décadas de 1900/1910, apesar de muitos terem-se dissolvido logo após a derrota da Alemanha na Segunda Guerra Mundial. Nos anos de 1970, novos grupos Ásatrú se estabeleceram na Europa e América do Norte, desenvolvendo-se em organizações formais. Uma divisão central do movimento Heathen/Ásatrú surgiu à volta da questão da raça. Grupos mais antigos adotaram uma atitude racialista (völkisch) ao ver o movimento como uma religião étnica ou racial inerente aos povos germânicos nativos. Eles acreditam que a crença dever ser reservada a pessoas brancas, particularmente de descendência norte-européia, e frequentemente combinam a religião com perspectivas de extrema-direita e supremacistas brancas. Em contrapartida, outra grande parte dos Ásatrú adotam uma perspectiva mais "universalista", sustentando de que a religião é aberta para todos/as, a despeito de origem étnica ou racial.